Capítulo 13 - Não deu pra resistir ❣️

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- Toma. - Felipe entregou uma camisa para Henrique das que sobrou de uma Campanha que eles fizeram na semana anterior. Henrique aceitou, vestindo-a, logo depois de ter ido ao banheiro para se livrar do suco derramado pela irmã de Shirlei em sua pele. - Agora me explica direitinho, o que aconteceu pra você ter aparecido aqui todo molhado desse jeito.

Abotoando os últimos botões da camisa, Henrique se pôs a explicar:

- Eu nem sei, cara. Só sei que quando eu dei por mim, aquela maluca tava encarnando a versão feminina do exorcista parte dois.

Felipe riu do exagero do amigo.

- Tá certo, pode até ter sido assim. - Felipe encostou o traseiro em sua mesa e cruzou os braços - Mas... conhecendo você como eu conheço, alguma coisa, você deve ter aprontado. Fala, Henrique, que foi que cê fez com a menina pra ela chegar a esse ponto?

Henrique desviou o olhar, desconfiado.

- Nada. Eu só... tranquei a porta pra gente ficar mais a vontade. Foi só isso. E não vou mentir que tentei me aproximar um pouco, quando senti que ela deu uma trégua. - Felipe olhou  para o amigo, repreendendo-o. - Ah, Felipe, não me olha com essa cara. Cê sabe muito bem que eu sou assim! Que eu ajo assim e nunca deu errado!

Felipe levantou sem paciência.

- Mas eu achei que tivesse ficado muito claro naquela nossa última conversa que a Tancinha não era esse tipo de garota...?

- E ficou. Só que... Cara, você também sabe muito bem que eu nunca tive muita paciência pra esse tipo de garota.

Felipe deu dois passos na direção de Henrique, o mesmo estranhou o gesto.

- Mas vai ter. Sabe por quê? - Felipe segurou o colarinho da camisa de Henrique, o olhar entre ameaçador e desesperado. Henrique arregalou o olhar. - Porque foi você quem inventou aquela droga de despedida de solteiro, que me fez conhecer a Shirlei. E agora eu tô aqui... Apaixonado... e numa maldita contagem regressiva de vinte dias, vendo a hora perder a única mulher que, de verdade, eu não consigo mais me ver sem!

O interior do escritório de Felipe ficou silencioso, exceto pela respiração pesada do mesmo. Então pela primeira vez, depois daquelas palavras sinceras do amigo, Henrique não teve mais outra alternativa senão ajudá-lo.

- Qual era mesmo o telefone daquela floricultura que você me indicou? - Henrique perguntou, recebendo de Felipe um meio sorriso, agradecido.

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Duas horas depois, Felipe estacionou o carro em frente à casa de Shirlei. Antes Henrique e ele haviam passado em uma floricultura para escolherem o mais lindo e vistoso buquê para que Henrique pudesse levar para Tancinha.

- Eu não tô acreditando que eu tô fazendo isso. - comentou Henrique, segurando o Buquê nos braços, enquanto retirava o cinto de segurança. - Já tô até com medo do que aquela maluca vai tentar fazer comigo quando me ver.

- Relaxa, Henrique. - Felipe falou, também retirando o cinto - É só você fazer do jeito que a gente combinou e eu garanto que vai dar tudo certo.

Henrique revirou os olhos e abrindo a porta do carro, saiu do mesmo.

- Será que ela vai tá em casa? - Henrique perguntou, mais querendo escapar do que por interesse em saber.

- Vai. Tenho certeza. Hoje a Shirlei e ela não trabalham na Cantina. A Cris ligou pra Carol pra se certificar.

Henrique forçou um sorriso.

- Que ótimo. - Henrique falou, desanimado. - Então vamos, né?!

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