Capítulo 10

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Após deixa Mirela com Miranda saímos do hospital e fomos em direção ao estacionamento, entramos no carro e ele dá partida.

—Agora vai me contar porque você ficou tão preocupada com o irmão de Anna ? Mateus fala com os olhos fixos na rua.

—Ele e meu ex, o do dia dá chuva. Falo olhando pela janela.

—Por isso que você quer ir ? Fala com voz de deboche.

—E se for ? Falo mudando meu tom de voz.

—Pensei que você fosse diferente. Fala ele baixo.

—Quem você pensa que é pra me dizer isso ? Quem ficou com minha amiga foi você. -Falo cruzando os braços.

—E isso quer dizer o quê ? Diz ele freando bruscamente.

—Quer dizer que foi você que me trocou primeiro e pela minha melhor amiga é quer saber ? Vou de pé mesmo. - Digo abrindo a porta e saio andando pela calçada.

—Entra aqui Carol ! Fala Mateus gritando pela janela, apenas ando mais rápido e não ligo pra ele. -VOLTA AQUI ! Ouço o barulho da porta do carro abrindo e fechando.

—VOU SOZINHA TÁ DIFÍCIL DE ENTENDER ? Grito me virando e dou de cara com Mateus.

— O que você quer de mim ? Fala ele olhando para meus olhos.

—Quero que me fale a verdade. Digo deixando uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

—Que verdade ? Que eu te amo ? Que eu te desejo ? Que eu não consigo te esquecer ? -Fala ele se virando e passando a mão pelos cabelos.

—Não, isso é mentira ! Você não me ama, você é só mais um desse que pega e depois descarta. -Falo virando as costas deixando as lágrimas cair. Sinto Mateus pegando meu braço me fazendo parar de andar.

—Não fale isso. Ele diz profundamente magoado.

—Eu falo sabe porque ? Por que você me fez eu me apaixonar por você e depois ficou com minha amiga, mas tá tudo bem você não tinha nada comigo mesmo não é? Digo chorando muito.

—Por que você tá chorando ?- Fala ele colando suas mãos em meu rosto.

—Porque eu te odeio, por fazer eu te amar. Falo baixo.

—An não ouvir ? Fala Mateus todo lesado.

—N-A-D-A. Falo pausadamente.

—Tem certeza ? Fala ele desconfiado. —É que você falou tão baixos.

—TENHO, AGORA TIRA A MÃO DE MIM. Não acredito que eu me declarei pra ele, ele não ouviu.

—Tá bom, agora entra no carro e eu te levo pro hospital pra ver seu ex. Diz ele sarcástico.

—E você ver sua "namorada". Falo indo em direção ao carro.

—Amigos ? Fala ele ligando o carro.

—Conhecidos. Digo chateada.

Fomos até o hospital em total silêncio, ao estacionar o carro, saio em direção a recepção:

—Boa tarde queria saber do paciente Antônio Marques, ele sofreu um acidente e bom foi encaminhado para cá.

—Ah claro, o que a senhorita e dele ? -Fala analisando o seu computador.
—-Sou a namorada dele. Minto.

—Ah certo, ele estar na sala da UTI.

—O QUÊ UTI ???? - Digo sentindo meu mundo rodar e por alguns segundos fecho os olhos. Isso não pode tá acontecendo.

—Calma Carol. Diz Mateus me abraçando me vendo naquele completo desespero.

—MATEUS ? Diz Anna com a cara enchada acho que de tanto chorar.

—Anna, está tudo bem ? -Fala ele me largando e indo abraçar a Anna.

—Não amor! Fala ele chorando nos seu ombro.

—Anna como tá o Antônio ? Falo meio nervosa.

—VOCÊ AINDA TEM A OUSADIA DE ME PERGUNTAR COMO ELE TÁ ? - Diz ela chorando e gritando comigo.

—Anna não tô te entendendo. Digo sem saber do que ela tava falando.

—MEU IRMÃO FOI ATÉ SEU APARTAMENTO, MAS ELE FOI BARRADO DE ENTRAR LÁ PORQUE VOCÊ NÃO PERMITIU A ENTRADA DELE, ELE FICOU NERVOSO E ATRAVESSOU A RUA COM TUDO E FOI ATROPELADO. Ao dizer isso comecei a chorar lá mesmo, eu tive toda culpa do mundo.

—Para com isso Anna, ela não tem culpa nenhuma. Diz Mateus se soltando dela.

—Você tá defendendo ela ? Diz ela segurando seu braço.

—Sim, ela não teve CULPA, não foi ela que o atropelou. Diz ele vindo em minha direção.

—Desculpa amor... Mas eu tô tão triste. Fala ela manhosa.

—Tudo bem, agora tenho que levar as duas para casa. Diz Mateus.

—Vocês dois podem ir eu fico aqui com o Antônio. Digo enxugando meu rosto.

—Obrigada Carol. Fala Anna. —Meus pais já devem estar chegando e eu vou com Mateus pra casa.

—Tudo bem, podem ir. Vejo que Mateus não gostou muito do ideia de eu ficar ali, mais ele não tem que gostar de nada.

—Vamos Matt ? Fala Anna puxando ele em direção ao estacionamento.

Eu vou em direção ao quarto de Antônio e o vejo em uma maca com um monte de aparelho ligado, ele está respirando com à ajuda de um aparelho. Meu Deus porque ? O que eu fiz ? Me sento em um dos bancos que tem lá e acabo pegando em um cochilo.

***
—Carol ? -Abro meus olhos e vejo Ester mãe de Antônio.

—Dona Ester ?- Me levanto.

—Vá para casa menina. -Diz ela me abraçando, sempre me dei bem com ela antes mesmo de  namorar com Antônio.

—Mas e ele ? Olho para Antônio ainda inconsciente.

—Eu vou ficar aqui, você pode ficar vindo visita-lo, o médico não sabe quanto tempo ele vai ficar assim. Fala ela deixando uma lágrima escapar.

—Vai ficar tudo bem. Digo a abraçando forte.

—Obrigada minha querida, vá com Xavier para seu apartamento. Xavier era o motorista de Ester.

—Tudo bem, mas que horas já são? - Digo vendo que está de noite sendo que eu cheguei no hospital por volta de uma seis horas dá tarde, será que eu passei a noite todinha no hospital ?

—Minha querida já são meia noite, acabei de chegar e vi você dormindo aqui nesse sofá. Explica.

—Então tá bom, eu vou ficar vindo visita-lo.

—Claro querida, agora já estar tarde vá descansar. Eu considero dona Ester meio que minha mãe, quando cheguei aqui e conheci Anna e logo em seguida sua família fui completamente bem recebida.

—Boa noite.

—Boa noite querida. Saio do quarto meio que sem direção, na frente do hospital estava Xavier.

—Caroline o que está fazendo aqui ? Pergunta ele me vendo tenho certeza que minha cara não estava nada boa.

—Xavier me leve pra casa por favor ? Digo chorando.

—Claro menina, entre entre. Repete.

Entro no carro e Xavier dá partida, chego na frente do prédio abro a porta.

—Obrigada Xavier.

—De nada menina, boa noite.

—Boa noites, até mais. Aceno para ele.

Entro prédio e subo até o meu andar entro em casa e vou direto pro banheiro apenas ligo e chuveiro e deixo as lágrimas descerem.

Antônio está na UTI por minha causa! Eu me odeio.

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