24° CAPÍTULO | Impasse

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É oficial, sou uma burra!

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É oficial, sou uma burra!

— Eu estraguei tudo Iara. - digo em um sussuero. — Tive medo que o Tomás fosse acabar tudo que a gente tinha...mas no final foi eu que fiz isso.

—Vocês vão se resolver Jadde, ele só ficou magoado, mas logo vocês vão se resolver.

— Eu acho que não. - sussurro sem conter as lágrimas.

— Vão sim, por isso melhore essa cara, que nosso vôo e daqui meia hora.

Estamos no aeroporto esperando a hora do embarque para voltar ao Brasil.

Passei à noite chorando xingando a mim mesma por ser burra e ter feito aquilo com o Tomás. Mas eu fiquei tão irritada com aquela mulher na sua casa, que não pensei nas consequências que poderia ter, mas teve e agora Tomás não quer me ver de jeito algum.

Já tentei falar com ele pelo celular, mas ele não atende, e agora só dá na caixa postal.

Eu me odeio!

Pego meu celular olhando nosso foto como papel de parede, nós com um largo sorriso na praia. E me castigo por ter me deixado levar pelo momento de raiva.

E agora nem sei como o cara está, Tomás bateu nele sem dó e me arrependo por ser tudo culpa minha.

Senhores passageiros, o vôo 3556 destino ao Brasil, embarque no portão 16b.

— É o nosso. - Iara diz, e vamos arrastando nossa mala.

— Não quero ir pra casa. - choramingo.

— Você tem quer enfrentar isso um dia. - Iara diz.

Reviro os olhos soltando um suspiro.

— Eu sei. Mas não sei como vou olhar pra cara dele, nós moramos no mesmo andar! - digo exasperada.

Como vou reagir se encontra ele no elevador?!

— Pensando nesse lado, você está ferrada.

Faço cara feita pra Iara.

— Cocê é tão boazinha comigo. - ironizo.

Ela rir jogando o cabelo de lado.

— Eu sei.

(...)

Ao chegar no Brasil sinto um frio gelado, e sei que é medo de encontrar com o Tomás pelo prédio, mas é um risco que tenho que correr.

No elevado respiro fundo várias vezes, e prendo a respiração quando as portas se abre no meu andar. Olho o corredor vazio, e caminho rápido puxando minha mala.

Não sei por que esse medo todo de encontrar o Tomás. Talvez culpa me defina melhor.

Sou uma burra mesmo!

Quase Mentira Onde histórias criam vida. Descubra agora