Capítulo 25

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Lucas estacionou o carro na garagem do prédio e respirou aliviado. Depois de enfrentar um trânsito horrível, finalmente havia chegado em casa! Tivera um dia difícil no trabalho: depois de uma manhã cheia de audiências, ele voltou para o escritório e atendeu dois clientes, com casos complicados e personalidades difíceis, e isso consumira a pouca energia que lhe restava.

E como se não bastasse tudo isso, ele ainda se preocupava com Isabel. Passara o dia inteiro se perguntando como ela estava, se tinha se alimentado, se tinha encontrado ânimo para fazer alguma coisa, a conversa que tivera com sua mãe ainda ecoava em seus pensamentos.

Depois que Isabel foi dormir, Elisa tinha lhe perguntado como ela estava e reforçado que a ex-nora precisava de ajuda profissional. Sua mãe também disse que ele não podia cuidar dela sozinho e, quando estava se preparando para rebater o argumento dela, Elisa se ofereceu para ajudá-lo. Aquilo o pegou de surpresa, não estava esperando o apoio dela. Na verdade, quando chegou em casa e viu que a mãe estava lá, se preparou para uma enxurrada de perguntas e alegações de que ele não estava em condições de ajudar a ex-esposa e por isso seria melhor que ela não ficasse ali, mas sua mãe o surpreendera. Ela, além de não questionar nada, ainda se colocou a sua disposição, mostrando-se verdadeiramente preocupada com o bem-estar de Isabel.

E ele quase recorrera a Elisa hoje. Pensara em ligar para a mãe e pedir para ela passar em seu apartamento para checar como Isabel estava, já que ela não atendia suas ligações de jeito nenhum, mas desistira da ideia. A ex-mulher ficaria furiosa se imaginasse que pedira à mãe para vigiá-la e precisava que Isabel estivesse de bom-humor porque, hoje à noite, eles conversariam de novo sobre ela se consultar com um especialista e, desta vez, não aceitaria uma negativa dela!

Abriu a porta e Pipoca veio saudá-lo, alegre. Aquele cachorro era mesmo adorável, pensou, enquanto brincava com ele.

- Onde está sua dona, rapaz? – perguntou, vendo que Isabel não estava na sala. Será que ela não tinha nem se levantado?, perguntou-se, preocupado. Se fosse isto, então a ex-mulher estava pior do que imaginara!

Foi até o quarto e estava vazio, olhou no banheiro também, mas ela não estava ali. Procurou no apartamento todo e não havia um único sinal de Isabel e muito menos alguma informação do paradeiro dela.

Ligou para o celular dela outra vez, mas estava desligado. Para onde Isabel teria ido? Será que ela fora ver Carolina? Duvidava muito disso, mas era uma possibilidade. Na verdade, seu instinto dizia que ela tinha saído atrás de bebida, mas não queria acreditar nessa hipótese. Se admitisse essa possibilidade, sua mente correria solta, pensando em todas as situações perigosas em que ela poderia se colocar e não estava preparado para isso. Ainda não tinha se recuperado do choque que foi quase tê-la perdido!

Procurando não sucumbir ao pessimismo, ligou para ex-cunhada, mas ela também não atendeu. Tentou o celular de Isabel novamente, mas continuava desligado, e o de Carolina só fazia chamar. O que aquela família tinha contra atender o telefone?, pensou frustrado.

Não havia muito o que fazer. Não tinha a mínima ideia de onde a ex-esposa poderia estar e nenhuma noção de onde começar a procurá-la. Sem outra opção, resolveu dar um tempo para ver se ela voltava e, caso Isabel não aparecesse, – não queria nem pensar nesta possibilidade! – iria até a casa de Carolina, torcendo para que ela soubesse aonde a irmã poderia estar! 

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