• Oh SeHun •

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Nos contos de fadas, a verdade, muitas vezes, é mentira, e enganamos a nós mesmo do que os outros. A mentira é algo que não conseguimos perdoar, ou melhor, esquecer. E nem os personagens perfeitos de um conto, perdoar realmente de coração.

   O recentimento, a magoa, a decepção são sentimentos que nos corrói por dentro, e não somos fortes o suficiente para perdoar as mentiras que nos machucaram.
Kyungsoo queria ser de puro coração, para perdoar todos aqueles que mentiram para si.

|residência Do|
|19:52 P.M|
|segunda-feira|


     SeHun estava ansioso, arrumando sua gravata fina por cima de sua camisa social branca. Penteou os cabelos negros meio encaracolados, os deixando meio despojado, queria ser formal ao mesmo tempo informal. Seria seu segundo encontro, iria provar a comida caseira de seu tão novo e recente namorado,  e isso estava lhe deixando a pilha de ansiedade. Assim que burrifou seu perfume, ajeitou o colarinho, pegou suas chaves, carteira e celular, pronto para ir a casa de Kyungsoo.

    O caminho todo foi de ansiedade, batucando no volante, cantarolando uma música qualquer da rádio, e olhando a todo momento o relógio em seu pulso. Assim que entrou no condomínio, e achou a casa de Kyungsoo, estacionou o carro e deu uma micro corridinha para dentro do jardim, cheio de rosas. Respirou fundo e bateu na porta.

— Chegou cedo, Sehunnie! — disse Kyungsoo assim que abriu a porta. Ele estava deslumbrante, com uma camisa de seda vinho, uma calça preta, e os cabelos despojados; loiros.

— Oh meu deus! Você está loiro! Você está maravilhoso amor! — disse Sehun em choque, afinal, não faziam nem cinco horas que se viram pela última vez.

— Gostou? Achei que devia mudar um pouco. Vamos, entre! — deu espaço para que SeHun entrasse e fechou a porta.

— Eu adorei amor, você fica lindo loiro, céus! Achava que você não poderia ficar mais bonito do que já. — resmungou, abraçando a cintura do mesmo, roçando seus lábios nos dele.

— Assim você me deixa com vergonha... — SeHun sorriu, seu namorado era tão fofo, ele mal conseguia se conter.

— Não pude trazer o vinho... — murmurou chateado. Kyungsoo acariciou seu rosto levemente.

— Tudo bem, eu tenho um vinho reserva. A reunião demorou muito? — perguntou, se separando do abraço, puxando SeHun para sala de jantar, onde a mesa já estava posta.

— Você nem imagina! Foi um saco a reunião, estava quase morrendo de tédio! — seus choramingos fizeram Kyungsoo rir levemente.

— É muita responsabilidade para você, não é? Sente-se, vou servi-lo. — ofereceu Kyungsoo, puxando a cadeira. SeHun percebeu que Kyungsoo era um ótimo cavalheiro.

— Obrigado. Enfim, é sim, mas é uma empresa, se todos trabalham certo, as coisas aliviam para mim. — explicou, observando o menor no outro cômodo, pegando bandeja, através do passa pratos que tinha.

— Mesmo assim, não fica cansado de ser o presidente da empresa? — disse concentrado em segurar a bandeja pesada. Colocou na mesa tirando a tampa.

— Isso está cherando tão bom! O que é? — perguntou, olhando curioso para  a Abóbora com algo dentro.

— É molho de camarão na abóbora, uma receita estrangeira. Assei um peixe para acompanhar, só um minuto, vou ali pegar!

— Uau, isso parece estar delicioso, gosta de cozinhar? — idagou SeHun, encarando apetitosamente o prato com o peixe assado.

— Amo cozinhar, tanto quanto escrever. Se sirva, me diga se está bom! — pediu, se sentando de frente para SeHun, pegando seus talheres, já se servindo.

    SeHun fez o mesmo, pegando um pouco do molho de camarão e do peixe assado. Abriu a garrafa de vinho, e serviu Kyungsoo com sorriso ladino, e serviu se a si próprio. Pegou uma colher, e pegou camarão com molho e comeu, saboreando a deliciosa comida, soltando suspiros pelo sabor. Estava esplêndido, melhor, estava maravilhoso, na verdade, digno de um chefe de cozinha profissional.

— Uau, meu namorado é talentoso demais, o que você não faz bem, amor? Isso aqui está incrível! — Kyungsoo sorriu corado, antes de começar a comer.

— Não sei fazer muitas coisas... Fiquei com medo de não gostar da minha comida... — murmurou envergonhado, logo tomando um gole do vinho.

— Impossível, sua comida é maravilhosa Kyungsoo, assim como você! — SeHun disse, sorrindo maravilhado.

— Então você quer me comer também? — perguntou Kyungsoo, fazendo SeHun engasgar com a comida, deixando o menor afoito.

— Kyungsoo! Que me matar? Meu deus, que pergunta... Lógico que quero. — sussurrou a última parte, deixando Kyungsoo extremamente vermelho e envergonhado.

— Desculpa, não pensei no duplo sentido! — choramingou, bebendo mais um pouco de vinho.

— Tudo bem, só fiquei chocado, só isso! — ironizou, fazendo Kyungsoo rir balançando a cabeça.

— SeHun... Você ficou com ciúmes do Jongin? — perguntou Kyungsoo, se lembrando de mais cedo, como o mesmo reagiu.

— Eu? Não, claro que não... Ficou tão na cara assim? — os dois riram, e o menor assentiu.

— Vamos brindar? — pediu, e os dis sorriam antes de baterem as taças de leve.

— Ao nosso namoro! — SeHun disse, então, ambos beberam um grande gole de vinho.

— Ei, Sehunnie, o que acha sobre eu publicar minhas histórias? — comentou, observando, SeHun comendo com vontade.

— Eu quero ler suas histórias, não me conformo que Jongin leu e eu não! E como tudo que você faz é perfeito, então sim, deveria publicar suas histórias. — Kyungsoo corou sorrindo, voltando a comer.

    Assim se passou o jantar, entre conversas aleatórias, e sorrisos bobos. Era tudo muito novo para Kyungsoo, afinal, ficou bom tempo longe de contato íntimo e romântico, esta a ansioso e sentia um friozinho na barriga. SeHun, após o jantar, puxou Kyungsoo para dançar consigo. O menor ligou o rádio, numa música lenta e romântica.

    SeHun o cumprimentou se curvando e estendeu a mão, segurando a de Kyungsoo, e deu um beijo, o olhando nos olhos. Puxou pela cintura, colando os corpos, e começou uma simples valsa, entre passos e giros, entre sorrisos cúmplices e amorosos, entre olhares tensos e significativos.

— Seus olhos são lindos... — sussurrou SeHun, roçando seus lábios nos de Kyungsoo.

— Você me parece um sonho, um doce sonho... — murmurou, fechando seus olhos lentamente, enquanto SeHun lhe tomava em um beijo.

Um doce beijo...

Conto de Fadas | SESOOOnde histórias criam vida. Descubra agora