CAPÍTULO 7

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CLÉO

Eu podia sentir o João Augusto inquieto e me dava vontade de perguntar para ele se estava tudo bem, mas eu resolvi ficar na minha e começar a pensar como eu contraria lá uma mulher para ele.

Ele era um pé no saco, o que tornava tudo difícil, mas ele era infelizmente muito atraente, o que tornava o trabalho menos difícil.

Quando chegamos no bar, eu pareci um pouco desapontada, porque esperava uma espécie de bar de estrada com um letreiro furreca, motos e caminhões espalhados e uma alguma garçonete com a calça jeans parecendo uma segunda pele.

Era óbvio que eu estava lendo livros demais, porque o bar parecia mais um restaurante normal, como uma churrascaria imensa.

Mas qual foi a minha maravilhosa surpresa ao entrar e ver algumas dar garçonetes com o jeans colado e a blusa com o logotipo do bar, mas a blusa era solta. A música alta vindo da jukebox, mas eu podia ver uma banda se preparando no canto e o cheiro típico de cerveja no ar.

Talvez alguns dos meus livros não estivessem tão desatualizados assim.

- Olha se não é o sumido que do nada resolveu voltar a civilização. – Veio uma voz masculina do meu lado e vejo o João Augusto dar um sorriso aberto antes de abraçar o dono da voz.

Caramba, eu estava ainda meio atordoada pelo sorriso dele.

E cara, ele podia mesmo sorrir.

E que sorriso...

- E quem é essa beleza aqui do seu lado? – A voz volta a falar me tirando dos meus devaneios e encaro um homem lindo, com o cabelo loiro escuro curto e olhos azuis que pareciam sorrir pra você, e um sorriso tão bonitinho que eu me perguntava como ele era amigo do carrancudo do João Augusto.

E por falar em carrancudo, lá estava ele fazendo outra ao encarar o sorriso do seu amigo para mim.

- Essa é a Cléo, a moça que trabalha lá em casa agora...

- A nova empregada? Caramba, com essa beleza toda ela deveria estar como modelo.

Eu ri e estendi a mão.

- Prazer te conhecer...

- Marcos, o melhor amigo do João carranca aqui.

Não pude evitar e ri novamente, caramba, era amigo dele e ainda conseguia aturar a carranca dele.

Merecia um prêmio.

- Tá, tá, agora que vocês ficarem amiguinhos, vamos nos sentar. – E saiu me puxando.

Assim que ele me tocou eu senti um arrepio.

O que é isso?

O que ele tinha que me afetava tanto assim?

Eu resolvi não pensar sobre isso, porque tinha uma suspeita e o melhor era deixar pra lá.

Nos sentamos em uma mesa redonda, onde eu ficava no meio dos dois e eu aproveitei para olhar o bar ao redor, a procura de alguém para Augusto, ao invés de pensar no braço dele atrás de mim que mal me encostava e eu sentia uma eletricidade louca percorrer o meu corpo.

Mas quem disse que o homem me deixava em paz?

- Por que você tá olhando tanto para os lados? Está procurando alguém? Pensei que conhecesse ninguém por aqui. – Ele diz acusatório.

Eu revirei os olhos.

- Eu te devo satisfação de alguma coisa? Você não é nada meu.

Ele abriu a boca pronto para retrucar, mas ele desistiu e eu vi um músculo do sua mandíbula tremendo. Caramba, ele estava puto.

AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora