Capítulo 40 - Encontros e desencontros❣️

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FLASHBACK ON ✔️

- Pode parar aqui mesmo, moço, por favor! - Felipe pediu para o taxista, quase gritando, ao avistar o apartamento especificado no papel que tinha em mãos.

Então quando o motorista estacionou, Felipe saiu tão apressado de dentro do carro que Henrique entendeu que ele mesmo teria de pagar a corrida. Abriu a carteira e sacou de lá alguns pesos chilenos, moeda oficial do Chile, e entregou ao homem.

- Muchas gracias, señor! - Agradeceu, Henrique, arranhando um pouco de espanhol, língua oficial do Chile. Em seguida desceu do carro para procurar o amigo que já se encontrava pedindo informações para porteiro do prédio.

- Certo, mas o senhor tem certeza de que aqui não mora nenhum Giovanni ou morou, sei lá...? - Felipe perguntava em português mesmo e o porteiro que tentasse entender. Henrique se aproximou e começou a traduzir o que Felipe falava para o espanhol.

- Estoy seguro, señor. Aquí nunca viviú ningún Giovanni. - O porteiro insistiu em sua resposta, levando Felipe a se sentir extremante frustrado.

Vendo isso, Henrique segurou o ombro do amigo em solidariedade.

- Relaxa, amigão. - Felipe o encarou, expressão triste. Um mês longe de sua princesa. Sem uma noticia sequer dela. Ele já não estava mais aguentando e quando ele achava que finalmente a iria encontrar... Vem essa desilusão. - Mas também, Felipe, você já devia ter desconfiado que a Carmela nunca iria te da o endereço certo, né?

- É, eu devia ter desconfiado sim, mas sabe quando bate o desespero e... Droga, Henrique, eu não consigo dormir direito faz um mês ... Eu tô a ponto de enlouquecer. Eu preciso vê a Shirlei de novo, sentir o cheiro dela, o toque... Eu não aguento mais, cara!

- Eu sei disso. Tô acompanhando você definhar a cada dia, cara, mas a gente tá aqui, num tá? Então? A gente vai achar a tua princesa... Mas antes, vamos procurar um Hotel, cara, tô acabadaço! E esse frio daqui tá me matando!

Felipe deu um suspiro pesaroso, pois por ele, continuaria a busca incansável por sua princesa, mas fazer o quê? Afinal, eles tinham acabado de desembarcar no Chile e tinham ido direto para o tal apartamento recomendado por Carmela, que mentiu. Agora o jeito era se conformar e ir a procura de um hotel para descansar e recomeçar a busca mais tarde porque Felipe, em seu íntimo, dizia a si mesmo que só voltaria ao Brasil com sua princesa em seus braços. Custe o que custar!

Duas horas depois, já instalados em um quarto luxuoso do Hotel escolhido por Henrique, Felipe olhava pela janela, quando, de repente, lá em baixo avistou um mulher, cabelos curtos, um pouco baixinha... Shirlei! Pensou Felipe, atordoado. E saiu correndo, desesperado pelo corredor do hotel até avistar as escadas, por onde desceu, saltando dois degraus de uma vez só, pois nesse caso o elevador poderia demorar demais.

Chegando lá embaixo, abriu a porta de vidro que dava para o lado de fora e em meio a neve que caia timidamente, olhou de um lado para o outro, procurando por ela, ficando angustiado só de imaginar o fato de tê-la perdido por causa do atraso. Entretanto ao olhar bem adiante, dobrando uma das esquinas, lá estava ela, parada, olhando para o nada. Correu o máximo que pôde, desviando de todas as pessoas que encontrava pela frente, inclusive casais que, furiosos, tiveram de soltar as mãos para deixá-lo passar. Até que finalmente conseguiu alcançá-la. Então, dando um sorriso de canto a canto da orelha e arfando de cansaço, puxou seu pulso.

Mas para sua completa decepção, quando a mulher se virou... Não era ela.

Felipe ficou sem graça, sem saber o que dizer, e a mesma tristeza de todos aqueles trinta dias sem sua princesa voltaram com força total ao seu coração.

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