• Do Kyungsoo •

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Prólogo 000

Era uma vez. Era assim que Kyungsoo adorava escrever seus próprios Contos. Ele via magia por trás das três palavras, e podia esperar ansioso para conhecer o personagem, porque nunca lhe decepcionava. Mas nenhum conto tem um começo, meio e fim sem ter um vilão.

Para o pequeno Soo, o vilão é o calculista de coração ferido. Mas após "aquele" dia, sua percepção de calculista de coração ferido foi mudado completamente e eis que um novo vilão surgiu em sua grande criatividade.

Mas, será que  ele realmente é vilão?












        |09:32 A.M |
|Floricultura|
|Sexta-feira|

— Obrigado pelas flores senhora! — sorriu diante daquele maravilhoso buquê de orquídeas com margaridas.

— De nada querido, estarei te esperado! — a doce senhorinha disse fazendo-o sorrir abertamente.

Aspirou o doce aroma que emanava das flores enquanto saía da floricultura, fazendo sino tocar. O baixinho andou dois quarteirões até chegar em seu adorável condomínio.

— Bom dia senhor Do! — o porteiro, como sempre, lhe cumprimenta assim que passa pela portaria.

— Bom dia senhor Lee! — se curvou respeitosamente, e voltou a andar apreciando suas orquídeas.

Chegando em casa, Kyungsoo colocou as flores em um vaso totalmente cuidadoso, e foi alimentar Meggie, sua gata de estimação. Tomou rapidamente um banho, vestiu sua roupa social e pegou sua pasta de couro contendo suas papeladas.

— Tchau Meggie! Se comporte e cuide da casa! — passou a mão sobre os pelos cheios de manchas pretas sobre o branco predominante.

Pegou sua carteira, celular e chaves na mesa e trancou a casa. Pegou seu carro Sport preto e foi à sua empresa trabalhar. O sonho de Kyung é ser um escritor infantil, com os seus diversos contos incríveis e imagináveis. Para ele, o conto de fadas muda a rotina, o mundo e a si mesmo.

Apesar desse grande sonho do homem, seu pai, não deixou-lhe escolha a não ser, ser um contador de uma empresa. Soo, por mais que não gostasse, prezava o orgulho do pai e por isso, fazia tudo que o homem lhe pedia.

Mesmo após a sua morte, Do continua fazendo as coisas do devido agrado ao homem falecido. Isso deixava Yoona enfurecida, sua irmã de consideração que trabalha na mesma empresa que Do.

Assim que Do pisou seus pés na empresa, viu uma das balconistas da empresa mexendo no celular em serviço. Kyung balançou a cabeça negativamente sorrindo maldoso, e lentamente se aproximou.

— Com licença! — a voz grave mas suave de Kyung assustou a moça, mas logo revirou os olhos voltando a mexer no celular.

— Já pode ir para sua sala senhor Do, sua presença está confirmada. — a mulher apenas lançou um breve olhar.

Dando de ombros, Do sai dali indo pegar o elevador. Parou na fila onde havia outros funcionários à espera deste dito acima. De longe, na porta pode-se ver SeHun, o presidente da empresa entrar, como sempre, bem vestido segurando sua maleta preta.

Kyung desviou seus olhos dele para a moça que ainda mexia no celular. Com dó, Do foi até a moça para salvar sua pele das broncas de SeHun.

— Moça! Tudo bem, flor? Então, olha a visitinha que temos aqui! — sarcasticamente, ditou Kyung chamando atenção da moça, que confusa, olhou em volta dando de cara com SeHun.

— Bom dia. — resmungou SeHun assustando o pequeno.

— Bom dia! Já estou registrado, certo? — a mesma assentiu resmungando um obrigado.

Kyung saiu rapidamente indo pegar o elevador mas em seu alcanço SeHun lhe acompanhava. Começando a ficar nervoso, apertou o botão do sétimo andar, e entrou no elevador, logo SeHun apertou o do décimo para próxima parada.

Um silêncio normal por parte de SeHun e constrangedor por parte do Kyung, se instalou no elevador enquanto subia. Kyungsoo nem ao menos sabia o porque de estar incomodado com o silêncio, ele mesmo adorava tudo calmo e tranquilo.

— Você é um dos contadores da empresa certo? — quebrando o silêncio, SeHun fala sem ao menos olhar o baixinho.

— Sim, Sr. Oh! — respondeu o menor constrangido na presença do mais alto.

— Você nunca foi em uma das reuniões mensais, certo? — SeHun, se sentiu incomodado com a enorme vontade de olhar o baixinho novamente.

— Sim, não vejo necessidade já que temos quatro contadores na empresa! — justificou-se Soo, tentando não soar nervoso.

     SeHun se permitiu rapidamente olhar o baixinho que desda recepção do primeiro andar, chamou sua atenção. As bochechas coradas e os dentes maltratando os lábios, tudo era a perfeita visão que o privilegiado do SeHun, presenciou.

— Bom trabalho sr. Oh! — falou assim que o elevador se abriu.

     Praticamente Kyung saltou do elevador, sentindo-se melhor fora da presença esmagadora do moreno. Ajeitou sua postura e andou até Yoona que se mantinha distraída mexendo no computador. Yoona era a balconista do sétimo andar e a cada andar tinha uma recepcionista.

— Bom dia noona! — Kyung ditou com a voz manhosa, chamando sua atenção.

— Bom dia Kyunggie! O vice-presidente pediu que entregasse as folhas com a contabilidade da empresa, os funcionários e os salários! — totalmente carinhosa, saiu de trás do balcão beijando a testa do mais novo, após dizer o recado.

— Ok, eu vou para sala. No almoço conversamos! — Kyung devolveu o beijo na testa e foi para sua sala, tendo uma surpresa.

   Em sua mesa de escritório, havia um vaso com rosas brancas e vermelhas, e pendurado nos caules das flores, um cartão azul bebê. Soo adorava flores, ele sempre estava rodeados de flores e toda vez que ganhava de alguém, morria de amores. Se aproximou pegando o cartão.

"Pequeno Soo.
Eu sei que você adora flores e que se pudesse, teria uma floricultura somente para si. Quando estava andando pelas ruas da cidade, me deparei com este lindo buquê de rosas e logo me lembrei de você. Espero que goste do meu presentinho.
— Yoona"

— Como pode ser tão fofa, Yoona? — sorriu abertamente guardando o cartão nas flores.

Apenas se sentou em sua cadeira e começou o que tinha que começar...

Conto de Fadas | SESOOOnde histórias criam vida. Descubra agora