Quinze - E Agora?

277 13 0
                                    

Alguns meses depois...

Noah:

Enfim voltei a andar direito, já não estava mais aguentando ficar entre uma cadeira de rodas e muletas. Bárbara e eu j estávamos pensando seriamente em ter nosso próprio canto, estávamos vendo alguns apartamentos. Ao longo de uma semana achamos o nosso apartamento ideal, meu pai e Rebeca que não acharam boa ideia, porém não existe motivo que nos faça mudar de ideia.
Nos mudamos e ficamos apenas quinze minutos da nossa antiga casa, ainda vamos ter pai e mãe por perto, já que isso foi uma exigência deles.
Eu arrumei um emprego no café que fica no outro lado da rua, assim sempre estou por perto de casa se Bárbara precisar, já que ela tem trabalhado em casa.

- Adoro esse cheiro de café que fica em você! - diz Bárbara ao me ver entrar na sala.
- Ainda bem, porque é só isso que eu tenho cheiro mesmo! - sorrio e a beijo. - passei no mercado e trouxe algumas coisas gostosas, aí a gente come, assiste um filme... - sou interrompida com uma série de beijos. Ela pula em meu colo e eu simplesmente não me forco a resistir ao momento. A levo para o quarto e a deito na cama. Nossos beijos ficam mais intensos e parte de nossas roupas são tiradas, porém, alguém não estava afim de que a gente tivesse um momento de amor. A campainha toca duas vezes nos fazendo parar.

- Ai, quem será? - resmungo enquanto caminho até a porta tentando vestir a camisa de volta. - Ah, pai... é você! - digo e em minha feição provavelmente era notável a minha frustração, pois ele iria demorar para ir embora.
- Não está feliz em me ver? Atrapalho?
- Claro que não! Entra, pode ficar à vontade. - Diz Bárbara no momento em que eu pensava em abrir a boca para despacha-lo.
- É, claro! - digo fechando a porta e me perguntando o porquê dela ser tão legal sempre. - Cadê Rebeca? - questiono achando estranho ele estar sozinho, algo que não se vê sempre.
- Então, ela não veio porque não sabe que estou aqui. - olho intrigada com isso, não me faz muito sentido. - eu quero a ajuda de vocês para fazer uma festa surpresa. Daqui a duas semanas é aniversário dela e quero fazer algo especial.
- Ah que lindo... quem diria, meu pai sendo romântico! - sorrio e Bárbara me joga uma almofada por ser tão indelicada. - Que foi? - pergunto e recebo uma careta como resposta. Dou os ombros e fico escutando as ideias mirabolantes que meu pai conseguiu ter sozinho. No final, acabamos apenas decidindo um almoço na casa das avós de Bárbara com toda a família reunida, incluindo os irmão que Rebeca não via a um tempo. Bárbara ficou encarregada de comunicar a todos da família e amigos, enquanto todo o restante ficou comigo e meu pai.
No decorrer das duas semanas conseguimos organizar tudo, foi bem corrido, mas conseguimos. Eu ainda não sei como conseguimos, meu pai e eu somos mais enrolados do que linha de pipa na mão de quem não sabe soltar. A desculpa para tirar Rebeca de casa foi que a mãe dela queria muito vê-la, logo ela não teria como recusar.
Meu pai, Rebeca e Bárbara foram primeiro, pois eu ainda tinha que cumprir horário no trabalho. Ao dar minha hora, fui até o apartamento, tomei banho e saí em direção ao carro. Tudo me parecia tranquilo, bem calmo, até que uma pancada na cabeça me fez pensar que estava enganada e que estava tudo muito errado. Só me senti ser carregada e jogada em um porta-malas de um carro, que até o momento me era um carro qualquer. Tudo que eu pensava era um jeito de sair dali, tudo que eu mais precisava era sair e descobri o porquê e quem estava por trás disso. O carro andou por alguns longos minutos em uma estrada esburacada, que fazia o carro se balançar todo. Isso fez com que meu celular deslizasse do meu bolso. Ainda com fortes dores e sem saber o que dizer, mandei apenas minha localização e um "SOS" para Bárbara, ela saberia melhor do que eu o que fazer. Não demorou muito a resposta dela aflita chegou e eu, fiquei sem sinal. Deixei o celular ligado buscando rede, para que quando o carro saísse dali novamente, ao menos rastreassem o celular até o carro. Como pensei nisso tudo? Assista Criminal Minds, ou Pretty Little Liars assim como eu assisto, saberão exatamente o que fazer com o celular.
Ao sentir o carro parar, me sinto ainda mais nervosa, não sei como reagir. Apenas espero que abram o porta-malas, assim que a mesma é aberta sem pensar duas vezes golpeio o homem com um chute. Arrumo forças e tento correr, porém sou alcançado por ele logo mais à frente. O homem me leva até uma fábrica, fria, abandonada e um tanto suja. Parece que ali era o atual esconderijo dele. É, dessa vez Jake me pegou!

Bárbara:

Quando saí de casa, deixei um recado para Noah, que me avisasse quando estivesse indo de encontro conosco, assim ficaria menos aflita (ou não). Ao dar o horário que ela geralmente larga do café mandei mensagem e logo obtive resposta. Depois disso, ela avisou que estava saindo, de lá para cá não leva muito tempo se considerarmos a velocidade em que ela dirige. Um instante depois de sua última mensagem senti o peito apertar. Uma sensação tal ruim, que não a desejo para ninguém.

- O que houve? - pergunta Sebastian me segurando pelo braço e me colocando sentada em uma cadeira - está pálida, aconteceu algo com a Noah?
- Não sei! Apenas estou sentindo algo ruim, não deve ser nada. - tentei me pegar nesse pensamento, torcia para que não tivesse acontecido nada com ela, se eu a perder, não sei como vou fazer. Algum tempo depois de todos já estarem preocupados e eu quase morta de tanta aflição, me chega uma mensagem dela. Era uma localização e um "SOS". Pronto, ali já decretei meu estado de desespero. Corri até Sebastian e o mostrei a mensagem. Ele por sua vez, acionou a Polícia por meio de seu amigo policial e por instinto juntou mais quatro rapazes e foi até onde a localização enviada dava.
Eu já não meu aguentava de tanta angústia, por um momento insano peguei a primeira chave de carro que vi e fui correndo até ele. Minha mãe e avô foram loucos atrás de mim.

- Bárbara, espera! - gritou minha mãe.  Eu entrei no carro e dei partida sem olhar para trás.

Chegando lá, encontrei com Sebastian, Vítor, Gabriel, Ryan e Yure, logo em seguida a polícia chegou. Sebastian não se demonstrou contente comigo ali, mas o local o deixava ainda mais descontente. Era nada mais, nada menos do que uma estrada de barro e mato. Só isso! Tudo que eu conseguia pensar era: "E agora?"

Descobri Que Te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora