Callie Forest é o retrato da inquietação. Odeia silêncio, detesta pessoas, mas venera cupcakes coloridos. De personalidade extremamente forte, vai te fazer rir, chorar e apertar as bochechas enquanto contar sua história.
Por trás de tantas trapalhad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando voltei à recepção do hospital já era próximo das 3 horas da manhã. Alguns agentes do FBI ainda permaneciam ali e não tinham previsão para nos deixar.
Encontrei Lis e Britt cabisbaixas nos bancos azuis que ocupavam parte do espaço. Me surpreendi mais ainda pelo estado de Britt. Parecia assustada, mantinha os pés sobre a cadeira e as pernas junto ao corpo. O cansaço também não ajudava em nada.
Lis se adiantou até mim assim que me viu. Eu sabia que ela não estava muito diferente de Britt, mas como sempre, fazia questão de manter a postura confiante. Tinha um pequeno curativo no meio da testa e outro na mão direita.
- Alguma notícia de Ana? -perguntei.
- Em cirurgia ainda. Foi acertada no ombro mas parece que não acertou nenhuma artéria. Como o pessoal do FBI está com a gente, os médicos acharam melhor nós esperarmos por aqui para não assustar os outros pacientes.
- É justo -suspirei.
- Como está Will?
- Dormindo. Os pais dele estão lá. Teve uma fratura simples em umas das costelas, não perfurou nenhum órgão e a recuperação vai de um a dois meses, fora o braço.
- Eu sei o que está pensando -disse ela me abraçando- mas não é culpa sua! Agora acabou, vê? Ninguém mais vai se machucar, você não vai mais ser machucada também!
- Sei que não é minha culpa Lis, mas no meu lugar você também estaria se culpando!
- E no meu lugar você também estaria dizendo que a culpa não era minha.
Ela não deixava de ter razão.
- Foi muito esperto ter escondido o celular na bota -elogiei.
- Claro que foi esperto! Eu sou esperta!
- Ei garotas, tudo bem por aqui? -Augusto tinha se aproximado de nós.
- Na medida do possível, sim -respondi.
- Obrigada por ter nos tirado de lá -dizia Lis.
- Imagina -sorriu fraco- era apenas meu dever.
Assim que colocou os olhos em Britt, nós vimos uma preocupação evidente nos olhos do rapaz fardado. Ele se aproximou calmamente e sentou-se ao lado dela.
- E você, diretora? Como está?
- Como você acha que eu estou? -disse sem olhar para ele.
- Fico feliz que não tenham te machucado, eu não...me perdoaria se isso acontecesse.
- Eu sabia que tinha algo errado com você, bem que eu disse à Callie!
- Errado? -riu divertido- Tecnicamente não faço nada errado, eu trabalho com a lei.
