Quatorze - Ai, meu amor

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Depois de uma noite entre cochilos, onde eu acordei com qualquer barulho, ate mesmo com a respiracao pesada de Bárbara, amanheci acabada. Bárbara por sua vez dormia bem demais. Levanto e vou até a sala, Rebeca e meu pai estavam com olhares preocupados.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto sentando no sofá e olhando atentamente para cada expressão deles.
- Jacke foi visto rondando nossa casa. Jorge - nosso vizinho - viu ele rondando a casa e me ligou.
- Você não foi atrás dele não ne? - questiono ja sabendo a resposta.
- Foi! Porque ele é teimoso. - responde Rebeca furiosa.
- Eu precisava fazer algo, ele está ameaçando você e  a Bárbara. Isso é meu problema também! - balanço a cabeça negativamente e vou até a cozinha, fico por lá por um tempo e depois vou ler um pouco na varanda.

                 ***************

Bárbara:

Depois de muita luta, consigo convencer Noah de que é seguro sair com Laura e Sophia para tomar um café e conversar sobre qualquer coisa, algo que não estávamos fazendo lá em casa.
Sophia passa para me pegar em casa e depois passamos na casa de Laura, de lá vamos para nossa cafeteria favorita. Sentamos na mesa perto da janela, conversamos sobre qualquer coisa, até esqueci que tinha problemas. No fim da tarde, quando resolvemos ir embora Noah decidiu passar para me buscar, já que estava uma chuva intensa.

- Detesto quando você dirige na chuva. - digo ao entrar no carro.
- Oi meu amor, estou bem sim. E você? - digo ironizando - eu não ia deixar você andar nessa chuva né?
- Ai, tá bom! - a gente segue conversando até em casa. A chuva piorou dificultando a visão da pista.
Em um instante algo interrompeu minha conversa com Noah. Tudo estava girando e eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Só senti o impacto do carro com o chão. No meu ouvido sótinha um zumbido, algo que era de enorme incômodo. Ao olhar para Noah, ela estava desacordada e com um machucado enorme na cabeça. Não consigo fazer qualquer coisa que seja sem sentir muita dor. Pessoas começaram a chegar ao redor do carro, muitos falando coisas que não conseguia entender. Só consegui prestar atenção quando falavam que estavam chamando ajuda. Depois disso, só lembro de segurar na mão de Noah e pedir para que tudo ficasse bem.

Uma semana depois...

Abro os olhos e vejo tudo branco. O teto do quarto do hospital fez o do meu quarto parecer bem mais interessante. Minha mãe dormia do lado da minha cama, e acordou quase que simultaneamente comigo, parece até que tinha um sensor de sono.

- Quanto tempo? - me refiro ao período em que estive desacordada.
- Uma semana! - diz minha mãe me abraçando - pensei que teria que esperar mais, não suportaria! - ela diz com lágrimas escorrendo por seu rosto.
- E a Noah? - pergunto um tanto apreensiva.
- Ela está em um estado mais grave.
- Que? Preciso sair daqui agora! - digo tentando levantar, porém, sendo impedida por minha mãe.
- Calma! Você não pode, tem que ficar de repouso. Vou chamar o médico, você fica aqui! - diz minha mãe saindo do quarto. Ao ver ela passar pela porta, arranco tudo que estava em meu braço e saio me arrastando pelos corredores da que hospital que por um momento me pareceu imenso. Em um dos corredores encontrei Sebastian.

- Cadê ela? Cadê a Noah? - pergunto sem uma pausa.
- Calma! Você nem devia ter levantado ne? - pergunta Sebastian me segurando.
- Eu só quero saber dela! - digo já chorando, até que ele me leva rapidamente arruma um modo de me levar até a porta do quarto. Ela estava lá, com o machucado na cabeça e respirando com ajuda de aparelhos. Meu mundo caiu de vez ali, meu amor estava mal, e eu não podia fazer nada. E o pior, ela estava daquele modo por ter ido atrás de mim. Junto com um médico, minha mãe e Sebastian me levam de volta para o quarto. Depois de alguns exames e de tanto chorar, me deram remédios para dormir e assim, logo apaguei.

Descobri Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora