Capítulo 4

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Depois que chegaram no CCIS foram direto para o laboratório. Para começar a testar a compatibilidade dos sangues que foram encontrados, Emma foi buscar um café Lucas ficou fazendo os testes para descobrir qual altura provavelmente o sangue caiu.

O celular toca e quando o número do pai aparece na tela Emma sorri mas logo fica tensa pois algo de rui poderia ter acontecido.

Ligação on...

_ Emma, onde você está? _ ele pergunta preocupado.

_ Estou trabalhando papai aconteceu alguma coisa com a mamãe? - um gosto amargo subiu pela boca.

_ Não. Só ficamos preocupados, já são quase nove da noite e até agora você não chegou. _ Merda, ela xinga em pensamento. Nem ela mesma tinha visto as horas, ficaram tão envolvidos que esqueceu completamente.

_ Só estou terminando umas pesquisas aqui e vou embora. No máximo meia hora tudo bem?

_ Tudo. Mais filha, cuidado. Pode estar muito perigoso, então não fique fazendo hora na rua. Dirija rápido e não abra a janela pra ninguém. Se nos semáforos não tiver ninguém passe direto sem se importar com os sinais vermelhos, depois eu cuido das multas. _ Emma quase riu. Esse é o seu pai, ele prefere pagar uma multa cara do que correr perigo.

_ Tudo bem papai. Te amo. _ fala na tentativa de encerrar a ligação, pois sabe que o pai quando começa não tem quem aguente. E recomendação até para beber água.

_ Qualquer coisa me avise. Te amo. _ suspira ainda preocupado.

Desliga.

Ligação off...

Ao chegar na sala Emma percebe que Lucas estava com uma expressão de pura raiva. Ele bate a mão na mesa e joga algumas coisas no chão.

_ Lucas aconteceu alguma coisa? _ pergunta e se aproxima preocupada.

_ A porra... O DNA não é compatível. _ fala bravo mas tentava se conter de alguma forma _ eu pensei que a gente ia pegar esse filho da puta. _ ele já estava chorando.

_ C-como assim? _ Emma olha assustada para a tela do computador onde brilhava:

Amostra não compatível.

Aquilo não podia ser. Senta na cadeira que estava ao seu lado. Estava completamente decepcionada consigo mesma. Assim como Emma, Lucas estava abalado, os cabelos estavam desgrenhados a gravata jogada em um canto e os olhos vermelhos.

_ Eu busco por esse desgraçado a anos... _ Emma se assusta com a confissão de Lucas. Ele olhava amargurado para o teto _ a minha mãe morreu de tanto trabalhar. Ela era faxineira, meu pai se matou de tanto trabalhar para me dar do bom e do melhor como já te contei, eu estudei, mas só decidi ser perito criminal mesmo quando a Eloise, minha noiva... ela... foi sequestrada e fiquei mais de duas semanas sem ver ela. _ ele suspira cansado passando a mão pelos cabelos.

_ Eu sinto muito Lucas. vai até ele e o abraça sem ter o que falar. Já até imaginava o que havia acontecido. _ não precisa se explicar, deve ter sido muito doloroso para você,

_ Ela era tão... tão linda. _ sorri triste e mostra uma foto dela. _ ela estava grávida de seis meses... _ Emma perde todo o ar como não perderia. Não conseguia falar mais nada, Deus do céu. _ eu não consegui... não consegui protege-la, nem o Dean meu filho... ele mandou partes dela em várias caixas...

_ Lucas... _ a voz de Emma saiu quase um sussurro _ não quero que fique se torturando desse jeito, eu não consigo nem sequer imaginar sua dor. Deve ser complicado para você trabalhar em casos assim.

Diário de uma DetetiveOnde histórias criam vida. Descubra agora