• Do Kyungsoo •

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Capitulo 002

Num conto, pode haver momentos emocionantes e também momentos muito infantis. Como os contos dos irmãos Grimm onde a beleza e a áurea infantil é totalmente descartada, mostrando o lado negro e triste dos personagens.

No conto de Kyungsoo, seus personagens eram tão solitários quanto à si mesmo. Como Rapunzel deveria se sentir isolada em uma torre até que seu príncipe viesse buscá-la. Rapunzel teve sua luz.

Kyung queria um príncipe para si.

|12:45 P.M|
|Restaurante|
|Sexta-feira|

— Eu já falei Kyunggie! Você precisa sair da empresa e publicar suas histórias. — Yoona, mais uma vez insistiu no assunto do conto. Kyung não se limitou em revirar os olhos.

— Não enche Yoona! Já disse que isso é apenas um hobbie e outra, eu não sou formado em letras. — falou o pequeno, fazendo um bico emburrado.

— As vezes eu tenho vontade de te assassinar! — diz raivosa, e Kyung apenas da de ombros.

      Terminaram o almoço, pagaram e voltaram a empresa. Yoona foi-se direto ao sétimo andar, enquanto isso Kyung comprava chá e café gelado na máquina de bebidas que havia no primeiro saguão. Kyung percebeu a movimentação diminuir na empresa, por conta do horário de almoço. Kyung sentia-se vazio, talvez fosse a falta de cafeína ou a falta de escrever contos de fadas.

     Seria cômico e ao mesmo tempo trágico dizer que Soo se sentia vazio por não ter amor, ou por não amar. O máximo que poderia fazer seria soltar uma risada soprada  e entrar no Instagram, ver casais bonitos saindo e se amando. Uau, isso soou tão deprimente nos pensamentos de Kyung que ele apenas pegou o chá e o café gelados, e foi-se pegar o elevador para o sétimo andar.

— Seu chá noona. — murmurou o baixinho deixando o chá no balcão. E apenas saiu andando a sua sala sem ao menos esperar Yoona lhe agradecesse.

   Yoona apenas suspirou, não era novidade Kyung as vezes ficar deprimente do nada. Como muitos jovens dizem hoje em dia "bateu a bad", e nem podia-se tirar o direito do Soo sempre ficar assim, afinal, não faltam motivos. E o que mais esmaga o coração de Yoona, é saber que foi tão doentio que Kyung pode considerar aquilo normal. Nem ao menos ela sabe o que realmente aconteceu, mas... Seja o que for, foi o suficiente para estragar tudo.

   E se acontecesse algo com ele? Ele poderia distinguir se é maldade ou não? O que tanto Kyungsoo sofreu? Quem tanto fez Kyungsoo sofrer? São tantas perguntas que queimam na mente de Yoona. E apenas recebe um silêncio, depois um desvio de assunto quando pergunta. O assunto é delicado, mas não podesse ajudar se não sabe.

É como se um paciente vá ao médico, e então o médico pergunta o que ele sente. O paciente apenas diz "não sei...". Como podesse medicar se não sabe os sintomas? É assim que Yoona se sente.

— Kyung, reunião às três e meia. Andar 2, sala 5. — Yoona disse entregando algumas pastas ao Kyung, e logo se retirou do local.

  Kyung espreguiçou-se encarando o teto de seu escritório. Ele poderia muito bem continuar sem ir nas reuniões, mas Kyung logo entendeu a situação. Não tem em quem confiar quando estão o enganando pelas costas. Soo pode-se entender que SeHun apesar de ser um bom mestre no ramo, ainda sim faltava experiência, afinal, o garoto no mínimo devia ter vinte e três anos.

Como se Kyungsoo fosse um velho de cinquenta anos...

    Kyung levanta arrumando sua camisa, pega sua pasta e sai de sua sala sem pressa alguma. Seria bom chegar alguns minutos antes, já que é um compromisso de suma importância. Porém, antes de deixar o sétimo andar, foi-se à Yoona e lhe deu um beijo na testa num pedido mudo de paciência. Kyung sabia que Yoona queria ajuda-lo mas ele precisa de tempo.

Não será tão simples de contar algo tão depravado em grande massa.

— Tenha paciência comigo noona. — sussurrou antes de ir pegar o elevador.

    No segunda andar do prédio, já encontrou um pequeno grupo reunido na sala à espera​ pelo presidente e o vice presidente da empresa. Kyung apenas observava o grupo viajando em seu próprio mundo, sem perceber os olhares que recebia. Todos ficaram apostos, sentando em seus devidos lugares quando Jongin atravessou a porta com um olhar severo. Sentado ao lado esquerdo, Kyung tinha Minseok, um colega de trabalho super divertido. Ao lado direito um homem que se quer nunca viu, tinha madeixas castanhas e aparentava ter uns trinta anos apesar de uma pele jovial. Um homem bonito.

    A reunião começa e quem da iniciativa é o vice presidente. De silêncio, SeHun entra sentando na ponta da longa mesa no lugar que fôra reservado. A reunião segue o procedimento básico, intediante onde os funcionários propõem suas ideias conforme o assunto abordado pelo presidente. Apesar de Kyungsoo estar em total atenção numa boa proposta de uma jovem garota, a mão maliciosa subindo em sua coxa não passou despercebido.

   Soo virou seus olhos discretamente para mão que subia e descia numa carícia nojenta. Seu coração falhou quando a mão passou pela sua virilha, não, isso não podia estar acontecendo. Soo sentia sua respiração descompassada, e fleshs de cenas que fazia seu estômago revirar veio em mente. A reunião perdeu foco, Kyung discretamente agarrou a mão do homem e tirou de perto do seu corpo em brusquidão. Seu coração pulou da boca quando Jongin chamou seu nome.

— Pode dizer seu palpite sobre isso, Senhor Kyungsoo? — pediu o moreno.

— Bem... A minha idéia não foge muito do que já foi dito aqui... — disse se levantando, assim como os outros ali. — Apenas acho que expandir o comércio terá um percurso bom para a empresa. Abrir outras formas de entretenimento, ou algo nesse sentido...

— Como uma editora de livros? — sugeriu SeHun que sorriu diante do homem que tinha as bochechas coradas.

Kyung só de lembrar do seus contos entra em adoração.

— S-sim, claro. — encerrou sentando-se em seu lugar.

  De relance, Kyung olhou o homem a direita lhe observando. Ele mantém um sorriso cínico no rosto, apenas lança uma piscadela e morde os lábios inferiores. Kyungsoo não desejava mais nada de sair correndo daquele lugar, um homem estava tarando-lhe ali mesmo mas não podia fazer nada. Ele congelava somente de lembrar de tudo...

Ele não queria estar ali tão pouco ser recebido em sua primeira reunião de forma tão... Nojenta...

Conto de Fadas | SESOOOnde histórias criam vida. Descubra agora