Callie Forest é o retrato da inquietação. Odeia silêncio, detesta pessoas, mas venera cupcakes coloridos. De personalidade extremamente forte, vai te fazer rir, chorar e apertar as bochechas enquanto contar sua história.
Por trás de tantas trapalhad...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu mal acreditei que não precisamos voltar de avião. O caminho seria mais longo de carro, mas o que importava era que papai tinha me devolvido a chave do meu lindo Logan cor vinho. Disse que eu merecia depois de ter aprendido tanto. Eu finalmente conseguira sua inteira confiança novamente.
Eu também havia tomado uma decisão. Ainda amava arquitetura mas agora eu não me via mais longe do ramo empresarial. Eu iria ficar ao lado de Will na Future Video como diretora de marketing.
Hoje era um daqueles dias em que ele não estava na empresa. Está resolvendo alguns assuntos externos, além de comparecer em algumas reuniões, o que deixa a mim e ao vice-presidente a responsabilidade da empresa até que Will volte pela tarde.
Comecei meu trabalho normalmente assim que cheguei. Analisei alguns relatórios à procura de falhas e refiz algumas planilhas.
Meu celular vibrou em cima da mesa e automaticamente o atendi sem tirar os olhos do computador.
- Alô?
Nada e nem ninguém me respondeu. Apenas um chiado ao fundo, muito distante, podia ser ouvido.
- Alô? -insisti.
Ainda nada. Depois de alguns segundos, uma respiração forte soou aos meus ouvidos. Afastei o celular tentando ver o número mas dizia que era restrito.
Desliguei então, talvez fosse um engano. Mas ele voltou a telefonar.
- Alô? -falei já impaciente ouvindo a mesma respiração de antes- Quem está aí? Quer parar de dar uma de urso cansado e responder?!
Uma risada leve foi o que ouvi dessa vez. Uma risada estranhamente conhecida.
- Estou seguindo seus passos, Pequena Callie!
Quando a ligação caiu, fiquei na mesma posição, sentindo meu coração acelerar. Ele surgira novamente para tentar acabar com a minha felicidade, para dizer que ainda existia depois de tanto tempo. Ele sabia de Will e sabia que eu estava feliz com ele. Não queria ver nenhuma sombra de felicidade em mim como fez durante todos esses anos.
Mas eu não temeria mais. Tinha de haver um jeito de pegá-lo e eu teria ajuda. Assim que pousei o celular em cima da mesa tomei outra decisão imprescindível. Hoje mesmo, assim que Will voltasse, eu contaria tudo a ele.
***
Era hora de almoço quando encontrei Britt na recepção com a pior cara de derrota que já vi em alguém. Tínhamos combinado de almoçar fora.
- Que cara é essa? -perguntei meio rindo.
- Cara de quem passou a noite trabalhando igual condenada -respondeu sem humor.
- Logo você acostuma, é um sacrifício exigido.
- Estou confortada agora -ironizou- Se importa se passarmos na livraria?
