CAPÍTULO 17

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JOÃO AUGUSTO

O corpo da minha morena fica tenso e ela se afasta de mim.

Porra.

Eu odiava a minha ex.

Ela só estragava os momentos. Só tentava estragar a minha vida.

- O que você quer aqui, Victória? Eu já não te disse para sumir da minha vista pra sempre?

Victória joga o cabelo de lado em alguma vã tentativa de me fazer cativado.

Algo que antes eu era.

Mas hoje, não.

Agora eu só tinha olhos para a beleza curvilínea do meu lado.

"Meu amor"

Com isso em mente, não deixo Cléo ir para muito longe de mim e puxo para meus braços, para ambos, juntos, possamos enfrentar a minha ex de araque.

Victória olha para nós entrelaçados e bufa.

- Ainda com a rolha de poço, João? Achei que fosse ouvir o meu conselho.

- Eu ouvi o seu conselho, você disse que eu podia conseguir coisa melhor, e eu continuo tendo a melhor coisa possível, a Cléo. – E beijo sua cabeça.

O rosto de Victória fica vermelho de raiva e eu não ligo.

Eu queria que ela saísse de vez da minha vida.

- Eu vou provar, João. Eu vou te mostrar que essa gorda é uma interesseira de araque.

- Ela não é você, Victória. Ela é melhor do que você.

- É o que você pensa. – E ela sai, levando seu grupo de amigas, ou seguidoras, atrás.

Me viro para Cléo.

- Você está bem?

Ela me olha irritada.

- Eu estava me controlando para não esganar aquela magrela safada! Vir aqui e ter a coragem de me ofender como se eu não estivesse presente. Como ela ousa? Ela nem me conhece.

- Ela é maluca, Cléo. Eu não ligo para o que ela fala, eu confio em você.

- Que bom, João Augusto, porque eu nunca faria isso com você. – E me da um daqueles sorrisos dela.

- Agora podemos ir né?

Ela levanta a sobrancelha.

- Agora que eu finalmente tive um tempo só para mim? Para aproveitar a festa? Está tudo tão lindo e colorido. Parece até uma festa Junina.

Eu encaro aqueles olhos de chocolate dela e aceito ficar mais um pouco.

- Ok, só vou dividir você mais um pouco.

- Nossa, cowboy, pra que tanta pressa?

Dou a ela um dos meus sorrisos safados.

- Eu quero muito o meu agradecimento.

Sua rosto começa a ficar vermelho e eu rio enterrando meu rosto em seu pescoço.

Apesar do aparecimento da minha ex do mal, a noite estava sendo maravilhosa.

*

Acabou que ficamos mais duas horas por lá.

Cléo conheceu alguns vizinhos de fazenda distante da nossa, conheceu alguns moradores da cidade e o Padre por lá. Ela se enturmava tão bem com aquela gente simples e honesta com a qual eu cresci.

Logo ela, que veio da cidade grande, era bondosa com todos.

Victória sendo daqui, era uma víbora e sempre se achava superior.

Como eu pude me enganar por tanto tempo?

Toda vez que eu via a Cléo abrir aquele sorriso dela, aquele que fazia meu coração bater acelerado, eu tinha mais certeza do meu sentimento por ela.

Era tão forte e incontrolável.

Não conseguia deixar de tocá-la ou estar perto dela. Não conseguia para de respirar seu cheiro maravilhoso ou pensar em seu sorriso.

E aquele corpo encostado no meu...

Graças a Deus que já estávamos na caminhonete indo para casa. Meus pais atrás e eu e Cléo na frente.

Peguei a mão dela e dei um beijo antes de depositar na minha coxa.

Olhei no retrovisor do carro e vi o sorriso aberto da minha mãe, provavelmente imitando o meu.


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Gente, me perdoem se o capítulo de hoje foi muito curto, meu pulso está doendo horrores, mas eu preferi cumprir o prazo que combinamos.

Até domingo,

Dands.


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AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora