HeartBroken

#18 - Disfarces (parte final)

[Max na capa]

Graças aos destroços da casa, nossos protagonistas conseguiram fugir da polícia e dos terroristas mas agora eles precisavam urgentemente de um plano, como escapar de volta para sua casa quando está sendo seguidos por uma enorme multidão louca, eles oficialmente nem eram os vilões e muito menos os heróis. Afinal, naquele lugar, quem eram os heróis? O governo era corrupto; A polícia seguia cegamente o governo; Os mercenário​s só causavam caos; Os caçadores de recompensas só queriam dinheiro; Ninguém lutava pela paz ou pelos inocentes. Enfim, não adianta​ perder tempo falando disso, você deve querer ouvir o resto da história, certo?

Nossos protagonistas se esconderam em um beco qualquer, Hirry chutava a parede, Max checava os bolsos da roupa de guarda e Lion dava gritos internos, desesperado para tirar aquela fantasia de garota maldita. A pequena olhou para os rapazes tentando pensar em um plano mas nada vinha em sua cabeça, pela primeira vez na vida, ela não sabia o que fazer. (ALERTA DE SPOILER: essa não vai ser uma última vez) Por sorte, Max sabia exatamente o que eles iriam fazer para se livrar dessa confusão que se meteram.

Ele guiou os amigos para a parte de trás do restaurante onde eles tinham se encontrado com os terroristas, na mesma fenda onde estavam escondidas as armas, tinha uma chave, Max pegou a chave e começou a procurar algum tipo de passagem ou algo assim, não foi tão fácil como achar as armas que Lion ainda carregava consigo. (N/A: agora você fica imaginando: um homem, vestido de mulher, carregando mais de trinta armas de fogo...) Depois de passaram bastante tempo procurando, a sirene da polícia pode ser ouvida um pouco longe de onde eles estavam, logo os terroristas voltariam para lá, Hirry chutou uma parede tão irritada que seu pé estava coberto pela névoa de Sean, o chute foi tão forte que quebrou a parede revelando a porta que eles tanto procuravam. Max usou a chave para abrir a porta mas não funcionou, ele tentou girar para o outro lado, mas ainda assim foi inútil, os olhos de Hirry ficaram completamente pretos, ela deu um outro chute que derrubou a porta fazendo um forte barulho, os três correram para dentro.

O local era imundo e estranhamente silencioso, as paredes eram escuras e o chão de madeira oca, era fácil imaginar ele quebrando, não tinham móveis ou pessoas, eram apenas vários corredores que davam para mais corredores que levavam eles de volta para a entrada, eles estavam perdidos, na verdade, eles podiam achar a porta novamente, mas lá fora estava pior que ali dentro. O grupo concordou em continuar procurando algo, eles não estavam falando muito, estavam se comunicando apenas por sinais, acenos com a cabeça e apontar para direções ou coisas, às vezes alguém suspirava aflito e Hirry murmurava coisas confusas que apenas Sean conseguia escutar, ele estavam assim por conta do medo, se fossem pegos, não iria ter julgamento, fugiram da polícia e roubaram armas ilegais de terroristas, eles provavelmente iriam ser enforcados como os piratas de antigamente. Lion deixou uma das pistolas cair bem nos pés de Hirry, a menina encarou a arma até se lembrar que sua faca estava na bota que ela jogou junto com as roupas de cozinheira, isso fez a menina se sentar no chão, esconder a cabeça nos joelhos e chorar desesperadamente, ela não aguentava mais aquela história, só queria deitar em sua cama e dizer que era livre, assim como qualquer mercenário sonha em ser.

- ACHEI UMA PASSAGEM! - um grito assustou o trio, Hirry secou as lágrimas e se levantou

- o que faremos? - Max esfregou o rosto secando o suor - são eles!

- .... - A pequena continuava​ calada

Lion largou as armas no chão e foi andando para uma direção aleatória - volto já

- perfeito! Ele foi embora! - Max hiperventilava desesperado

- .... - Hirry pegou a pistola que estava no chão e atirou ela na pilha de armas - vem comigo!