Guerra Santa part. II

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Capítulo XVII: Guerra Santa part. II

As luzes começam a piscar loucamente e depois reduzem o brilho para menos da metade deixando o ambiente repleto de sombras tortuosas, os três começam a sentir dor de cabeça e enjoo por conta das luzes, Ellie puxa os dois para a porta que dá direto para as celas, a maçaneta não está ali, porque é um circuito elétrico que abre a porta.

— Que merda... — Ellie se irrita e chuta a porta com força. Samuel aparece atrás da porta pela janelinha de vidro e a bruxa pula para trás com o susto, ela leva a mão ao peito e respira fundo. — Que susto!

Eles se afastam da porta e voltam a correr para onde estavam antes, o Samuel consegue chutar com mais força a porta e a abre iniciando uma corrida na direção do trio, mas principalmente dos Winchester, a criatura que entrou dentro dele tomou controle de seu cérebro e anda pelo seu corpo como se fosse um parasita sugando suas vontades e forças. Ellie vira em um corredor sem luz, se ela entrar ali qualquer um que passa não consegue vê-la, porque a sombra cobre todo o final do corredor, ela se mistura com as sombras.

Samuel passa pelo corredor e encara as sombras como se desconfiasse de algo, a bruxa coloca as mãos sobre a boca e o nariz ficando estática e sem fazer barulho nenhum. Ele passa direto. Passados poucos minutos Dean aparece e ele iria passar direto pelo corredor, mas a bruxa começou a chama-lo.

— Psiu! — ela sussurrava tentando não chamar muita a atenção. — Psiu! Dean!

— Hello darkness my old friend... — Dean fala e Ellie bate a palma da mão na testa pela piada ridícula.

— Sou eu Dean! — ela fala e o puxa para junto das sombras. — Se junte ao lado negro da força.

— Essa foi pior, qual é?! — ele retruca ficando ao lado dela, Ellie aperta seu braço para que ele fique quieto e então eles esperam até que Sam passe pelo corredor, mas não acontece.

— Vem, vamos sair, o Sam deve estar com problemas. — Ellie diz cansada de esperar pelo Winchester, ela caminha na direção da área iluminada, mas é interrompida pelo puxão que Dean dá em sua blusa, ele ouviu algo estranho e depois a bruxa pôde ouvir também, eram tiros. — Vamos atrás dele!

Os dois saem do corredor escuro e esbarram com Sam, ele está coberto de algo parecido com sangue e gosma preta.

— O Samuel não vai mais levantar... agora vamos achar o verme. — Sam comunica.

— Como assim o verme não está mais nele? — Dean pergunta.

— Arranquei a cabeça dele... com a porta. — Sam diz como se fosse uma criança e contasse que tinha sujado o sofá com tinta. — Não temos mais que nos preocupar em mandar presente no Natal...

Dean ri e empurra Ellie com o cotovelo, mas ela se recusa a rir, está pensando em onde o verme pode estar. Só eles estão daquele lado da delegacia e ela está vazia, pode estar dentro de qualquer um dos três, mas, se estivesse em Sam ele saberia dizer.

— Estivemos no escuro durante todo o tempo. — ela diz ficando de frente com Dean. — Não sabemos se entrou em nós ou não, é isso aí, está em um de nós.

— Por que não no Sam? — Dean questiona. — Temos que nos certificar em quem está para matarmos.

Sam olha em volta, ele arranca uma lâmpada da parede e junto dela os cabos que conduzem eletricidade.

— Quem tomar choque e pingar gosma preta é a pessoa. — Sam decreta.

Dean se põe a frente e estica a manga da jaqueta para que Sam toste aquela parte da pele dele, o Winchester mais novo arranca um pedaço enorme do plástico que cobre os fios e então deposita aqueles fios no braço de Dean. O caçador solta um gemido abafado mordendo os lábios o mais forte que pode e bate o pé com tamanho força que sente a perna doer em resposta. Nada acontece com ele e então Dean se recompõe, ele pretende segurar o fio para testar em Sam, mas o outro se adianta e coloca o fio sobre o braço durante alguns segundos, sua face se resume a expressão de dor e agonia, até depois que ele tira o fio do braço consegue sentir sua pele estalando.

Mate seus demônios | SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora