Capítulo 3

271 30 14
                                    

Emma dá um pulo ao acordar totalmente assustada. Tivera um pesadelo essa noite e não foi muito agradável. Um toc toc na porta só serviu para piorar a situação ainda mais, tinha sido bem real na sua opinião.

_ Posso conversar com você? _ Amber pergunta. Ela não era muito de fazer isso e mesmo achando estranho Emma resolveu ouvir o que ela tinha pra dizer.

_ Vem, senta aqui. _ senta na cama e a chama para sentar ao meu lado. _ O que foi? Você não é disso. _ ela brinca com a irmã para tentar descontrair.

_ Você acha que... Bom, que as pessoas podem não gostar de mim por eu gostar de menina? - Pergunta receosa.

_ E claro que sim Amber. _ Amber olha para a irmã com os olhos tristes. _ olha irmã, infelizmente nem todos entendem tão bem quanto nos entendemos. Mas por que quer saber?

_ Um homem me xingou e queria me bater. _ agora foi a vez de Emma ficar horrorizada.

_ Quando foi isso Amber? _  a mão da outra estava gelada.

_ Já tem um tempinho. Eu só... Emma eu... Deixa pra lá. _ Levanta e vai rumo a porta.

_ Amber espera. _ Emma vai atrás dela. _você o que?

- Eu... Eee... Acho que a minha namorada está ficando com outra. É isso. _ Sorri triste.

O faro de detetive de Emma nunca falha, ela sabia que não era isso, mas sabia também que ela não iria falar nada mais do que isso. Amber e forte e nenhum deles jamais vira ela assim, por isso a irmã ficou um pouco incomodada, e talvez ela estivesse passando por alguma coisa e tenha medo de falar. Vou ficar de olho caso alguma coisa mais séria aconteça. Pensou Emma.

Era tarde quando Emma voltou para casa, depois de sair para respirar um pouco, acabou indo ao cinema e depois se sentou em uma lanchonete e pediu um Hambúrguer grande com coca e uma porção grande de fritas e foi ler um pouco mais sobre os casos, tinha certeza do que se tratava mas talvez não devesse pensar nisso como James havia falado. E por falar em James. Uma mensagem dele.

Queria saber se você está bem. Qualquer coisa é só me ligar.
Beijos.
James 20:32 p.m.

Não responde. James tinha esse hábito, e apesar do pouco tempo em que eles se conhecem ela sabe que se tem uma coisa que ele é essa coisa é insistente. Mas ela também sabe ignorar muito bem, se o seu G.P.A* fosse medido por isso seria uma excelente aluna.

Quando chegou na CCIS no outro dia, todos pareciam em alerta máximo, quando chegou na sua sala ela teve certeza pois Lucas há estava a sua espera e parecia agitado.

_ Que bom que você chegou Emma. Temos um novo caso. E você hoje não terá escolha se vai ou não para a cena do crime. James não apareceu aqui hoje então você terá que vir comigo. Tem dez minutos para estar pronta. _  Emma tinha a consciência de que não podia fazer isso, mas não podê resisti e riu. Seu primeiro caso de verdade, o pai ficará muito orgulhoso com essa notícia.

Emma corria feito barata tonta para procurar tudo o que precisariam para investigar a cena. No estacionamento um SUV preto brilhando estava a espera. Iria somente Lucas e ela, depois os outros investidores chegariam. Emma é uma Detetive, e se especializou para isso, mas acabou escolhendo ser Detetive de investigação criminal, tem mais emoção do que ficar perseguindo maridos de mulheres que querem descobrir se os maridos traem ou não.

_ A vítima se chama Selene Wolf, tem trinta e oito anos, e era médica legista de um hospital particular no centro. Ela é solteira e tem uma filha de dezoito anos que mora e estuda em Portugal, na Universidade do Porto, pra ser mais exato. A filha veio visita-la mas sua mãe não foi ao aeroporto, ela pensou que fosse porque estivesse no plantão. Mas ela não conseguiu falar com ela e quando chegou em casa a encontrou esquartejada por toda a casa. _ Lucas explica enquanto dirigia.

