O Reforço do Rei

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Capítulo XV: O Reforço do Rei

Uma ansiedade inexplicável deixou o peito de Ellie inquieto nos últimos dois dias, desde que ela recebeu a notícia de Crowley que o plano que eles realizariam juntos estava se aproximando, era precisa reunir todas suas forças e acordar de uma vez por todas a velha bruxa que pode matar um exército de demônios, já era hora de sacodir a grossa camada de poeira que a cobria, a sua volta significa o domínio sobre seus poderes novamente. O que a deixava agoniada, fazia os cabelos de Crowley se arrepiarem e uma pequena chama aquece sua alma negra e demoníaca com o que poderíamos chamar de medo. Incrivelmente, ou nem tanto, o medo que Crowley sentia era de sentir medo, medo de ser covarde. Felizmente Ellie já superara os medos e sabia que estivesse com medo poderia fazer qualquer coisa.

— Ellie? — Sam a desperta de seus pensamentos aleatórios, o Winchester tinha olheiras marcadas abaixo dos olhos pelas noites mal dormidas, consequência das últimas semanas em que John esteve doente. — Você ouviu o que eu estava falando?

Mais uma vez ela mergulhou em pensamentos que ninguém mais poderia imaginar, ela tem pensado e refletido sobre inúmeras coisas nos últimos segundos, milhares de ideias ocorrem nos mais profundos patamares de sua mente criativa, em sua maioria essas concepções a fazem mais triste do que qualquer coisa, porque ela toma como verdade as possibilidades que sua mente cria. Com relação a John ou a Sam, até mesmo com relação a Castiel e Dean.

— Desculpe, Sam... — ela volta a realidade, seu rosto abatido e o cabelo rosa-bebê desbotado denunciam suas preocupações, o Winchester senta ao seu lado no sofá e passa o braço pelos seu ombros os aproximando mais. — Não consigo acalmar minha mente, eu não paro de mentalizar desgraças acontecendo conosco, meu coração não para de bater forte assim que eu acordo e...

— Tem que parar com isso, está me ouvindo? — Sam exige com clareza e possível irritação, sua voz carrega um tom impositivo e ela compreende o que ele quer dizer. — Eu estou aqui com você, quantas vezes precisa me ouvir dizendo isto? Eu posso repetir sempre que quiser, mas pare de se machucar dessa forma, a cada dia temos monstros novos para matar e você não pode pirar com cada um deles.

— Desculpe...

Ele a interrompe antes que comece com pedidos de desculpas que o farão sentir-se triste, Sam apenas assente e sorri para ela deixando que Ellie apoie o rosto em seu ombro e ele possa sentir o cheiro de seu shampoo, aquele aroma leve de brisa tropical era o motivo por ele acordar sorrindo todos os dias, a cor vibrante que o dava bom dia todos os dias era um dos milhares de motivos que fazem Sam amar a bruxa a sua frente.

— O John se parece muito com você, eu até fico assustada como vocês são iguais. — Ellie diz mudando a atmosfera tensa que havia sido criada.

— Física ou psicologicamente? — ele questiona curioso.

— Os dois, apesar do cabelo, ele sorri como você e tem suas covinhas... — a voz dela parecia mais sonhadora agora, como se falasse sobre algo fantasioso. — Quando foi que imaginou isso? Quer dizer, você nunca disse: isso é loucura demais para mim... você só aceitou e ficou feliz.

— Eu já tentei imaginar minha vida sem vocês dois, não é nem de longe metade do que eu tenho hoje. — Sam admite. — Sou grato por ter isso tudo, mesmo que seja a vida mais maluca que qualquer pessoa possa ter.

Ellie ri, não pelo que o Winchester disse, mas pode lembrar-se de como ele apareceu na vida pela primeira vez. Antes que os irmãos batessem em sua porta ela estava ocupada arrumando sua casa contra o Apocalipse, estava arrumando esconderijos para se entocar enquanto o mundo estivesse acabando e então dois caçadores entram em sua casa e um deles por acaso caçoa dela falando que ela é "pequena demais".

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