Dois - Primeira Confusão

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Acordo com meu celular tocando, quando consigo finalmente olhar o visor, ele pára de tocar. Levanto, tomo uma ducha e vou comer algo. Aparentemente não tem ninguém em casa, chego na cozinha e encontro um bilhete:

Bom dia meninas!
Rebeca e eu fomos ao mercado, sabendo como ela gosta de demorar, comam algo reforçado até podermos chegar com o almoço.

Att. Sebastian

- Minha mãe realmente demora muito no mercado, seu pai sofre! - diz Bárbara chegando na cozinha e me dando um leve susto. - Desculpa, não quis te assustar!
- Tudo bem! Achei que não estivesse em casa. - digo e ela sorri debochadamente. Comemos algo e ficamos assistindo televisão até chegarem do mercado.

- Desculpem a demora meninas, Rebeca como sempre quis comprar o mercado todo e ainda arrumou confusão. - diz meu pai achando graça da situação e indo até a cozinha, Rebeca entra nervosa por ele achar graça daquilo tudo.
- Eu espero que você não tenha esse senso de humor do seu pai, porque se tiver, tenho dó da sua futura namorada! - diz Rebeca se juntando a Bárbara e eu na sala. Conversamos um pouco, rimos bastante e fizemos o almoço. Almoçamos como um família feliz, que parecia estar junto desde sempre.

- O que acha de irmos dar uma volta hoje a noite? - diz Bárbara enquanto lavamos a louça.
- Acho uma ideia legal! Eu preciso mesmo sair um pouco, não dá pra viver presa! - rimos e combinamos detalhes para mais tarde.

Passo a tarde no meu quarto desenhando para passar o tempo, sempre me ajuda a pensar e eu preciso muito. Bárbara entra em meu quarto e simplesmente começa a olhar meus desenhos espalhado pela cama.

- Você desenha muito bem! - diz ela quebrando o silêncio. Continuamos sem um assunto para falar sobre, ela fica me observando enquanto desenho, até que do nada me joga uma almofada. E assim iniciamos uma brincadeira que balançouo quarto todo.

- Espero que estejam com disposição para arrumar, assim como tiveram para bagunçar! - diz Rebeca na porta do quarto com uma cara nada amigável. Imediatamente começamos a arrumar tudo que estava fora do lugar, pois parecia que iríamos apanhar se não o fizesse. Depois disso fomos nos arrumar para irmos a algum lugar que só Barbara sabia, porque eu não me dei o trabalho de perguntar.

Saímos e fomos até uma praça, três amigos de Bárbara estavam por lá nos esperando.

- Noah, esses são meu amigos! - diz Bárbara apontando para as duas meninas e o menino - Laura, Sophia e Caleb! - nos cumprimentamos e seguimos algumas conversas aleatórias. Tudo estava muito interessante até que Jack resolveu se juntar a nós.

- Então, quando vai resolver atender as minhas ligações? - diz Jack gritando com Bárbara.
- Já disse que quando você estiver mais calmo a gente conversa!
- Eu não quero esperar quando você achar melhor, vamos conversar agora! - ele segura firme o braço de Bárbara, ela demonstra dor por ele estar a segurando daquela forma, então alguém tem que fazer algo. Caleb e eu fomos para cima dele tentando fazê-lo soltar ela, mas tudo que eu consegui foi um nariz sangrando e um empurrão.

- Acho melhor você atender minhas ligações! - diz apontando o dedo no rosto de Bárbara - E você, é melhor não se mete mais! - diz gritando comigo. Ele sobe na moto e some rapidamente, e nós vamos o mais rápido possível para casa.

Bárbara ficou em silêncio o caminho todo, com uma cara de quem se culpava por tudo aquilo. Chegando em casa ela me ajuda com o nariz sangrando e se tranca no quarto. Nossos pais tinham saído, então não tivemos perguntas, o que era bom.
Antes de dormir resolvi mandar uma mensagem para ela, ela deveria estar precisando de algo.

- Como você tá?

5 minutos depois

Estou bem, não precisa
se preocupar! -

- Claro que preciso!
Essas coisas não podem
Ficar assim!

Vamos deixar isso pra lá! -
Boa noite! -

- Boa noite!

Deixo o celular de lado e fico pensando o quanto essa situação é séria e o quanto ela deve estar mal com tudo. Minha insônia dá o ar da graça e não consigo dormir. Olho no celular e são três da manhã, toda a agitação da noite foi o bastante para meu cérebro funcionar sem parar e não me deixar dormir. Vou até a cozinha beber água, e vejo Bárbara lá parada olhando o que tinha na geladeira.

- Pelo visto não é só eu que não consigo dormir. - digo e ela sorri de canto, e pega água - esse tempo todo só para pegar água? Nossa hein!
- Eu queria uma pizza, mas minha mãe comeu a que estava aqui! - bebo água junto com ela e amanhecemos na varanda da casa conversando.

Descobri Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora