Cheguei atrasada na sala e o professor já estava fazendo a chamada. Bati leve na porta e pedi para entrar.
- Entre, Elisa. - murmurou o professor.Caminhei entre as carteiras e fui para o meu lugar, fazendo o mínimo de barulho possível. Assim que sentei, joguei minha mochila no chão e relaxei na cadeira de madeira. Charlotte se aproximou e disse:
- Que milagre a Elisa chegar atrasada. - brincou ela.
- Sim. Até estranhei esse acontecimento. - ironizou Evie.
- Eu vou matar as duas se não calarem a boca. - falei, explodindo sarcasmo.As duas se olharam e começaram a rir. E, era aquilo que eu mais adorava em nossa amizade: elas não ficavam bravas por poucas coisas. Era quase impossível nós brigarmos. É claro que havia um estranhamento às vezes, mas era passageiro.
- Qual foi o motivo dessa vez? - perguntou Evie.
- Não escutei o despertador. Ele tocou , tocou, tocou e eu não acordei. Se continuar assim, vou comprar uma buzina de navio para acordar. - murmurei.
- Acho que os professores já estão acostumados com os seus atrasos. A secretaria nem deve mais anotá-los. - comentou Charlotte.
- Isso é verdade. - confirmei, rindo.
- Pelo menos, quando você entregar o trabalho, o professor nem vai ligar para o seu atraso . - exclamou Evie, pegando seu trabalho nas mãos.Uma mistura de pânico com desespero começou a borbulhar dentro de mim.
- Eu sabia que estava esquecendo alguma coisa, mas não sabia o que era. Merda, merda, merda! - afirmei, começando a ficar brava.Abaixei a cabeça, deixando a angústia tomar conta de mim. No bolso da calça, eu sentia meu celular vibrar feito louco. Bufei, ignorando as mensagens. Levantei de repente, quando senti alguém bater no meu braço.
- Elisa, estão te chamando.- disse Evie.Então, olhei para porta e lá estava a Senhora Laine. Era só o que me faltava! Algum problema com a coordenação. Sem dúvidas, aquele não era o meu dia. Levantei e fui até ela, preparando meu psicológico para o que quer que seja. Assim que estava na sua frente, a senhora suspirou e me entregou uma pasta.
- Um jovem bonito pediu para entregar isso. Disse que era uma urgência. - falou ela.
- Um jovem bonito? - perguntei, confuso. Como a senhora Laine era ótima com descrições.
- Isso mesmo. - afirmou ela, começando a sair.
- O-obrigada. - agradeci.Voltei ao meu lugar e sentei. Quem seria?
- O que tem na pasta? - perguntou a Charlotte.Neguei com a cabeça e abri a pasta. Surpreendi-me ao me deparar com o meu trabalho perfeitamente alinhado na pasta. Eu tinha certeza que tinha deixado ele em cima da minha mesa de estudos no meu quarto. Foi então, que meu cérebro começou a pensar. Um jovem bonito com acesso ao meu quarto? Eu não tinha certeza, mas sentia que aquilo tinha um dedo do Trevor.
- Trabalhos na minha mesa. - anunciou o professor.Evie pegou o meu trabalho e o da Charlie, juntando com o seu e levou ao professor. Com o coração batendo em ritmo normal, peguei meu celular para olhar as notificações.
Amor da minha vida: Elisa, você pegou seu trabalho?
Amor da minha vida: Deixei na sua escola.
Amor da minha vida: Eu não sabia sua sala. Então, falei sei nome completo.
Amor da minha vida: Espero que tenha chegado a tempo até você.
Elisa: TREVOR!!!
Elisa: Eu vou te matar!
Elisa: Estou falando sério.
Elisa: Como conseguiu meu número?!
Elisa: E por que diabos está salvo assim???
Amor da minha vida: Bom, eu tenho que ir.
Amor da minha vida: Meu pai está me chamando.
Amor da minha vida: Te vejo mais tarde.Eu sentia uma raiva no momento, mas devo confessar que depois de alguns minutos, eu ria da situação.
- Quem trouxe seu trabalho? - perguntou Evie.
- A Irene. Passou em casa e o viu em cima da mesa. Achou que fosse importante e trouxe para mim. Sorte, não é? - menti. Não era totalmente verdade, mas como minhas amigas não podiam saber quem realmente trouxe meu trabalho, omiti apenas a pessoa, trocando-a por outra.
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Written In The Stars
Teen FictionElisa é uma garota comum. Está no seu último ano escolar e vive tranquilamente com sua mãe num apartamento em um bairro de classe média. Porém, sua vida mudou drasticamente quando um garoto entra em seu quarto. Trevor só queria liberdade e fugir d...