Nove

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*Capítulo nove;

"Ás vezes eu minto, okay? Você deveria se lembrar, eu já verifiquei a sua pressão sanguínea." Dra. Cox diz quando Louis entra no quarto e se senta.

"Uh, não. Eu realmente não presto atenção durante essas coisas do check-up." Louis admite. "Mas, então, por que eu ainda estou aqui?"

"Bem, eu fui lá fora para te dizer que eu mesma posso contatar a sua mãe, mas quando eu vi Harry te arrastando para o banheiro, eu tive que investigar." Anne responde. "Ele ainda está machucando você?"

"Não, eu juro por Deus, ele só queria me surpreender, porque eu não o vejo há uma semana."

"Você não tem que acobertá-lo. Eu quero saber se ele tem um problema."

"Não! Sério, ele não tem. Ele só estava animado para me ver." Louis insiste. "Na verdade eu que o machuquei; eu o deixei com o nariz sangrando." Louis tenta tirar os holofotes de Harry e colocá-los para si mesmo.

"Eu teria feito também, se ele estivesse me machucando assim."

Isso não funcionou.

"Okay, bem, eu posso ir? Honestamente, eu prefiro passar o menor tempo possível aqui." Louis diz, sem rodeios.

"Você é meio atrevido, você sabe." Anne movimenta seu pulso, o que significa que Louis pode ir. Já estava na hora.

Louis sai pela porta, sendo cauteloso dessa vez, para ter certeza de que ele não vai ser arrastado para o banheiro, nem visto pela sua médica. Harry estava longe de ser visto, no entanto, então Louis apenas começa sua caminhada para casa. Enquanto caminha, ele pensa em como Anne o chamou de 'atrevido'. A última vez que ele se lembra de ser chamado assim foi quando ele tinha cinco anos e ele comeu todos os marshmallows que sua mãe tinha  estocado no armário. Atrevido não era uma palavra que Louis já tinha realmente associado á si mesmo. Direto, talvez. Irritante, provavelmente. Atrevido? Ele não tem tanta certeza.

(Okay, talvez ele seja atrevido, mas ele não quer admitir. Isso faz parecer que ele tem menos de dezenove anos de idade e um pouco mais de cinco.)

Quando Louis finalmente chega em casa, ele verifica a caixa de correio. Normal, há contas e cartas fraudulentas, mas Louis fica surpreso ao ver uma carta endereçada a ele. Tipo, quem vai escrever uma carta para Louis? Não há ninguém que ele possa pensar, porque quase todo mundo que ele conhece possui um celular e tem seu número.

Mas, mesmo assim, tem essa carta em suas mãos; é para ele, e de qualquer jeito ele vai ler, então vamos ao que interessa.

Com certeza, é do idiota há um quilômetro de distância. (Harry; e Louis não acha realmente que ele é um idiota.)

Louis rasga o envelope, quem ele está enganando? ele é péssimo nisso. Alguém pode realmente abri-los corretamente?

De qualquer forma, Louis lê a carta, e é basicamente uma tonelada de coisas que Harry já tinha dito á Louis no telefone. (Ex. Como ele conseguiu um noventa em seu teste de matemática.) Louis não pode deixar de se perguntar quem diabos além de Harry iria escrever uma carta a mão e entregar na casa de Louis, só para dizer que foi bem em um teste? Okay, havia mais coisas do que apenas sobre o teste, mas dá pra ter uma ideia.

Louis apenas sorri para si mesmo e guarda a carta em seu bolso, continuando seu caminho até a porta. Quando ele está dentro, ele manda uma mensagem para sua mãe para ir se encontrar com a Dra. Cox depois que ela sair do trabalho. Ela responde que a Dra. Cox já tinha dito a ela que elas precisavam conversar. Oh.

Louis segue para a sala e liga a televisão, distraidamente se perguntando o que Harry está fazendo. Então, ele envia uma mensagem para Liam, que diz que eles deveriam se encontrar em breve. Liam convida Louis, então depois de dizer para sua mãe que ele estava saindo, Louis está a caminho.

O que Harry está fazendo enquanto Louis está com Liam, é se encontrando com Ashton—que insistiu que Harry tinha que conhecer seus oito trilhões de outros amigos. Tipo, realmente, Ashton é super popular e Harry não ficaria surpreso se ele fosse amigo de todos na terra e fora dela—se houver alguém lá.

Além disso, Ashton não disse á Harry quantas pessoas ele tem que conhecer, então Harry só espera o pior; o pior é muitas pessoas para contar. Harry fica surpreso quando ele chega á casa de Ashton e há apenas quatro meninos em seu sofá, jogando FIFA.

"Okay, esses são Luke, Calum, Michael e Niall." Ashton apresenta, mas Harry não consegue quebra o contato visual com o loiro. "Niall?" Harry chia.

Niall não pode quebrar o contato visual também, porque, puta merda, esse é o seu ex-namorado, de pé em sua frente. O namorado que ele terminou para sair com Josh; o namorado que ele nunca terminou adequadamente—foi por mensagem de texto; o namorado que Niall ainda acha que é fodidamente gostoso. Mas, não, ele não pode estar aqui, em Doncaster.

Enquanto eles olham um para o outro, os outros três garotos apenas olham ao redor desajeitadamente, se perguntando o que está acontecendo.

"Caras, vocês estão bem?" O sotaque australiano de Ashton soa através da sala e Harry pisca uma vez antes de olhar para Ash.

"Uh, sim, mas eu não acho que posso ficar aqui. Eu só, vou para casa, eu acho." Harry murmura, mas Niall agarra seu pulso antes que ele possa se mover.

"Não, fique." Niall exige.

Dói em Harry até mesmo olhar naqueles olhos azuis, então ele não olha. Ele muda seu olhar para a televisão.

"Niall." Harry adverte, balançando o pulso livre. "Eu não quero falar com você." Ou ver você, ou ouvir você, ou até mesmo pensar em você, Harry pensa.

"Uhm, certo, só—Eu sinto muito, okay?" Niall diz desesperadamente, mas Harry balança a cabeça, andando de volta para a porta e deixando Niall para explicar o dilema para seus agora—amigos curiosos.

Painless L.S (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora