CLÉO
Eu podia sentir o João Augusto inquieto e me dava vontade de perguntar para ele se estava tudo bem, mas eu resolvi ficar na minha e começar a pensar como eu contraria lá uma mulher para ele.
Ele era um pé no saco, o que tornava tudo difícil, mas ele era infelizmente muito atraente, o que tornava o trabalho menos difícil.
Quando chegamos no bar, eu pareci um pouco desapontada, porque esperava uma espécie de bar de estrada com um letreiro furreca, motos e caminhões espalhados e uma alguma garçonete com a calça jeans parecendo uma segunda pele.
Era óbvio que eu estava lendo livros demais, porque o bar parecia mais um restaurante normal, como uma churrascaria imensa.
Mas qual foi a minha maravilhosa surpresa ao entrar e ver algumas dar garçonetes com o jeans colado e a blusa com o logotipo do bar, mas a blusa era solta. A música alta vindo da jukebox, mas eu podia ver uma banda se preparando no canto e o cheiro típico de cerveja no ar.
Talvez alguns dos meus livros não estivessem tão desatualizados assim.
- Olha se não é o sumido que do nada resolveu voltar a civilização. – Veio uma voz masculina do meu lado e vejo o João Augusto dar um sorriso aberto antes de abraçar o dono da voz.
Caramba, eu estava ainda meio atordoada pelo sorriso dele.
E cara, ele podia mesmo sorrir.
E que sorriso...
- E quem é essa beleza aqui do seu lado? – A voz volta a falar me tirando dos meus devaneios e encaro um homem lindo, com o cabelo loiro escuro curto e olhos azuis que pareciam sorrir pra você, e um sorriso tão bonitinho que eu me perguntava como ele era amigo do carrancudo do João Augusto.
E por falar em carrancudo, lá estava ele fazendo outra ao encarar o sorriso do seu amigo para mim.
- Essa é a Cléo, a moça que trabalha lá em casa agora...
- A nova empregada? Caramba, com essa beleza toda ela deveria estar como modelo.
Eu ri e estendi a mão.
- Prazer te conhecer...
- Marcos, o melhor amigo do João carranca aqui.
Não pude evitar e ri novamente, caramba, era amigo dele e ainda conseguia aturar a carranca dele.
Merecia um prêmio.
- Tá, tá, agora que vocês ficarem amiguinhos, vamos nos sentar. – E saiu me puxando.
Assim que ele me tocou eu senti um arrepio.
O que é isso?
O que ele tinha que me afetava tanto assim?
Eu resolvi não pensar sobre isso, porque tinha uma suspeita e o melhor era deixar pra lá.
Nos sentamos em uma mesa redonda, onde eu ficava no meio dos dois e eu aproveitei para olhar o bar ao redor, a procura de alguém para Augusto, ao invés de pensar no braço dele atrás de mim que mal me encostava e eu sentia uma eletricidade louca percorrer o meu corpo.
Mas quem disse que o homem me deixava em paz?
- Por que você tá olhando tanto para os lados? Está procurando alguém? Pensei que conhecesse ninguém por aqui. – Ele diz acusatório.
Eu revirei os olhos.
- Eu te devo satisfação de alguma coisa? Você não é nada meu.
Ele abriu a boca pronto para retrucar, mas ele desistiu e eu vi um músculo do sua mandíbula tremendo. Caramba, ele estava puto.
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AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)
RomanceDona Lúcia estava cansada do seu único filho ficar sozinho e se lamentando por um antigo relacionamento, então, ela resolve criar um perfil falso para ele em um site de relacionamento em busca de uma noiva para ele, e é ai que ela conhece Cléo. Cléo...