Epílogo

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--(N/A) Oi pessoal <3 Tudo bom com vocês? Esse capítulo é um epílogo, mas essa história ainda tem uma segunda parte então podem aguardam mais capítulos depois desse com a vida da Ellie sem o Sam e com o pequeno John.


Epílogo

Uma ventania forte fazia as janelas abrirem sozinhas e baterem umas nas outras, o vento frio se instalava na casa inteira obrigando a todos que estavam ali que se cobrissem o máximo possível, o temporal era característico da estação, o que não preocupava nem um pouco, Ellie corria de lá para cá tentando manter as janelas fechadas, os feitiços não davam certo, porque ela os fazia as pressas sem concentração, a secretária eletrônica repetia sem parar as últimas mensagens deixadas para ela:

"Oi Elizabeth, aqui é o Bobby, eu só queria saber como estão. Não me culpe por me preocupar, você quase não vem visitar, eu sei que ainda dói, mas já faz um ano, você precisa deixar a dor de lado, espero que venha até Sioux Falls, ou irei até sua casa".

A parte em que Bobby a acusa de não o visitar faz a sua culpa crescer, já que é verdade, ela se afastou de muitas pessoas e acabou por não fazer questão de visitar ninguém, alguma coisa além de John, tinha nascido dentro dela, Dean avisara milhares de vezes que ela não pode se permitir entrar em depressão e ela lembra disso todas as vezes que pensamentos ruins surgem em sua mente. Outra mensagem é repetida pela secretária eletrônica:

"É o Dean, você prometeu ligar e não ligou, estou começando a achar que precisa de um mural de lembretes. Lisa perguntou se podemos ir na sua casa ver o John, estamos todos com saudades".

Dean estava com ela quando John nasceu, também quando ela não conseguia fazê-lo parar de chorar sem chorar junto e nos momentos em que ela sentiu falta de Sam. Suas mãos lacravam a última janela aberta e finalmente todas estavam trancadas, agora o vidro era molhado com as gotas de chuva, Ellie sobe rapidamente até o quarto no final de um estreito corredor, o ambiente colorido com azul e roxo tinha papel de parede divertido, mas atrás dele, pintado com tinha vermelha as proteções contra demônios, anjos e qualquer criatura que pudesse fazer mal a John.

O bebê completava seis meses hoje mesmo, a bruxa não queria deixar ele sozinho nem por um minuto, ela se aproxima do berço onde John está parecendo um esquimó de tão envolvido em casacos e meias, seus olhos têm mais do que só a cor de seu pai, tem mesmo formato e mesmo brilho. Já seus fios levam um tom de roxo claro e nunca mudaram. Ellie sorri para o menino que abre a boca gengival.

— Adivinha quem vai passar o Natal conosco? — ela pergunta segurando John nos braços. — Se está pensando no Dean, está certo...

Ellie leva os lábios a testa de John depositando um beijo carinhoso.

— Eu te amo.

John continua sorrindo e Ellie desce com ele nos braços até a sala, uma janela grande mostra que não venta mais, como se tudo estivesse se acalmado, ela caminha na direção da cozinha procurando a comida do bebê, John apoiando o rosto no ombro de sua mãe olha pela janela uma silhueta, ele levanta a pequena cabeça e encara a figura se formando.

"Papa".

— O que? — Ellie para de andar e olha para a janela, não há nada ali. — Ah, você é muito novo para falar, eu devo estar ouvindo coisas.

O dia seguinte nasceu e o sol estava escondido, apesar do frio que fazia, nenhum sinal de neve. Dean chegaria esta noite a casa de Ellie, junto de Lisa e Ben, Lisa prometeu a ele que quando precisasse de um lar ela estaria lá esperando por ele e assim foi quando Dean sentiu-se perdido ele bateu em sua porta.

A decoração de Natal na casa de Ellie é exagerada e brilhante, ela esperava que Sam aparecesse e dissesse: "Isso tem tanto brilho que vamos cegar todos que passarem por aqui". Seus dedos enxugam abaixo dos olhos, ela espera ficar melhor até a noite cair, para que não pareça tão triste e deprimida quando os outros chegarem. John estava inquieto desde a noite anterior e isso impediu que Ellie pudesse fazer um jantar de Natal descente, por isso ela comprou tudo pelo telefone e quando Dean chegasse estaria tudo pronto, como se tivesse sido feito por ela.

(...)

Mais tarde sentados à mesa Dean fora forçado por Ellie a agradecer pela ceia com uma oração, ele agradeceu de mau grado, já que sentia não ter nada para a agradecer, apesar de Ellie sentir algo parecido ela tinha John e deveria agradecer por ele todos os dias.

— Deveria morar mais próximo de nós, você não precisa fazer tudo sozinha. — Lisa diz a Ellie traz John nos braços finalmente acordado.

— Eu sei, mas eu me sinto bem aqui... é comum para mim. — Ellie justifica e Dean segura John nos braços.

Do lado de fora da janela alguém olha eles reunidos ali, Ellie sente algo estranha e quando vira para olhar a janela sua mente gira, rapidamente ela corre até a porta e destranca-a em meio a soluços e lágrimas, seus pés se movem tão rápido que ela sente que vai acabar perdendo eles, ela corre até o lado de fora e contorna a casa procurando pelo que viu pela janela.

— SAM! — ela grita por ele.

— Vamos Ellie, entre. Ele não está aqui. — Dean fala tentando manter-se calmo.

— Mas, eu vi. — ela responde com os olhos cheios de lágrimas. — Eu o vi.

— Você já disse isso outras vezes e não era ele... — o Winchester tenta argumentar com ela.

— Mas...Não, Dean... — ela gagueja em meio ao choro. 

Mate seus demônios | SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora