Capítulo 2

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Emma não conseguia acreditar que já havia se passado três semanas desde que começará no CCIS e desde então ela não tinha posto as mãos em nenhuma pasta. E ela estava revoltada com esse fato, estava na mesa tomando café da manhã e seus pais conversavam alegremente.

– Filha tudo bem? – o pai pergunta com uma certa preocupação.

– Tudo papai. Só estou um pouco decepcionada com as expectativas que criei quando entrei para o CCIS. – responde sem graça. – tudo que eu faço e arrumar papéis de mulheres que foram espancadas por seus maridos ridículos. E pra falar a verdade isso não me interessa nenhum pouco.

– Você acha que eu já comecei na parte mais alta enquanto estava no Exército? – ele sorri. – Eu passei por todo aquele processo de iniciação, depois fui subindo devagar.

– Eu sei papai. Só queria mais. – ela realmente estava muito decepcionada, lutar por isso a vida toda e de repente tudo mudar.

– Bom dia. – Amber fala se sentando a mesa. – Emma, o que faz aqui ainda?

– Ignorando o meu supervisor. Mas não vai adiantar muito. Já estou de saída, vou chegar lá com dois minutos de atraso mas foda-se.

– Filha. – a mãe repreende. – Não fale isso na mesa do café.

– Desculpe. – Recolhe suas coisas e dá um beijo em todos e sai.

O caminho para o CCIS foi conturbado e a única coisa que Emma pensava em como faria para provar para eles o quanto estavam errados, se fosse mesmo um Serial Killer ele ainda estava solto, e poderia sim fazer mais vítimas. Ela é eficiente de mais, já tem anotações de observações sobre todos os casos.

James estava na portaria esperando como tinha feito durante todos os dias, ele queria se desculpar, mas Emma era dura decidida de mais. Revira os olhos mentalmente e quando ia passar ele segura o braço dela de maneira gentil.

– Me desculpe ter falado com você daquele jeito. – Pede ainda sério.

– Tudo bem. – Solta o braço do aperto e ele vai atrás dela, porque tinha que ser tão difícil? Ele tentava todos os dias sem sucesso. Depois daquele dia fatídico Emma e James não tinham conversado direito, ele deixava o que ela tinha que fazer anotado e ela fazia, depois antes de ir embora deixava na sala dele.

– Olha Emma eu... – Começa mas ela o interrompe.

– Tudo bem James. Eu já te perdoei, agora vou subir tenho muitos papéis para separar. – Ele anda lado a lado com ela.

– Hoje chegará um novo diretor de investigação, Kevin pediu demissão, seu pai morreu vítima de um infarto. – Explica baixo. Emma tenta sem sucesso ignora-lo.

– Tudo bem. – E só o que conseguia dizer, não era fácil para ela também, era como se alguém tivesse massacrando os sonhos dela.

E ela só conseguia pensar que estava ali e eles nem tentavam move-la de cargo, eles sabiam do que ela era capaz de fazer e mesmo assim ninguém a colocava em nenhum caso, ela sabia que isso tinha a ver com James, preferiram trazer outra pessoa de fora. Segue calada até o andar onde ela ficava depois de um bom dia coletivo e foi para a mesa abarrotada de papel. Havia novas pastas sobre a mesa, isso a deixava irritada ao ponto de querer desistir de tudo.

– Só pode ser sacanagem mesmo. – Senta e começa a trabalhar irritada.

As pastas chamaram a sua atenção. Não podia ser.

CASO EMÍLIA MEDEIROS
18 de fevereiro de 2016

Emília Medeiros, 18 anos filha de brasileiros, morava em Seattle a dezesseis anos. Desapareceu quando vinha do balé. Ela foi encontrada três dias depois e nos exames constavam que ela havia sido abusada sexualmente durante os três dias e depois foi asfixiada e morta de maneira cruel.

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