CAPÍTULO 15

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UMA SEMANA DEPOIS...

JOÃO AUGUSTO

Eu nunca pensei que começar uma relação com essa maluca seria algo que me traria tanta paz no coração, mas é o que acontece.

Desde que a Cléo entrou na minha vida, eu posso ficar louco as vezes, mas em todos os momentos, eu me sinto bem com ela. Ela me acalma de um jeito que eu não pensava ser possível.

Até meus pais a adoravam.

Eles já gostavam dela antes, mas quando viram que estávamos juntos, ficaram tão felizes que eu pensei que fossem explodir de tanta alegria, e quando eu digo eles, digo a minha mãe.

A minha louca mãe que com certeza tinha um dedo nisso tudo, mas eu a interrogaria outra hora, agora eu queria achar a minha morena.

Achei ela de costas para mim, usando o esfregão no chão da cozinha e com os fones no ouvido cantando.

- E as fotos que você curtiu, tô seguindo você. E ai, o que é que a gente vai fazeeer. – Ela começa a dançar com o esfregão e eu tento segurar o riso enquanto em aproximo por trás dela. – Diz aiiiii, se você quer e eu também, tô querendo vocêêê.

A pego de surpresa quando a abraço.

- Tantos sorrisos por ai, você querendo o meu. Tanto olhares me olhando e eu querendo o seu, eu não duvido não, que não foi por acaso, se o amor bateu a nossa porta, que sorte a nossa. – Canto baixinho em seu ouvido o resto da música.

Podia ser uma coisa completamente afeminada saber a letra da música praticamente toda.

Mas era tudo culpa do Marcos que adorava esse tipo de música.

Cléo se vira para mim e retira o fone de ouvido e me olha com o olhar debochado.

- É, cowboy? Tantos olhares te olhando por ai? – E me da um selinho rápido que eu transformo em um beijo que nos tira o fôlego quando termina.

- O que eu posso fazer se sou tão disputado?

Ela me mostra a língua e se afasta de mim, continuando a esfregar o chão da cozinha.

Eu sento na cadeira da mesa de café da manhã e observo seu trabalho.

- Você sabe que não precisa trabalhar para minha mãe né? – Entro novamente em um assunto que nos fazia discutir, mas eu não me importava.

Ela suspira alto e para de esfregar o chão para olhar para mim.

- E você sabe que eu preciso do dinheiro, João Augusto. Eu tenho uma dívida para saldar.

- Eu sei, e como eu sei que você não vai aceitar a ajuda dos meus pais, e nem a minha por mais que eu insista, eu tive outra ideia.

- Que ideia?

- Todo ano fazemos uma festa lá na igreja da cidade para celebrar o aniversário da cidade. Colocamos barracas envolta da Igreja e cada loja, ou família, leva um prato ou monta sua barraca e vendemos as coisas. Fazemos brincadeiras para as crianças.

- É uma ótima ideia! Mas será que vão comprar algo? Eu sou nova aqui e eu nem sou tão boa cozinheira assim...

Pego ela pelos ombros e a sacudo levemente.

- Que pensamento absurdo é esse? Você é uma cozinheira de mão cheia, morena.

- Eu não sei não...

Rosno em descrença.

- Isso é tudo culpa do seu ex inútil. Deus, se esse idiota aparece na minha frente, eu nem sei o que eu faria. Botou essas caraminholas na sua cabeça. – Respiro, tentando controlar a minha raiva. – Você é melhor do que isso, morena, e eu acredito que vai ser um sucesso.

Ela abre um daqueles sorrisos que faz meu coração bater um pouco mais acelerado.

Eu podia estar me apaixonando por ela.

Era tão fácil, tão simples e puro.

Não tinha maldade no nosso relacionamento.

E eu esperava que fosse sempre assim.


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Domingo tem mais.

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AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora