Capítulo 12

1.6K 112 80
                                    

Era sexta à noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era sexta à noite. Depois de uma semana cansativa, fim de semana de descanso, certo?

Errado.

A empresa estava a toda vapor e com minha frequente participação nas reuniões, Will me deixara encarregada das pautas a serem discutidas, de alguns gráficos sobre os projetos, além de sempre me pedir opinião com relação às idéias que eram aceitas pela diretoria, incluindo as minhas.

Agora mesmo eu estava terminando mais um relatório e me lembrei de que não perguntei a ele se queria impresso na segunda ou enviado em seu e-mail. Decidi ligar para ele.

- Ana, pode pegar meu celular? -pedi a ela que estava jogada ao meu lado no sofá. Ela pegou o aparelho de cima da mesinha sem tirar os olhos da série que estava assistindo e me entregou.

Fiz a ligação direto dos contatos e ele não demorou muito para atender:

- Diga, Forest! -Sua voz estava rouca. Rouca até demais.

- Sr.Damien, esqueci de perguntar se quer os relatórios impressos ou em seu e-mail.

Ouvi ele tossir uma vez. Duas. Franzi a testa.

- Pode me entregar na segunda, Forest -tossiu outra vez.

- Você está bem?

- Vou ficar -ele continuava tossindo. Eu também quase podia ouvir seu peito chiando.

- Você parece horrível!

- Impressão sua! Agora tenho que ir, Forest. Tenho um contrato a negociar num jantar com alguns...

- Você vai trabalhar assim? -perguntei quase gritando.

- Eu já disse que vou ficar bem, Forest! -Mas a tosse o traiu outra vez- Eu tenho que me arrumar agora. Até!

- Espera! -Não tive tempo. Ele havia desligado.

Eu não podia acreditar! Pelo modo de sua voz, que parecia de um bêbado de esquina, mais a tosse, a previsão para esta noite era de um contrato arruinado.

Eu não podia deixar isso acontecer!

Levantei-me apressanda fechando o notebook e indo calçar minha sapatilha no quarto.

- O que houve? Vai sair? -Lis perguntou da cozinha. Era seu dia de lavar a louça.

- Preciso impedir uma tragédia! -peguei minha bolsa jogada no carpete e joguei o celular dentro- E ganhar pontos com meu pai!

- Não entendi nada! -Ana finalmente tirou os olhos da televisão.

- Eu explico depois! Não me esperem, voltarei tarde!

- Callie...-Lis começou, mas não pude ouvir o resto, já estava saindo porta à fora.

Desci rapidamente até a portaria e andei alguns metros até o ponto de táxi. A rua era iluminada apenas pelas luzes dos postes elétricos, não havia lua no céu.

Última chance Onde histórias criam vida. Descubra agora