Capítulo 22

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Anahí

Depois que Angelique foi embora fiquei o restante da tarde, trancada em casa, pensando nos conselhos da minha amiga.

Quando a campainha toca me despertando, me levanto sem fazer ideia de quem pode ser naquele horário.

- Ethan? - pergunto surpresa ao abrir a porta e dar de cara com ele.

- Oi Any, será que rola de você ir ao estúdio comigo?

Percebo que ele está sério e inquieto, pois fica passando a mão pelos cabelos e mexendo no piercing.

- Aconteceu alguma coisa?

- Eu queria escrever uma música pra Lila e queria sua ajuda. - ele força um sorriso.

- Tudo bem, eu te ajudo. - assenti.

Ethan suspira aliviado e saímos do apartamento. No caminho pro estúdio percebo que ele está sério e mal conversamos. Quando chegamos vejo que não tem ninguém lá.

- Any, preciso te dizer uma coisa. - ele se vira pra mim e mexe no piercing compulsivamente.

- O que foi Ethan? Você ta me assustando.

Ele me coloca sentada numa cadeira e me olha com uma cara séria que nunca vi antes.

- Eu te trouxe aqui porque precisamos te contar uma coisa. - responde.

- Que coisa? E de quem você ta falando?

Ouço passos e me levanto da cadeira quando vejo Poncho entrar, mas não é isso que me surpreende, meu pai está com ele e a cara dos dois me assusta.

- O que eles estão fazendo aqui? - encaro Ethan e depois meu pai e Poncho.

- Any senta! - Ethan pede.

- Não... O que você ta fazendo aqui? - encaro meu pai.

- Eu preciso conversar com você, mas não podia fazer isso sozinho. - meu pai me encara.

- Que parte da conversa que a gente teve aquele dia você não entendeu? Some daqui. - aponto a porta.

- Any, escuta o que ele tem pra te dizer. - Poncho entra na minha frente.

- E você? Por que você está com ele?

- Ele me ligou, precisa te contar uma coisa.

- Eu encontrei o Arthur, Anahí. - meu pai diz e sinto que o mundo para de girar.

- O que? - me aproximo dele. - Está falando sério?

- To! - ele assente.

- E onde ele está? Você.... Você trouxe ele com você?

Faço menção de sair da sala, mas Alfonso me segura e me coloca sentada na cadeira.

- Escuta o que ele tem pra te dizer.

- Cadê meu irmão?

Meu pai se aproxima e estende um papel pra mim. Pego a folha, a desdobro e começo a ler o que ta escrito.

- NÃO! - eu grito e largo a folha no chão como se ela me queimasse.

Minhas mãos tremem quando tapo meu rosto, as palavras daquele papel gritando na minha cabeça. Atestado de óbito, atestado de óbito.

Poncho me puxa pra ele, mas o empurro e vou pra cima do meu pai.

- Você é um idiota, isso ta errado, ele não ta morto, você nem sequer soube procurá-lo direito. - grito.

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