CAPÍTULO 3

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CLÉO

Eu concordei com aquela loucura com algumas condições, e muitas delas envolviam em ajudar o João Augusto a achar uma namorada, mas caramba, quando eu encontrei ele parado ali no alto da escada, com aquele corpo sarado, aquele pacote de seis, suado, com a calça jeans desgastada como um verdadeiro caubói, me fez quase derreter numa poça quente.

Que homem era aquele? Eu tinha vontade de pular nele e me esfregar igual a uma gata no cio. Eu era alta e tinha minhas curvas ali e aqui, mas caramba, ele era tão forte e alto que parecia que podia me pegar sem problemas, e com vontade, talvez....

NÃO, CLÉO! Você tem que se manter fora de problemas, fora do radar, e ajudar ele a encontrar alguém e arrumar dinheiro para quitar suas dívidas.

Isso!

Esse era o meu plano e não cobiçar o fazendeiro gostoso. De jeito nenhum.

Mas era meio difícil não cobiçar o fazendeiro gostoso, quando ele estava ali, na minha frente e de costas para mim. Me deixando com a visão gloriosa das suas costas e sua bunda que parecia firme, por baixo daquele jeans.

Era tão clichê, mas tão bom.

Eu tinha era que deixar meus desejos de lado e por o plano em prática, que era trabalhar ali, tentar construir minha vida longe daquele caos todo da cidade grande, e fazer com que o fazendeiro tentação arranjasse uma namorada.

Fazendeiro tentação? Ai, ai Cléo, não vai se meter em furada...

- É aqui o seu quarto, se tiver mais alguma mala no quarto, depois eu trago. – Ele diz me encarando.

Balanço a cabeça negando.

- Tem mais nada não, pode ficar despreocupado. – Sorrio, tentando ser gentil.

- Ok. – Ele diz sério e passa por mim indo embora, não antes que eu pudesse sentir um pouco do seu cheiro.

Por baixo daquele suor, provavelmente sujeira de animais, eu podia sentir um cheiro de perfume, talvez fosse o sabonete que ele usava, mas nossa senhora, o cheiro era maravilhoso.

Como um homem desses pode ser solteiro?

Será que ele tem algum trauma? Alguma neura?

Será que ele é um daqueles sadomasoquistas que bombom tantam nos livros?

Um fazendeiro com um quarto vermelho? Hm....

Balanço a cabeça saindo desses pensamentos loucos.

Foco, Cléo.

Repito esse mantra na minha mente, e resolvo dar uma atenção ao espaço a minha volta.

O quarto era grande, com uma cama de casal, uma mesinha de madeira na cabeceira, um armário também de madeira, no canto.

Tudo parecia feito de madeira na verdade, menos o abajur na mesinha de cabeceira.

Fui em direção a janela e abri, olhando a paisagem mais linda que eu já tinha visto.

Caramba...

Era tanto verde, tantas árvores...

Eu via a plantação distante dali, e um curral com os porcos, um galinheiro não muito distante...

E o cercado com os cavalos? Que coisa mais linda...

Eu queria poder tocá-los, ou pelo menos, sentir metade da liberdade que eles pareciam sentir ali.

AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora