Olá, tudo bem? Tenham uma boa leitura e...
Calma!
***
"Eu estava encantada com meu novo notebook vermelho. Não desgrudava dele, sabia que Harry iria xeretar se eu descuidasse e logo eu veria suas digitais gordurosas por cima do teclado.
No dia anterior tinha sido meu aniversário, fizemos uma pequena festa, convidamos os amigos mais próximos que ficaram correndo comigo e com Harry pelo jardim a tarde toda.
Quando a lua já estava aprecendo no céu e todos estavam mais que cansados, cortamos o enorme bolo feito de chocolate e nozes. Mas a grande surpresa veio assim que os convidados foram embora.
Adentrei meu quarto e me deparei com um embrulho vermelho sobre a cama. Depois que abri, saí correndo até papai -que estava atrás de mim- e pulei em seu pescoço. Não havia felicidade que coubesse em mim.
Assim, um outro dia amanheceu e eu me sentia estranha. Era esquisito ter 13 anos e dava saudade de ter 12.
- Bom dia, pequena Callie! -tio Peppe cumprimentou-me alegremente quando desci para tomar o café da manhã.
- Bom dia! -abri um enorme sorriso abrindo os braços para o abraçar.
Tio Peppe trabalhava para nós desde que me entendia por gente. Morava ali bem perto numa outra casa que papai possuía mas passava a maior parte do tempo em minha casa ou na empresa com meu pai.
Era um homem sozinho, não tinha esposa nem filhos com quem eu pudesse brincar, mas se tivesse, eu tinha plena certeza de que seriam as crianças mais felizes desse mundo.
Eu e Harry adorávamos Tio Peppe porque ele sempre brincava conosco quando podia e não reclamava que estava velho demais para correr ou subir na copa das árvores do jardim.
Quando dávamos sorte, Lis e Ana se juntavam a nós e o jardim virava um grande parque de diversões.
Tomei meu café da manhã apressadamente já que estava atrasada para a escola. Harry comia preguiçosamente o cereal enquanto mamãe ajeitava carinhosamente a gravata do papai.
Em poucos minutos, eu e meu irmão, que fizera 11 anos no mês anterior, já estávamos no carro com Tio Peppe rumando à escola.
Era uma Segunda-feira de Maio em que todos os alunos já estavam planejando ansiosos as suas férias de Junho. Todos preocupados com as notas e exames finais.
Eu odiava Lisandra porque por mais que ela dissesse odiar o ramo de exatas, era quem passava mais longe do F no boletim, enquanto eu tinha que batalhar para passar raspando de uma nota vermelha.
Ana estava na mesma situação que eu. Números não iam com a nossa cara, apesar de serem excenciais para qualquer ser humano.
O que eu detestava mesmo não eram nem os números. Quando se falava em ciências, aí sim eu entrava em colapso, mais ainda porque tinha aula com a Sra.Harold, a prova viva de que bruxas existem.
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Última chance
RomanceCallie Forest é o retrato da inquietação. Odeia silêncio, detesta pessoas, mas venera cupcakes coloridos. De personalidade extremamente forte, vai te fazer rir, chorar e apertar as bochechas enquanto contar sua história. Por trás de tantas trapalhad...