Era horrível correr de salto, e a roupa que Emma estava não era nem um pouco adequada para o seu tipo de trabalho, a única coisa que ela queria entender era como Melissa ia trabalhar toda maravilhosa em um salto enorme. James a ajudou, e foi ótimo, pois não conseguiria andar rápido sem apoio.
Assim que chegaram no andar que eles ficavam Lucas olhou de cima a baixo para os dois, buscando alguma coisa que não parecia fazer sentido.
_ Atrapalhei alguma coisa? - pergunta.
_ Não. Tudo bem. _ James e Emma responderam juntos.
_ Ótimo. _ Lucas parecia estar de mal humor hoje, talvez seja pelo fato de ter que trabalhar em pleno domingo. _ Susane Trotsky, 22 anos, branca, 60 quilos, estudante de direito na universidade de Seattle, desapareceu a três dias e foi encontrada hoje. _ Lucas caminha até o elevador e é acompanhado por James e Emma. _ Os pais disseram que Susane era muito gentil, gostava sempre de ajudar as pessoas fazia trabalho voluntário no lar de idosos, no orfanato e em um hospital de câncer. _ as portas se abrem e entram no andar mais baixo e temido por todos dessas áreas de trabalho. O necrotério. _ ela estava sem a mão esquerda, sem o pé direito, sem a córnea e sem dentes. _ vestiram aventais, luvas e colocam as máscaras.
Emma a analisa, parecia uma menina bonita, tinha traços fortes, os cabelos pretos destacavam na pele branca, a boca vermelha estava inchada, se não tivesse machucada poderia ser a branca de neve facilmente.
_ Ela está sem um rim também. Corte irregular, pode ter sido feito com uma faca... _ arrepia só de imaginar. _ o intestino está cheio de necrose. Coitada dessa menina, nem imagino como deve ter sido terrível passar por tudo isso, a pessoa que fez isso é um doente.
_ Com licença. _ James pede e sai.
_ James... James... _ Emma chama mas ele continua a andar como se nem tivesse a escutado. _ merda.
_ Vocês estavam juntos? _ Lucas pergunta.
_ Íamos almoçar, ele queria me falar sobre alguns casos. _ fala de maneira natural. Emma não queria que a vida pessoal fosse discutida em ambiente de trabalho _ tentei te ligar mas não consegui. _ tinha sido verdade, enquanto ela estava no banho tentou ligar para ele mas só estava dando fora de área.
_ Fui ver o meu pai. Lá o sinal e horrível. _ fala ainda olhando para ela _ tá bonita _ elogia e Emma sente a pele esquentar.
_ Obrigada. _ ele sorri e volta ao trabalho.
_ Mary Lyn Dornes, 23 anos, morava em Seattle a seis anos, era residente de medicina no Seattle Presbiteryan. Foi encontra na floresta atrás do hospital, por seus amigos de trabalho, Valéria Kingsley disse em seu depoimento que Mary Lyn ainda estava viva quando eles a encontraram, ela descreveu o agressor: Alto, mais ou menos 1,90, cabelos e olhos castanhos, forte, bonito, um sorriso bonito, cabelo bagunçado mas que provavelmente ele o usa em um topete bem alinhado e estava de terno. _ Lucas termina de falar e um arrepio estranho passa pela nuca até os dedos do pé de Emma, não sabia explicar, mais não era bom.
_ Então, temos um provável suspeito. Isso é ótimo, mas Lucas, não pode ser coisa de um homem só. Se a gente ao menos encontrasse um DNA dele na vítima seria perfeito. _ fala cheia de esperança.
_ Eu pedi três perícias, nenhuma constatou nada, eu fiz uma por conta própria, mas também não apareceu nada. _ ele estava visivelmente frustrado.
_ A gente vai conseguir pegar ele Lucas, nós estamos perto. Veja, ele cometeu o primeiro deslize, infelizmente Mary Lyn não sobreviveu, mas ela conseguiu identifica-lo, agora estaremos perto. Muito perto. _ Lucas concorda e me abraça.
Estavam se empenhando dia após dia para que tudo desse certo, estava cansativo mas tinham um ponto de partida agora.
_ Já está saindo? _ James para na porta do laboratório.
_ Depende, o que você quer? Vai surtar e me deixar com cara de louca sozinha? _ ele abaixa a cabeça.
_ Me desculpe por ter saído sem te falar nada, não é culpa de ninguém. _ pelo menos ele parecia convincente.
