#NOVA VERSÃO DO PILOTO/PRÓLOGO DE PERFECT SOULMATES
p.s.: dedico esse capítulo para a Lukary por ter disponibilizado um pouco do seu tempo em me dar um bom conselho <3
Sugiro que vocês ouçam a música. Além de ser boa pra ca**lho, ela meio que poderia ser a trilha sonora pra esse capítulo. Because of You 💘
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Louis se lembra de tudo, como se tivesse passado apenas algumas horas desde o acontecimento.
Ele já estava aceitando que — apesar de ser uma criança, ele havia sido abençoado com uma inteligência louvável — sua vida seria apenas normal. Sem muitas surpresas, semelhante a de seus colegas de sala e vizinhos. Entretanto, o destino parecia não querer seguir essa linha perfeitamente reta que ele havia traçado em sua mente, e isso ficou bem claro quando ele escutou a palavra "ômega" pela primeira vez.
Ele tinha apenas nove anos e não estava conseguindo compreender o motivo daquela discussão entre seus pais sobre aquela palavra estranha e o que ela significava para o pequeno garoto de olhos azuis brilhantes. Louis apenas escutava xingamentos e podia jurar de pés juntos que sua amada mãe estava chorando, tentando falar com a voz trêmula que ser ômega era completamente normal, mas não parecua surtir algum efeito para Troy, pois ele continuava irredutível em suas convicções.
Troy, o pai de louis, estava mostrando alguns de seus mais abomináveis traços de personalidade. Ele só rebatia os argumentos de sua esposa com gritos raivosos, recheados de uma amargura jamais vista antes pelo seu filho, salientando diversas vezes que não veria um descendente homem crescendo como um ser tão inferior quanto apenas um ômega poderia ser. Ele queria um alfa.
Mas o que seria um alfa? Louis perguntaria para sua mãe mais tarde, quando ela estivesse fazendo algo para ele e suas irmãs comerem.
Não somente esta pergunta, mas ele tinha inúmeras outras pra fazer. Estava muito curioso para entender o que estava acontecendo, mas pelo caminhar da conversa, talvez fosse mais um daqueles dias onde alguma amiga de sua mãe viria para fazer um jantar simples, enquanto Johannah ficasse trancada em seu quarto e seu pai estivesse fora, fazendo alguma coisa importante que apenas pais fazem.
Ele havia feito algo errado? Não se lembrava ter sido birrento ou de não ter feito alguma tarefa de casa. Estava realmente lhe deixar em apuros? Conhecia seu pai e não queria que ele terminasse descontando sua raiva nele.
Ele continuou escutando toda a discussão, sentado no sofá da sala de estar, segurando a vontade de se aproximar sorrateiramente da porta do quarto de seus pais e escutar melhor.
— Vá embora daqui! — ele escutou sua mãe gritar. Logo em seguida, sons pesados de gaveta e portas sendo abertas e fechadas de forma abrupta tomaram conta de toda casa. E por fim, Troy desceu a escada com passos que poderiam furar a terra se fossem um pouco mais fortes, balbuciando palavras desconexas e carregadas de ódio. Seus olhos encontraram os de Louis, que continuava sentado, brincando inocentemente com seu boneco do Pikachu.
Seu pai lhe mostrou um sorriso estranho, que deixou Louis muito desconfortável.
— Você pode até não entender o que está acontecendo, mas isso não te torna menos culpado. Você é inferior, fraco e nunca poderá andar pelas ruas de cabeça erguida, pois carregará o fardo de ser um ômega qualquer. — ele sai pela porta, parando por alguns segundos na varanda. Ele sussurrou em um volume que apenas Louis pudesse escutar, a voz contendo uma mistura cortante de amargura e decisão: — Você nunca será meu filho.
Troy saiu da casa dos Tomlinson's, deixando um garotinho com os olhos cheios de lágrimas densas, assustado com as palavras ditas de maneira tão cruel pelo seu próprio pai.
O que havia acontecido? Estava tendo algum tipo de pesadelo? Seria acordado por sua mãe e ganharia um pouco de carinho em seu cabelo até cair no sono novamente? Por mais que pudesse ser atraente na teoria, nunca aconteceu. Ele nunca acordou, pois infelizmente estava vivendo a realidade.
Naquele dia, a vida do jovem Tomlinson se dividiu entre duas partes, o antes e o depois.
O antes, onde se lembrava de sua família feliz e completa; e o depois com gritos, um divórcio, e uma família quebrada por sua causa.
O antes, onde não tinha consciência do que seriam alfas e ômegas; e o depois, onde todos tem duas vidas completamente estruturadas em classes genéticas que quebravam completamente o sonho inalcançável de liberdade.
E mesmo que ele não soubesse o que tudo aquilo significava, ele já não gostava de ser algo que havia feito seu pai odiá-lo ou que tivesse feito sua mãe chorava toda noite antes de se deitar, durante duas semanas. Ele também odiava que seu destino já estivesse escrito sem ele ao menos ter a chance de saber o que era ter uma vida totalmente normal.
Ele, agora anos mais tarde, continuava odiando ser um ômega.
Procurar a vida toda por um alfa? Ser feliz ao lado de sua alma gêmea? Aquilo era ridículo demais para ele! Louis queria apenas ser... Louis. Sem outros adjetivos ou substantivos, apenas si mesmo.
Louis encostou suas costas na parede de seu quarto, escorregando até se sentar no chão frio. Ele deslizou seu olhar por toda extensão do cômodo, uma dor dilacerante tomando conta de seu peito e, em consequência, lhe fazendo querer chorar. Ele não poderia ter nascido e se tornado apenas a porra de um simples beta? Não tinha capacidade de imaginar como teria sido a reação de seu pai, mas podia ser menos pior, não?
Ele se levantou com dificuldade e ajeitou sua roupa, que estava levemente amassada.
Mais um dia de aula...
Se olhou no espelho do quarto uma última vez e respirou fundo, pegando sua mochila e saindo sem fazer muito barulho.
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Perfect Soulmates (ABO Larry Stylinson)
Fanfiction(SENDO REVISADA E POSTERIORMENTE ATUALIZADA!) Louis Tomlinson. Bonito? Óbvio! Fofo? Com toda certeza! Esquentado? Talvez... Entretanto, acima de tudo, Louis é um ômega. Dentre todas as possibilidades existentes - e não existentes - de ter sua vida...