Capitulo 001
Traumas nos transforma, e nos afeta de tal maneira que perdemos nossa essência. Nossa mente não está preparada para tais acontecimentos, e nos faz ficar insanos. O delírio nos faz ficar cegos e inúteis, então a dor nos consome e nos deixa incapazes.
A não ser que você tenha luz...
Kyung queria ter luz...
|11:52 A.M|
|Empresa|
|sexta-feira|— Ah! Finalmente terminei. — suspira o pequeno homem esticando os braços para cima.
Sentado em sua cadeira confortável, passou-se uma hora passando pastas para um pen drive, como foi pedido. Já daria seu horário de almoço, e enfim teria um tempinho para continuar a escrever sua quarta história.
O seus contos que tanto adorava escrever. Ele se libertava quando escrevia, deixava aquela áurea séria porém gentil cair mostrando o seu lado fofo e sensível. Kyungsoo teve muitos traumas na infância, e muitas vezes se via com medo de pessoas por conta disso.
Medo perturbante.
Se levantou saindo de sua sala, indo a recepção entregar o pen drive. Kyung deu de cara com o vice presidente junto com o presidente conversando com Yoona, uma conversa tão entretida que Kyung apenas observou.
— Kyunggie! — exclamou a mulher o apelido fofo que havia dado, deixando o pequeno vermelho.
Tão envergonhado.
— Y-yoona! — repreendeu a mulher com o olhar, enquanto seus lábios formavam um coração, um sorriso contagiante onde todos sorriam juntos.
— Então senhor Do, precisamos conversar! — o presidente, Oh SeHun pediu do seu jeito frio e cauteloso.
— Claro. — afirmou o baixinho mas antes entregando o pen drive ao vice diretor, que sussurrou um obrigado.
Kyung acompanhou os dois homens altos ao elevador. Kyung mentiria se dissesse que ficava confortável na presença de homens altos, fortes, bonitos, etc. Isso lhe desencadeou muitos memórias que hoje, são seus pesadelos nas noites solitárias.
A quanto tempo Kyung não se relacionava por conta disso?. Medo de ter intimidade com as pessoas e elas o traírem como seu pai fez, de forma tão depravada. O pequeno Soo não sabia o que era amar, ter abraços aconchegantes, ter beijinhos o tempo inteiro, ter relações e intimidades com as pessoas.
Yoona era a única e talvez seria para sempre.
Kyung tinha um irmão mais novo porém nunca pode entrar em contato, já que o menino foi-se com sua mãe quando se divorciou de seu pai. A única família que lhe restou foi sua gata e as flores, porque as flores lhe consolou no enterro de seu pai, as flores passou a ser uma parte de Kyung.
As flores eram as únicas que lhe entendia.
A porta do elevador abriu-se e os três saíram ao décimo andar. Foram em silêncio para sala do diretor, grande e espaçosa. Kyung se sentou a frente dos dois homens, assim que os mesmos se sentou.
— senhor Do, você não participa das reunião mensal, certo? — Soo assentiu já preparado para bronca. — então de agora em diante você vai participar! — confirmou Sehun deixando o pequeno confuso.
— Posso perguntar o porquê? — ditou o menor, baixinho.
— SeHun, o estrato que Kyung baixou não está batendo com o dos outros, porém, está certinho com o estratos que puxei. — Jongin comentou sem tirar os olhos do computador. Kyung ainda estava confuso, porém, tentava encaixar em sua cabeça o que estava acontecendo.
— E o seguinte senhor Do, a empresa está recebendo um golpe. Empresas fantasmas estão sendo criados no meu nome, porém, não sou eu que crio. O único estrato correto é o seu, suas informações são as mais concretas e eu confio no senhor. Eu preciso de dicas porque sou novo no ramo de comércio, e o senhor aparenta ser bem inteligente. — desabafou o de pele leitosa. Porém de tudo que Sehun falou, Kyung apenas focava no "senhor Do"
Desencadeou mais um memória.
— Bem, primeiramente peço que não me chamem de senhor Do, motivos pessoais. Segundo, o senhor tem duas opções, contratar um hacker de confiança e reveja o sistema da empresa e descubra da onde vem surgindo isto, ou faça uma reunião onde encurrala todos os funcionários que mexem com a contabilidade da empresa e tire informações. — disse simples, recebendo um silêncio e olhares tensos sobre si.
— Prefiro a primeira opção. Aparenta ser a mais qualificada pra esse tipo de situação. — Sehun quebra o silêncio recendo um sorriso de lado do menor.
— Posso me retirar? — falou o pequeno sentindo sua barriga roncar.
— Claro, terminamos essa conversa depois. Liberado. — falou por fim. Kyung apenas levantou se curvando respeitosamente e se foi em direção a porta.
— Kyungsoo! — o pequeno se vira bruscamente, vendo Jongin alternar olhares entre ele e o computador. — Nada não! Pode ir. — Soo lhe olha estranho mas apenas da de ombros, saindo pela porta.
Soo sai em direção ao elevador as pressas, torcia para que Yoona lhe esperasse para irem almoçar juntos. Soo se sentia sozinho e isolado do mundo quando estava longe de Yoona, e pensava em todas as suas memórias que já foram desencadeadas.
Tudo girava em torno da sua infância e isso lhe matava aos poucos, nem a própria Yoona sabia sobre a infância do pequeno. Porém, ele não contava que um dia teria que enfrentar frente a frente seus medos, traumas e tudo que lhe afligia.
Mas ele não estaria só...
Ele teria um anjo, ou melhor, o herói do conto...
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Conto de Fadas | SESOO
Fiksi PenggemarEle é como conto de fadas. Sua personalidade fria e calculista, suas madeixas negras, sua pele leitosa, seus olhos tão expressivos. Talvez não seria o vilão do conto, afinal... Kyungsoo, mais do que ninguém, sabe o que SeHun é em seu conto. Plágio...