Capítulo 15 - Eles Sabem

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	Eu estava otimista

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Eu estava otimista. Não era a melhor pessoa do mundo nesse sentido e me mantinha cuidadosamente otimista, mas precisava admitir que tinha boas razões para comemorar. Ou pelo menos para seguir os planos com os pretendentes.

Depois de meu encontro com Miguel no domingo, nenhum dos próximos foi realmente ruim. Géraud e eu terminamos o de terça-feira assistindo uma série diferente, uma das minhas grandes favoritas, sobre a vida de Henrique oitavo da Inglaterra. Nós só saímos mesmo da sala de cinema quando já passava das dez horas da noite e a própria Clarissa, que vinha se empenhando em se esconder, fez questão de ir me chamar.

Ele se provou, como eu suspeitava, adorável em todos os sentidos. Muito mais inteligente do que admitiria, um pouco romântico em alguns aspectos, mais realista em outros, e totalmente focado na arte em tudo que via. A sua favorita, como tinha me confessado, era a música. Fiz com que me prometesse que mostraria alguma canção que já tivesse escrito, apesar de achar um pouco constrangedor assistir alguém tocar sozinho uma música, mas ele aceitou. Me disse que precisaria me conhecer melhor antes, mas mesmo assim.

No dia seguinte de um encontro perfeito, nós combinamos de passar a próxima tarde andando pelo jardim e, por dica de Clare, acabamos colhendo juntos morangos dos arbustos mais distantes do castelo. Até mesmo a parte que mais me incomoda, ser observada constantemente, foi aceitável.

No dia de ontem, também andei pelos corredores com Alaric de manhã, contando o pouco que eu sabia sobre os quadros e a história da construção. Ele não mencionou nada sobre os outros pretendentes, e fiquei bastante satisfeita por isso. Eu estava otimista, porque, ainda que todo o resto desse errado, sentia uma certa segurança com ele e Géraud que me dizia que, se eu continuasse naquele caminho, chegaria aonde queria. Talvez este mês da Fênix não fosse tão terrível assim.

Já era quinta-feira, quase uma semana inteira tinha se passado desde que os primeiros convidados tinham chegado. Minha zona de conforto me falava para focar nos dois pretendentes de quem já estava próxima, mas sabia que precisava ir atrás dos outros. Como eu mesma tinha falado para Alaric, precisava de opções. Aquela era a maior decisão da minha vida, teria que tomá-la com cuidado.

Era por isso que descia as escadas laterais com tanta determinação naquela tarde. Depois de passar uma manhã conversando com outros convidados, principalmente os familiares de alguns dos pretendentes, sabia que precisava de outro encontro espontâneo, e, segundo Maggie, Niels estava na biblioteca.

Já tinha meu plano. Eu casualmente esbarraria nele, questionaria sobre o que estava lendo, sobre seus interesses além do exército, sobre como era pilotar um avião. Apesar da imagem bastante rígida que eu tinha tido dele ao conhecê-lo quando chegou ao castelo, achava-o também muito interessante. Já podia imaginar que tipo de conversa teríamos, como ele provavelmente seria o melhor a entender um pouco do título e do cargo que teria se eu o escolhesse. Não devia ser das pessoas mais fáceis de começar a conversar, mas apostaria que era um dos melhores a continuar na conversa.

A Herdeira do TronoOnde histórias criam vida. Descubra agora