Quatro

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**Capítulo quatro;

"Ótimo ver você saudável, Louis. Eu preciso que você me diga mais sobre a sua condição." Dra. Cox—ou Anne—diz. É a primeira consulta de Louis com ela e Dr. Archambault acabou de deixar o país.

"Eu pensei—eu pensei que o Dr. Archambault lhe disse sobre isso." Louis diz.

"Bem, ele disse, mas eu quero o seu lado da história."

"Uhm, okay. Então, eu não posso sentir dor—bem, você já sabe disso. Hum, então eu não... Eu não sei quando eu me machuco, é por isso que eu venho todos os dias—você sabe, para verificar. Para ver se estou ferido.

"Não, eu sei disso tudo, Louis. Quero dizer, o que você sente, emocionalmente, por ter isso? Quais são suas lutas internas?"

"Creio que isso aqui é um exame médico, e não uma sessão de terapia. Obrigado." Louis responde, sem rodeios.

"Oh" Anne diz, derrotada. "Eu acho que vou começar a trabalhar, então."

Dra. Cox sente algo errado, verifica suas estatísticas, e faz várias perguntas sobre o que ele tinha feito até agora, hoje.

Acontece que, tudo que ele tem, é um corte de papel em seu polegar. (Do livro "Quem é você Alaska?", se você estiver se perguntando) (O corte de papel não é a pior dor que Louis sentiu do livro, no entanto.) Ah, e o hematoma no quadril desapareceu em uma cor amarelo pálido, mostrando uma cura. Dra. Cox—sério, Louis não sabe se deveria chama-la de 'Anne' ou 'Dra. Cox'—diz que deve ter ido dentro de dois dias.

Quando Louis sai do quarto, ele tem seu exame, no final entra no saguão, Harry está ao seu lado. Tem sido assim nos últimos dias. Harry não sabia como deixar Louis sozinho.

"Então, como foi?" Harry pergunta.

"Você soa como a minha mãe." Louis bufa.

"Eu gosto bastante da sua mãe."

"Imaginei." Louis brinca, cutucando o braço de Harry.

Eles saem pela porta da clínica, e iniciam seu caminho pela rua, voltando para a casa de Harry. Depois de um minuto de caminhada juntos, curtindo o clima agradável, Harry fala.

"Então, quando você vai me dizer por que você tem que ir ao médico todos os dias?" Ele pergunta, sem olhar para Louis.

"Eu não vou. Por que não pergunta a sua mãe?"

"Minha mãe não tem permissão para me contar sobre seus pacientes, você sabe." Harry responde incisivamente.

Eles caminham em silêncio um pouco mais, enquanto Louis pensa o que dizer em resposta.

"Por que você se importa tanto, de qualquer maneira?" Louis finalmente pergunta, enquanto se aproximam da casa de Harry.

"Eu quero fazer isso para que você não se sinta inseguro sobre isso, então você não sente que não pode dizer á alguém o que é."

Louis não responde.

Quando eles finalmente entram na casa de Harry, Louis vai direto para a cozinha. Desde que Anne e Harry se mudaram semana passada, Anne tinha comprado toneladas de comida. E, a melhor parte é, ela não se importa se Louis come alguma coisa. A mãe de Louis, normalmente não compra boa comida, apenas coisas como barras de granola e lanches de frutas.

Então, Louis pega um saco de Doritos e se dirige para a sala de estar, onde encontra Harry sentado no sofá com a cabeça inclinada para o lado, como se estivesse tentando olhar para Louis de cabeça pra baixo—e ele estava.

"Hey, Lou." Ele cumprimenta. Louis sorri para ele. (Bem, talvez para o quão bobo ele parece sentado assim.)

"Oi." Louis se senta ao lado de Harry.

"Tenho algo que podemos fazer."

"E o que é?"

"Pintar meu quarto." Harry diz com um brilho malicioso em seus olhos. "Eu tenho a tinta. Oh, eu sei que não vai querer estragar suas roupas, você pode vestir as minhas."

Louis não discute, ele sabe que Harry é muito bom para deixá-lo recusar a oferta.

Eles vão lá pra cima, onde, como prometido, há latas de tinta e pincéis no chão. Harry deixa Louis sozinho por um momento antes de voltar com roupas que Louis possa vestir. Louis se troca enquanto Harry cobre seus olhos totalmente para não espiar.

"Isso é muito grande para mim." Louis faz careta para como a camisa de manga longa passa de suas mãos.

Ele tenta enrolá-las, mas elas deslizam de volta para baixo. Harry apenas sorri; ele gosta bastante de Louis vestindo suas roupas. (E, possivelmente, os sweaters  são sua maior fraqueza.

"Okay, então, eu estava pensando que você pode começar com aquela parede, e eu com essa." Harry diz, de costas para Louis.

E ele se vira para dar a Louis seu rolo de pintura e Louis borra a tinta de seu dedo no nariz de Harry. Então, ele começa a rir. Harry realmente gosta da risada de Louis, soa como ele acha que as bolhas soariam se elas pudessem rir. Ele supõe que a palavra "borbulhante" seria usada para isso.

Em resposta, Harry corre para a lata de tinta e pressiona a palma da mão na tinta. "Isso não é frio?" Harry pergunta, enquanto pressiona a palma da mão no rosto de Louis.

"Uh, oh, sim." Louis diz, como se não soubesse se deveria estar frio ou não. Harry inclina a cabeça ligeiramente para a esquerda e levanta uma sobrancelha. Quando Louis não diz mais nada, Harry sacode a cabeça e se vira para a parede branca que logo ficará verde. Verde prado, pra ser exato.

Eles pintam por alguns minutos antes de Louis começar a ficar cansado, então ele vai para trás de um Harry desavisado e faz cócegas em sua barriga. Harry deixa seu rolo de pintura cair no chão e ofega.

"Louis!" Ele ri e pega o rolo do chão. "Você me fez pintar o chão!"

"Isso não é nada que isso não possa resolver." Louis diz antes de limpar a tinta do chão com a mão e passar na testa de Harry.

"Isso vai levar um longo tempo." Harry sorri enquanto mergulha as mãos na tinta e joga pequenas gotas verdes em Louis.

Painless L.S (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora