Ficamos quietos o caminho todo, até o taxista nos deixar em uma esquina, de algum lugar que eu não sei onde é... bom, não conheço esse lugar.
_Você comeu alguma coisa?
Fui interrompida de meus pensamentos pelo Taylor.
_Não... você tá com fome?
_Não. Então...Ele olhava em seu celular
_Sua mãe me mandou o endereço do hospital ontem enquanto você dormia.
Vamos procurar essa rua.Ele me mostrou. "Rua Madeline Puth"
Nunca nem ouvi falar._Nunca ouvi falar.
Taylor disse assim que pensei.
_Você leu meu pensamento. Vamos perguntar para alguém.
Eu disse e logo Taylor estava perto de uma moça
_Com licença, você pode me dizer onde fica a rua "Madeline Puth"
Ele dizia todo educado. A moça explicou para ele, mas eu não ouvi. Estava um pouco distante.
Hoje o dia está tão diferente... durante todo esse mês eu sentia o sol escaldante brilhando, as pessoas conversando, o dia movimentado.
Mas hoje, eu só enxergava um cinza imenso. Tudo estava sem cor, o sol parecia não brilhar tanto, as pessoas pareciam tristes, e as flores murchas. A grama não era tão verde, os pássaros cantavam um canto triste, eu estava sem forças.
Ouvi Taylor dizer alguma coisa, mas não entendi nada, apenas concordei com a cabeça. Ele pegou na minha mão e me puxou, eu andava sem saber pra onde estava indo, meu rosto transbordava o que eu sentia._Sra. Malvill?
Estava sentada numa cadeira azul ao lado de Taylor, com algo colado em minha blusa, uma mulher de branco chamou o meu sobrenome e eu me levantei. Eu estava no hospital?
_Aquela sala, por favor.
Ela me mostrou a sala, e uma outra enfermeira abriu a porta. Entrei e corri, vi meu pai ali acamado, e sentei na cadeira ao lado, me debrucei em seu colo e me coloquei a chorar.
Senti suas mãos passarem sobre meus cabelos_Querida... como senti sua falta
Ele dizia rouco, eu olhei bem em seu rosto e pus minha mão sobre suas bochechas.
_Me desculpe por não ter vindo te visitar, me desculpe por te deixar papai!
_Oh querida não chore. Eu sei que você tem que estudar, não se preocupe. Você me ligava todas as noites. Eu amo você, independentemente se você estava do meu lado fisicamente ou não.Ele sorria forçado, sei que sentia dor. Me levantei e peguei sua comanda para olhar... "Sr. August Milvill: câncer terminal que se espalha pelos órgãos"
Meus olhos se encheram de lágrimas automaticamente. Meu pai estava quieto, sentia pelo seu rosto que sentia dores. Meu pai era tão animado, sempre rindo e falando bastante. Dessa vez estava calado, triste.
Olhava pela janela, carros passavam e havia um cactus pequeno no peitoril da janela, sua flor amarela e murcha. No lado meio copo de leite e alguns biscoitos.Deitei sobre ele e acabei pegando no sono.
_Com licença...
Senti algo me cutucar. Era a enfermeira.
_Você tem de sair agora, vamos levar seu pai para a sala de exames. Você pode vir visita-lo mais tarde, umas 19:00.
_Perdão, que horas são agora?
_São 13:43.Não acredito que dormi tudo isso! Meu pai dormia junto, então não o acordei. Dei um beijo na testa dele e me retirei.
É triste saber que um dia não vou mais ter ele presente aqui... sai da sala e Taylor estava na recepção, corri e abracei ele, bem forte. E deixei as lágrimas correrem._Meu amor... não fica assim.
_Ele tá tão mal Taylor!Eu falava enquanto saíamos do hospital.
_Eu não sei como ele está se sentindo por dentro, mas por fora não é ele. Meu pai era tão sorridente, agora tem que enfrentar dores, a falta de uma família pra estar com ele. Acho que tudo isso corroeu ele aos poucos. Taylor, ele sempre disse que queria estar no meu casamento, queria me ver crescer, queria que quando ele estivesse velhinho, eu chegasse na casa dele com os meus filhos pra alegra-lo cada vez mais! Mas isso não vai acontecer, porque uma porra de uma doença tomou conta dele primeiro. Porque esse mundo é injusto. Porque nada funciona como eu quero?
TAYLOR POV'S
Ela falava cada vez mais, e me deixava cada vez mais triste. Eu não sabia mais como conforta-la, acho que essas dores servem para serem sentidas. Se não sentirmos dor, não teríamos sentimentos.
_A vida nem sempre é do jeito que queremos. Mas você tem que pensar que um dia você vai ver seu pai de novo. E é melhor que ele se vá, do que ele fique sentindo dores. É melhor deixar alguém feliz, do que várias tristes. Seu pai foi uma ótima pessoa, mesmo estando longe sempre cuidou de você. Sempre te ligava, sempre mandava dinheiro, sempre estava presente, mesmo não estando fisicamente. Ele te ama. E sei de uma pessoa que também ama. Meu pai, seu pai, nosso pai. O pai de todos. Ele ama seu pai, e prefere acabar com o sofrimento dele e de vocês.
Andávamos pela rua, eu segurava a mão dela, ela parecia não ter forças. Carter me ligou várias vezes para saber como ela estava, os meninos me ligaram quando souberam do acontecido... Allana me ligou, Cameron me ligou, Jacks me ligaram, Aaron me ligou, Jacob, Shawn me ligou, Matt me ligou, Mahogany me ligou, até o... Nash.
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Everyone needs love || Nash Grier
FanfictionKatherine, ou Kate, vive um desses romances clichês, onde o mocinho mais bonito do colégio não dá a mínima para ela, que é pouco popular. Ou será que não?