Conto de Fadas | SESOO

• Do Kyungsoo •

Capítulo 004
Em apenas segundos, aquele momento doce e alegre se tornou um pesadelo. Assim como a história da bela adormecida, que comemorava seu nascimento de pura beleza e graça, um momento prestigiado virou um pesadelo para o reino por conta da bruxa má, nossas vidas há momentos que pensamos ser bons mas no final, apenas nos machucou.

Mas a princesa Aurora teve uma chance de poder quebrar o feitiço que condenou sua juventude. Kyungsoo queria essa chance...

|residência Do|
|19:45 P.M|
|Sábados|

     Kyungsoo se olhava no espelho arrumando seu colarinho da camisa branca. Ele trajava uma camisa branca lisa, uma calça jeans preta um tanto agarrada em si — presente do Ming, seu amigo da época do colegial — e sapatos sociais. Realmente, aquela combinação estava realçando sua pela esbranquiçada, seus cabelos negros penteados logo ficaram bagunçados, e o seus lábios carnudos brilhavam pelo batom hidratante que Yoona lhe forçava a usar. Mesmo que muitos jovens poderiam dizer que a roupa não combinava com a ocasião, um simples jantar entre dois amigos, ninguém seria louco o suficiente para negar que Kyungsoo estava divino daquele modo.

     Logo SeHun chegaria, havia conversado com o mesmo horas antes para deixar tudo definido. Kyungsoo manteve um sorriso no rosto, uma áurea leve e brilhosa mas por dentro... Ah, por dentro Kyungsoo se torturava a cada passo que dava de encontro a porta inicial da casa, com as lembranças do dia anterior. O dia anterior que lhe recordou que nunca, jamais, em hipótese alguma, poderia viver uma vida normal sem que as pessoas a volta o-queira de forma tão... Doente. Kyungsoo, por mas que não quisesse, chamava atenção por ser baixo, de corpo cheio de silhuetas, tinha uma aparência desejável, ele era um ímã de pessoas que queriam o seu corpo.

     Mas contradizendo toda a sua aparência, sua personalidade era forte, debochada, infantil e carinhoso. Ele era um misto de personalidades diferentes pelo mundo, ele tinha um olhar infantil e um sorriso adorável, sua conversa era duradora, educada e as vezes debochada, suas mãos sempre estariam fazendo carinho em alguém. Kyungsoo, é o homem perfeito que todos precisam conhecer.

  Por outro lado, SeHun em seu apartamento estava ansioso, alimentando a tanto tempo seus sentimentos por aquele baixinho, finalmente havia tido uma oportunidade para chamá-lo a sair. Seu coração estava dividido em dois lados, um lado se sentia culpado por ter o chamado depois de toda aquela situação e o outro lado estava contente por finalmente passe um tempo somente ele e Kyungsoo.

     SeHun entrou no seu automóvel e tomou a partida, dirigindo-se para a casa do Kyung, como dizia na mensagem o endereço. Ele trajava uma camisa preta social, uma calça igualmente, seus cabelos negros realçam o seus olhos cor mel, poderia dizer que SeHun estava no clima gótico. Seus longos dedos batucavam o volante do carro, e este cantarolava uma música qualquer que passava no rádio. Ele se manteve sério a viagem toda, porém sua mente estava um furacão de nervosismo, dominado por todas as hipóteses do que poderia dar errado.

    Quando chegou no condomínio, SeHun logo percebeu que era luxuoso e cheio de grandes casas espalhadas. Mais um motivo para que SeHun se sentisse aflito, com certeza para morar numa casa grande Kyungsoo deveria morar com seus parentes. Talvez os conhecesse? Seria um grande passo, para ele em sua cabeça. Tocou a campainha e esperou, segundos depois apareceu Kyungsoo lhe roubando o fôlego e o coração.

   SeHun não poupou os  esforços e o olhou de cima à baixo, sentindo seu coração murrar sua caixa torácica. Kyungsoo também não pode deixar de ver a beleza que SeHun exalava naquele momento. Os dois se olharam e SeHun não teve tempo de se preparar, levou um "tiro" assim que Kyungsoo abriu aquele sorriso coração para si.

— Então vamos? — perguntou ainda mantendo aquele doce sorriso.

— Vamos!

    Os dois adentraram no automóvel, e foram ao restaurante de massas no centro, o preferido de SeHun. Mesmo que Kyungsoo​ havia o "chamado" para o encontro, SeHun que providenciou tudo. Claro que Kyungsoo​ se dispôs a pagar, e mesmo que o mais alto protesta-se, no final cedeu ao baixinho. A ida ao restaurante foi boa, com uma conversa aleatória.

— Pensava que você era tímido, mas é cheio de lábia! — exclamou SeHun se divertindo.

— Oras, eu que te chamei para sair, devo ao menos ter uma boa conversa! — respondeu dando risada, a risada que SeHun considerava uma melodia para apreciar.

Mesmo que descobriu que Kyungsoo​ fosse um demônio em sua infância, de tanto que aprontou. Mas isso é para outro capítulo.

— Tem razão, a nossa mesa é a sete. — comentou se guiando entre as mesas, o restaurante estava lotado mais que o normal, por ser final de semana.

     Ele viu Kyungsoo parar por um momento observando o local, SeHun viu seus olhos brilharem e então ele desfez sua face neutra para um sorriso para SeHun, e voltou andar. SeHun por segundos ficou preocupado, o seu pequeno Soo teve seus olhos amargurados em lágrimas por um mísero segundo.

— Então... Gostou? — perguntou SeHun, sentando-se juntamente com Kyung.

— Sim, eu já vim aqui uma vez. — disse sorrindo minimamente. — Estou faminto, vamos logo pedir!

— Certo, certo. Vai querer vinho? — perguntou aleatório, pegando o cardápio.

— Seria bom, faz um tempinho que não bebo vinho.

— Certo!

     SeHun chamou o garçom, e então fizeram os pedidos. Logo veio um balde de gelo, com vinho e duas taças, e Kyungsoo pode apreciar um vinho italiano. Mas... Estamos falando de Do Kyungsoo, e realmente, mesmo sendo triste de constatar, está tudo muito bem. Bem demais, algo estava errado.

    SeHun sabia que havia algo de errado, Kyungsoo​ estava normal demais para alguém que quase foi abusado ontem. Sorria, brincava e debochava, sem riscos de algo oportuno. Ele via no fundo dos olhos que Kyungsoo queria sair o mais rápido dali, mas o destino não seria bonzinho, quer dizer, nunca foi. Kyungsoo por acidente, derrubou a taça de SeHun cheia de vinho no mesmo, molhando a calça social. Kyungsoo sentiu seu coração falhar, sua respiração em descompasso sem igual, mordeu os lábios para aguentar as lagrimas que veio insanamente.

Seu desgraçado! Olha o que você fez!

Pare... Vai embora! 

— SeHun! Me desculpa! E-eu...

— Tudo bem Kyung, foi um acidente. Vou no banheiro e...

Você vai limpar isso com sua língua! Bastardo!

Não! Sai da minha mente!

— Não! Vamos para casa e você troca de calça... Vamos levar para comer lá? Por f-favor! — pediu segurando o pulso do mais alto.

— Certo, vou pagar a conta e vamos. Não se preocupa! — ditou SeHun, nervoso. Nunca havia o visto dessa forma tão perturbada, certo que o conheceu plenamente em pouco tempo. O que realmente está acontecendo com Kyungsoo...?

Algo lhe dizia que não iria gostar da resposta...