_ Quer falar sobre?
_ Não é o momento. Vamos, te deixo em casa. _ ele estende a mão e ela acaba aceitando, não tinha nada de mais em sair assim.
No caminho para casa conversaram coisas normais mesmo, sem muita importância, coisas do dia-a-dia e até mesmo casos engraçados que James já havia trabalhado, quando ele parou o carro na porta da casa de Emma já passava das oito e meia, as luzes estavam apagadas, o que era sinal de que talvez Amber não estava em casa. James a beijou uma vez dentro do carro e de novo quando a levou até a porta de casa. Se despediram e assim que ela entra James sai com o carro. Depois de trocar de roupa e foi assistir um pouco de tv, já que isso era quase impossível para ela ultimamente.
Não sabia se quer como foi parar na cama, a única coisa que consegue lembrar é ter deitado no sofá e apagado completamente. Um cheiro gostoso tomava conta de toda casa, o relógio marcava 6h50min, depois de fazer toda higiene, depois de fazer um coque que acabou virando um rabo de cavalo bem preso, Emma sempre fora péssima em manter meu cabelo organizado.
_ Que cheiro maravilhoso _ Amber estava na cozinha preparando o café, e como é de se esperar a mesa estava bem farta, como a mãe sempre faz _ tá parecendo a mamãe. _ pega uma panqueca.
_ Variedade é a alma do negócio. Mas não vamos falar disso agora, quero saber como foi ontem, com o James.
_ Almoçamos e conversamos bastante, depois fomos chamados porque havia dois casos novos para averiguar, e no fim James surtou, depois agiu como se nada tivesse acontecido, me trouxe em casa e me beijou mais duas vezes. E por falar nisso como fui parar na minha cama?
_ Eu te ajudei. Mas então você beijou o James mais duas vezes? Ai meu Deus, estou muito orgulhosa de você. _ era a única coisa que ela havia prestado atenção.
_ Então, como anda seu trabalho? Mamãe disse que você pretende iniciar a faculdade ainda esse ano, já pensou no que quer fazer? _ fala para tentar tirar o foco de si.
_ Acho que vou fazer medicina, gosto da área, a cardiologia mexe comigo.
_ Ainda acho que você deveria fazer moda, mas se a senhorita não gosta tudo bem. Me conte como anda com Amélia.
_ Ela é intensa, gosto disso, ela disse que eu tenho muito ciúmes. Mas pensa comigo, se você está namorando o James _ Emma arqueou a sobrancelha pra ela _ supondo. Mas ele só anda perto da ex namorada que ele quase casou e só não casou porque ela não se sentia pronta naquele momento.
_ Supondo, eu acho que também não gostaria. Tenta conversar com ela sobre isso, deixa bem claro como você está se sentindo com relação a ela ficar de intimidade com a ex, tenta deixar isso bem explícito para que não aja transtornos futuramente.
_ Farei isso. _ continuam a conversa, por mais que não parecesse Emma e Amber tinham muita coisa em comum e se davam muito bem quando paravam para colocar o assunto em dia.
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A vida de Emma tem andado muito corrida, cada dia mais avançando com as investigações, e graças a Deus, com isso James tem se acostumado mais com a ocasião.
Eles saiam sempre que possível depois daquelas trocas de beijos acabou tornando tudo mais intenso. Saiam também para tentar manter as coisas mais tranquilas, pra ele fazer coisas leves, filmes de romance, principalmente adolescente, nada de morte ou coisa do tipo, cada dia mais ele tem dormido melhor, e quase não tem pesadelos, sim já haviam passado por isso muitas vezes. Mas James ainda é um livro misterioso, ele não mostra mais do que o necessário, o sexo com ele é quase como sair de órbita, mas ele não fala, mesmo Emma tentando ao máximo se forçar a não ficar tentando perguntar as coisas.
_ Emma, eu sou péssimo com isso, mas vamos lá _ ele tava nervoso e as mãos levemente trêmulas _ você aceita ser minha namorada?
Emma não sabia o que responder, ficou ali, olhando para ele, que segurava uma caixa com um anel brilhante e teve quase certeza de que iria desmaiar.
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Diário de uma Detetive
Misterio / SuspensoA busca pelo assassino perfeito, ele não deixa rastros, e age no silêncio. Se esconde nos lugares mais improváveis, uma jovem investigadora luta para encontra-lo, mas não será tão fácil quanto ela pensa. Não quando ele é praticamente um mito, uma fu...