Defesa Contra as Artes das Trevas?

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Capítulo VI: Defesa Contra as Artes das Trevas?

A saída da mansão não foi fácil, alguns demônios mortos foram necessários para que o trio saísse de lá. Com o anel em mãos e a ótima sensação de ter derrotado um cavaleiro do apocalipse, Ellie dirigia, assim como prometeu Dean, ela ficou muito contente em desviar de todos os caminhos perigosos e estradas amaldiçoadas, eles precisavam dormir numa cama de verdade, as costas de Sam doíam pela batida na parede.

— Vai com cuidado. — Dean avisa quase expulsando a garota do banco do motorista.

— Eu sei dirigir, eu tirei a carteira.

— Então eu vou dormir, acorde-me quando chegarmos na casa do Bobby. — Dean fala indo para o banco de trás, expulsando Sam aos empurrões, o mais novo se estica para sentar no banco do passageiro.

— Dirige mais rápido, daqui a pouco os cervos vão nos ultrapassar. — Sam fala arrumando o banco onde está sentado.

Ellie olha para ele com o cenho franzido e volta a olhar a estrada, a caminho de Sioux Falls. O anel mágico estava trancado numa caixa de madeira que a própria Ellie fez questão de proteger com feitiços e proteções, eles ficaram tentados a experimentar o acessório, afinal o objeto exalava poder.

— Então é verdade? Você é o receptáculo de Lúcifer? — Ellie pergunta apertando os lábios enquanto desvia de um homem numa bicicleta que anda bem devagar.

O Winchester olha pela janela do carro e encara as árvores ao lado e como elas parecem se mover junto com o carro, sua expressão fica séria e pensativa, ele não sabe como responder sem se sentir pesado. Tudo ultimamente tem sido sua culpa, o último selo a ser quebrado, aliar-se à Ruby, um demônio, acreditar que ela queria ajuda-lo, usar sangue de demônio para ficar forte e poderoso. Ele tem feito mais do que pisado na bola e a consequência disso foi trazer de volta o anjo caído, Lúcifer.

— Seu destino foi escrito de uma forma que transformou você no vilão. — Ellie diz finalmente, cansada de esperar uma resposta dele. — Eu lamento, Sam. — a garota sorri sem mostrar os dentes e ele retribui.

— Não me acha um idiota por tudo que eu fiz?

— Todos fazemos coisas idiotas um dia, às vezes você coloca as roupas para secar e chove. Às vezes você começa o Apocalipse.

— Não é a mesma coisa, acho que o Dean nunca vai me perdoar por isso. — Sam confessa.

— Fica tranquilo, não é o fim do mundo. — Ellie diz o confortando. — Você vai com certeza fazer algo pior, não tem porque se desesperar.

Eles riem juntos como se a vida fosse uma ótima piada, as risadas foram abafadas e silenciadas gradativamente. As florestas volumosas saem de cena dando lugar a cercas tortas e cheias de arames, protegendo fazendas e casas, a estrada ganha curvas conhecidas, a casa de Bobby surgia pequenina, crescendo aos poucos a frente de um sol imponente e laranja-escuro. Ellie estaciona o carro à porta da casa, pela janela por uma fresta da cortina os olhos de Bobby miravam os três descendo do Impala, Dean esfregava os olhos ainda sonolento e com as costas doendo, o banco do carro não é o melhor lugar para um sono de uma hora e meia.

Voando atrás da garota seus cabelos compridos e azuis brilhavam ao receber a luz solar do pôr-do-sol. Bobby abre a porta e recebe seus meninos com alegria, Ellie o abraça demoradamente, pois ela toma para si a imagem de Bobby de pai, assim como os dois. Eles são convidados a ajudar no jantar, Dean insiste em dizer que Ellie não é boa bruxa o suficiente se ela não pode fazer a comida ficar pronta sozinha.

A macarronada com queijo fica pronta após quarenta longos minutos e ela é servida ao mesmo tempo em que Dean conta como eles derrotaram o cavaleiro do apocalipse.

Mate seus demônios | SobrenaturalOnde histórias criam vida. Descubra agora