Chapter Six.

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A ligação não demorou nem dois minutos, já que Harry ficou estranho e tenho certeza que inventou uma desculpa para desligar. Horas depois me despedi do Brendon e caminhei até o ponto de ônibus, não demorou muito até ele aparecer. Me sentei no fundo e quando ia colocar os fones, o celular tocou.

- Em? Onde você está? - Era o Harry e, parecia estar nervoso.

- No ônibus, por que?

- Você precisa sair desse ônibus, agora.

- Por que? – Olhei em volta. Deveria ter, além de mim, umas cinco pessoas ali dentro. - Está ficando louco Harry?

- Não faça perguntas. Saia daí, agora.

- Não tem como. A próxima parada é daqui a cinco minutos.

- Aonde? - Ele dizia rápido, me assustando.

- O que está acontecendo? - Perguntei preocupada.

- Estou falando sério Emma. Saia daí.

Me levantei e o ônibus parou. Desci e percebi que estava numa rua deserta.

- Acabei de sair. – Coloquei o celular na orelha novamente. - E estou bem longe do meu trabalho. É melhor você ter uma bela de uma explicação.

- Anjo...

- Anjo? Anjo nada Styles. Você vai vir me buscar aqui.

- Você está bem? Tem alguém aí?

- Não. Eu estou numa porcaria de uma rua deserta. – Bufei e comecei a andar em alguma direção que eu não fazia a mínima ideia.

- Não desliga o telefone. Estou chegando.

- Como você sabe onde eu estou?

Ele não respondeu, o telefone tinha um chiado horrível. Tirei o celular do ouvido e olhei para os lados. Vi que tinha um homem a uns cinco metros atrás de mim. Ele estava com um moletom de capuz preto e jeans escuras, andava numa velocidade normal e olhava para o chão. Se eu não estivesse tão assustada, mal teria desconfiado dele, mas estava, e éramos os únicos naquela rua, além de que ele também tinha descido do ônibus. Apressei meus passos e quando olhei para trás, ele tinha feito o mesmo.

- Não diga nada. - Harry surgiu de um dos becos. - Aja normalmente.

- Você quer me matar? – Sussurrei, com o coração saindo quase pela boca. Ele riu disfarçadamente. Olhei para trás e o homem andava mais devagar, mas agora nos encarava. Entramos na Mercedes preta e Harry deu a partida, deixando aquele ser parado no meio da rua, apenas movimentando o rosto na mesma direção em que o carro ia, me assustando ainda mais.

- Você está bem? – Harry perguntou quando parou no semáforo.

- Estou. Que diabos foi isso?

- Ele desceu do ônibus?

- Acho que sim.

- Eu disse. – Suspirou.

- Como você sabe? - Ele encarou a estrada, sem me responder - Harry!

- Me deixe levar você para sair.

- Se você pensa que vai me fazer de idiota está muito enganado. Como sabia que eu estava em perigo? Como sabia onde eu estava?

- Me responda primeiro. - Ele sorriu.

- Você vai responder as minhas perguntas?

Ele negou com a cabeça. Bufei.

- Vai sair comigo?

- Eu tenho namorado Harry.

- Eu não tenho ciúmes. - Seu sorriso mudou para um malicioso e ousado.

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