_ Quando foi isso mais ou menos? _ pergunta levantando as vistas da pasta marrom que ele havia a entregado.

_ Segundo o que a filha disse e pelas fotos ela está morta provavelmente a cinco ou seis dias. Não encontraram nada no local, nenhum fio de cabelo. O filho da mãe não deixou nenhum rastro o que indica que ele já fez isso muitas vezes. _ Ele para o carro em frente à uma casa média com um jardim na entrada. Desceram e foram em direção a ela. Uma fita de isolamento amarela estava em volta da entrada da casa, tirando isso tudo ali parecia normal, quem visse a casa não imaginaria tamanha crueldade.

_ Ela tinha namorado, marido ou era separada?

_ Segundo a filha ela tinha um namorado de vinte e oito anos mais ou menos. _ Abre a porta e dá passagem para a parceira.

_ Sabemos quem é ele? _ a casa tinha um cheiro horrível de coisa podre isso foi o que Emma conseguiu a firmar com certeza nos primeiros segundos.

Meu Deus aquilo era... Arg... E sim. Um braço. Quem tem o estômago fraco não poderia se quer passar perto da porta da frente.

_ Só o primeiro nome dele. Bill. Fora isso não sabemos mais nada. Mas podemos tentar procurar alguma coisa interessante. Menos é claro ter que tocar em sangue. _ Lucas e o tipo de pessoa que não se importa muito com as coisas. E um fato interessante sobre ele. Ele odeia sangue.

_ Não acredito que você não gosta de sangue. _Emma adorava zoar do colega desde que soube disso.

_ Mais e claro que não. Eu sinto náuseas quando vejo muito sangue. _ fala sério.

_ E como você entrou para a polícia? E melhor ainda, por que escolheu ser investigador criminal?

_ Meu pai. E outros motivos. _ Sorri fracamente. _ Sabe, ele sempre quis que eu trabalhasse na área. Típico homem pobre e sem estudo que faz de tudo por um filho.

_ Ele deve ter muito orgulho de você. _ fala sorrindo para ele.

_ Ele tem sim. Ele só não gosta muito e de ficar na casa de repouso.

_ O meu pai diz que se um dia nos o mandarmos para uma casa de repouso ele sairá de lá e nos dará uma surra bem dada. _ Emma se lembra das palavras do seu pai e ri. _ olhe isso._  mostra para Lucas. _ isso pode significar alguma coisa? _  era uma mancha de sangue diferente das que estavam marcadas por toda casa, era como se tivesse caído de uma altura diferente.

_ E claro que sim. _ ele da um tapinha no ombro dela. _ você até que é bem esperta. Pode ser do agressor, como se ele estivesse parado aqui. Um corte talvez.

_ Ótimo. Se for diferente saberemos de quem é. _ fala fotografando a mancha e depois recolhe uma amostra para mandar para o laboratório.

O celular vibra no bolso de Emma e ela tira a luva para ver o que é, talvez seja o resultado da fechadura da porta, parecia que havia sido arrombada, mas não tinham tanta certeza. Havia duas mensagens, uma do Allan que estava fazendo a investigação e outra do James. Resolve abrir a do Allan primeiro.

A porta não foi arrombada, provavelmente a vítima abriu a porta para ver qualquer coisa um barulho talvez e quando ia fechar a porta ela foi empurrada, isso explica os arranhões.
Allan 15:26 p.m.

Lê para Lucas que anota e logo o pessoal que cuidará do corpo chega.
Aproveita para ler a mensagem do James.

Onde e com quem você está?
James 15:00 p.m.

Tá de sacanagem. _ revira os olhos e Lucas se aproxima.

_ O que foi? _ para com as mãos na cintura.

Não para assim na minha frente não por favor. Pede mentalmente.

_ Nada. Problemas em casa. _ Joga o celular dentro da bolsa e recolhe todas as coisas e se preparam para voltar para o CCIS.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

G.P.A. é a sigla para grade point average, ou "média de notas", é uma forma usada nas escolas e universidades internacionais para calcular a média semestral de cada estudante.

Diário de uma DetetiveOnde histórias criam vida. Descubra agora