CAPÍTULO 6

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JOÃO AUGUSTO

Isso ia ser difícil, do tipo, muito difícil.

O que diabos a minha mãe estava pensando quando praticamente fez a Cléo ir comigo ao bar?

Porra!

Eu queria ir no bar justamente para tirar ela da minha mente.

Mas agora o estrago já foi feito.

Eu estava na sala de estar com os meus pais, vendo televisão e esperando ela descer.

Estava ficando impaciente, batendo o pé no chão.

A ansiedade preenchia todo o meu corpo e eu nem entendia o motivo disso. Era só uma saída como tantas outras.

Escutamos um pigarro atrás da gente e nos viramos para olhar e...

Eu estava tão ferrado.

Ela usava um vestido preto que acentuava as suas curvas, todas as curvas que eu queria apertar de tal modo que minhas mãos coçavam por senti-las. E o cinto que marcava sua cintura, só deixava mais acentuada aquela bunda maravilhosa e...

E o decote.

Caralho! Eu queria poder abaixar meu rosto e deixar naquele adorável monte que parecia tão macio que minhas mãos coçavam para tocar um.

Eu sabia que ela seria perfeita para mim pela maneira que o seu corpo seria suave em todas as partes em que o meu era construído.

Ela usava saltos, não muito altos, mas que assim faziam uma boa diferença em suas pernas lindas.

Eu abafei um gemido, completamente afetado por toda a visão dela.

Nem ia começar a falar do meu amigo aqui que acordou tão rapidamente que eu sabia que teria problemas.

E agora? Como levantaria assim?

- Nossa, Cléo, você está linda minha filha. – Minha mãe disse indo abraça-la que parecia completamente envergonhada. – E que vestido fabuloso, eu preciso de um igual, tenho certeza que me deixaria bem sexy assim também.

Ao ouvir isso, eu podia sentir minha ereção diminuir. Bem, obrigado mãe, por inundar minha mente com visões bem tensas da senhora vestidas com esse vestido...

Mas era melhor do que pensar na Cléo e...

Levantei.

Era hora de ir.

Meu pai também elogiou a Cléo, mas eu podia sentir os olhos dela em mim, cheios de desconfiança, como esperasse que a qualquer momento eu soltasse algum comentário idiota.

Droga.

Essa mulher pensava tão mal assim de mim?

- Você está bonita, Cléo. – Ela arregala um pouco os olhos e morde os lábios suculentos que estavam apenas com um batom claro. E eu queria poder morder aquele lábio e suga-lo e... – Vamos, que o Marcos já deve estar nos esperando.

Peguei as chaves e acenei para os meus pais antes de sair de casa e o vento frio da noite bater no meu rosto, me refrescando ou me ajudando. Porque parecia que o ar tinha sido sugado da sala quando ela entrou e tudo o que eu precisava era de mais ar.

- Nossa, que frio. – Ela disse e enrolou os braços em volta de si mesma. – Me espera que eu vou pegar minha jaqueta lá no meu quarto. – E com isso ela entrou em casa.

Eu quase cometi a loucura de oferecer a ela a jaqueta que eu estava usando para aquece-la e só de pensar nela usando alguma roupa minha, eu me senti ficando duro novamente.

Porra, eu precisava achar uma mulher logo.

Quando ela voltou novamente com uma jaqueta de couro que eu achava que não esquentava muito, mas não discuti e fomos para o carro.

*

A viagem no carro foi horrível.

Eu me sentia sufocado naquele carro fechado com o perfume da Cléo pelo carro fazendo com que as minhas mãos apertassem o volante com muita força. Caralho, até o cheiro dela me instigava.

O que essa mulher estava fazendo comigo?

Ela estava quieta no canto do carro, só olhando pela janela, e eu podia sentir ela fervilhando em pensamentos igual a mim.

Será que eu tinha que puxar assunto? Será que ela queria que eu puxasse assunto?

Era tão confuso.

Quando eu estava com a Victória, ela sempre puxava assunto, sempre falava e ocupava o espaço que parecia viver em silêncio entre a gente. As vezes era um saco, porque tudo o que eu ouvia era a voz dela e as coisas que ela fazia, que geralmente eram compras e coisas fúteis. Mas sempre fiquei feliz com a intenção dela.

E agora, esse silêncio todo, me incomodava, porque eu queria ouvir a voz daquela morena marrenta...

Meu Deus, eu realmente quero isso? Eu devo estar ficando louco!

Sorte que tínhamos chegado ao nosso destino, ou estava prestes a cometer algum tipo de loucura.


AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora