Muitos passos apressados e pessoas com papéis em suas mãos, todas ocupadas e com muita pressa, entre eles estava Stark e Thomas sem entender o que havia acontecido, apenas pasmados e parados olhando toda aquela confusão que habitou no local, querendo entender o motivo raiz de tudo.
ㅡ Thomas, por favor me ajuda a entender um pouco disso tudo - Ele circulava a mão apontado para os funcionários.
Um alto homem chega na frente deles, fazendo-os ficar formalmente retos e mostrando todo respeito possível ao senhor que apenas falou para eles ficarem confortáveis. Esse senhor era o dono da grande empresa, e também pai de Stark.
ㅡ Não são boas notícias que trago - O senhor de cabelos grisalhos estende os papéis e Thomas os pega e folheia, eram fotos de câmeras de seguranças de um local - A Wendy foi sequestrada noite passada, as câmeras não registraram o rosto do suspeito, apenas sabemos que ele tem provavelmente 1,80 de altura e cabelos castanhos.
A mente de Stark entrou em colapso ao ouvir que sua amiga foi sequestrada, não conseguia ouvir nada em sua volta e tudo parecia que estava sendo um brincadeira de mal gosto, era tudo que ele desejava ser. Sem perceber saiu do local, Thomas apenas o seguir preocupado.
Colocando sua mente em ordem ele foi parando e puxando o ar com força, as lágrimas nos seus olhos mostrava o quanto ele estava com raiva e cansado daquela situação. Thomas abraçou o amigo, para transmitir alguma força e ajuda naquele momento difícil.
ㅡ Nós vamos encontrar ela, mas se acalme primeiro - Thomas segurou o amigo pelos ombros que deu um sorriso fraco - Tente chamar sua amiga, Kim, correto? Ela pode ajudar, eu acho.
ㅡ Vou ligar para ela, espero que ela esteja disponível, mas por ser a Wendy ela virá. - Disse Stark secando as lágrimas e procurando o celular em seus bolsos com as mãos trêmulas.
Kim estava em casa, em seu confortável sofá. Ela estava totalmente afundada nos programas que passavam na televisão, eram completamente chatos e repetitivos. Sempre estava passando desenho, jornal ou esportes, coisas que Kim não se interessava nem um pouco, mas para passar o tempo era o melhor.
Com a casa completamente vazia surge uma brilhante ideia, o que a faz levantar muito rápido quase caindo do sofá, pegando seu celular da escrivaninha e colocando as músicas no aleatório. Sem pensar muito começou a dançar sem parar e cantar, era divertido estar sozinha em casa, parecia como um show em sua mente fascinante. Quando estava chegando no refrão ela é interrompida pelo som de telefonema.
ㅡ Alô?
ㅡ Alô, Kim? Aqui é o Stark. - Kim pode ouvir mais alguém no fundo, o apressando - Vou direto ao assunto, não se exalte quando eu disser, mas a Wendy foi sequestrada, não sabemos quem foi ou onde ela está no momento. Preciso da sua ajuda.
Kim paralisou, não saia voz mesmo ela querendo falar algo, reagir. Ela pode ouvir Stark perguntando se ela estava lá ainda, falando vários "alôs"
ㅡ Eu estou aqui sim. - Finalmente reagiu - O que quer que eu faça?
ㅡ Você está sozinha no momento ou tem mais alguém com você?
ㅡ Meus pais viajaram a negócio, estou sozinha.
ㅡ Ótimo, me passe seu endereço.
Kim falou, tentando se acalmar, o endereço da casa. Em sua mente era uma confusão quando desligou, ela queria chorar mas nem mesmo as lágrimas desciam. Wendy sequestrada era algo inimaginável, tudo que ela queria que fosse uma brincadeira de mal gosto.
Não demorou muito tempo para a casa dela fosse invadida pelos dois detetives, com computadores e papéis, muitos papéis. Thomas logo foi conectando o notebook em uma tomada mais próxima, sem se importar que não era a casa dele, Stark foi colocando os papéis na mesa de centro da sala.
ㅡ Não temos muito tempo, desculpe - Stark diz sem tirar os olhos dos papéis, com ele havia um celular antigo. - Me responda uma coisa, seu pai conhecia o pai da Wendy, qual era a relação dos dois?
ㅡ Se não me engano, eram negócios. O pai da Wendy comandava uma loja pelo nome da empresa do meu pai. - Mesmo sem entender Kim responde, um pouco confusa com a situação.
Wendy gritava por socorro em sua mente. Quando a garota acordou já estava naquele lugar apertado e escuro, amarrada fortemente os pulsos e pés. Era claustrofóbico aquele local, sujo e com um cheiro nada agradável.
A corda que amarrava seus pés a machucava, quanto mais a garota tenta se soltar mais a machuca. O pedaço de pano amarrado em sua boca a impedia de gritar por ajuda.
Um alto homem com máscara entra no lugar, trazia um prato, infelizmente não era nada comestível. Em dentro do prato objetos de tortura, como por exemplo alicate, martelo e prego, lâminas. Ele joga na cômoda quebrada fazendo um barulho incômodo de madeira quebrada.
ㅡ Não precisa esconder o seu rosto. - Uma voz feminina surge atrás do homem, no meio das sombras Wendy pode ver um sorriso maquiavélico - Ela não vai se lembrar de você quando você terminar, não é querida?
O homem tira a máscara. Wendy o conhecia, sentia que o conhecia mas não lembrava de quem era àqueles cabelos castanhos quase preto, olhos em formato mais redondo possível, queixo pontuado. Mesmo se fizesse uma lista mental de seu rosto, era impossível. O homem pega uma das lâminas, enferrujada na maioria das partes.ㅡ Vamos conversar primeiro, se não surgir resultado para mim vou ser obrigado a usar isso aqui - Ele levanta a lâmina para mostrar que ele não estava brincando - E claro, as outras amiguinhas disso aqui.
A mulher entra na sala, um pouco com nojo, e tira o pedaço de pano que amarrava a boca de Wendy deixando-a livre para gritar, mas a garota não conseguia a voz não saia.
ㅡ Primeira pergunta, quem é o detetive do caso do seu pai? - O homem pergunta e não houve resposta - Acho que ela está pensando que estou brincando, então terei que mostrar que não brinco em serviço.
Ele começa encostar a lâmina lentamente na pele de Wendy, fazendo traços intermináveis. O sangue a escorrer eram como as lágrimas de agonia e dor que escorriam por seu rosto. Apenas os gritos e choro ficam no ar.
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Sorry, I forgot
RandomEu vivo em um mar de pessoas, onde constantemente sou puxada para o fundo e lá fico. Nesse fundo do mar tudo que vejo é escuridão, não consigo me lembrar de nada.