Entre o amor e a vingança

Capítulo 33

Não pude acreditar no que meus olhos viam,ele estava sujo maltratado e ferido.

       — Eu disse para que não olhasse querida!— diz Gertrudes gentilmente.

      — eu precisava ver,em meu coração senti que tinha que olhar pela janela!

           — acalme-se querida tudo ira ficar bem você vai ver.— diz Gertrudes me abraçando.

        O dia parecia não acabar nunca,assim fiquei em meu quarto o dia todo nessa constante agonia,eles iram tortura-lo e mata-lo,ho!meu Deus tenho que fazer alguma coisa!deve estar com fome,e com sede mas quem poderá ajuda-lo se não eu?fico pensando durante um longo tempo ate que finalmente decido eu mesma ajuda-lo.terei que me arriscar,infelizmente não tenho outra saída a não ser ir eu mesma ate ele,olho para fora do quarto e vejo que os últimos raios de sol já começam a desaparecer no horizonte, irei esperar Gertrudes vir trazer meu jantar e  comunicarei meu plano a ela,tenho certeza que ela me ajudará.os minutos se arrastam ate que finalmente Gertrudes entra pela porta com uma bandeja nas mãos.

       — Como estão as coisas lá fora?— digo a Gertrudes logo que a vejo.

       — Esta um caos!acho que os soldados estão fazendo uma festinha particular já que estão enchendo a cara.

         — Como esta ele Gertrudes?— digo não querendo saber nada sobre soldados,pelo menos ainda não.

         — eu não o vi mas James o fez,disse-me que esta amarrado ao poste lá fora,mas apesar de bastante ferido ainda vive!general custer e general crook estão esperando o sábado no qual foi decretada a sentença d...— ela não termina porque percebe que já falou alem da conta!

          — sentença? Sentença do que Gertrudes? Fale agora!não minta para mim.— vejo que ela não quer dizer,mas não precisa ser um genio para adivinhar,o que esta estampado em seu rosto!a olho nos seus grandes olhos azuis e assustados esperando uma confirmação! ate que finalmente ela diz:

       — sentença...sentença de morte!

      Como se tudo já não estivesse ruim,as coisas só tendem a piorar,agora tenho a plena certeza de que não posso esperar mas nenhum minuto para colocar meu plano em prática.

      — Sob que acusação?

       — roubo de cavalos,e assassinato de membros do exército e sequestro!

          — Gertrudes preciso de sua ajuda!e muito importante,por favor!— digo a ela.

        — minha querida você sabe que pode contar comigo para tudo o que precisar,contando que isso não a machuque no final!você sabe que esta sendo vigiada e que isso e muito perigoso!

         — sei de tudo isso!mas e a vida do homem que amo e de meu filho que estão em jogo,tenho que faze-lo!você sabe qual sera meu destino se eu permanecer aqui?serei obrigada a casar-me com um asqueroso homem,pelo qual viverei uma vida infeliz e com certeza terminarei como a primeira esposa,espancada e morta.e isso eu não quero para mim!

      — Coma o que eu te trouxe antes de ir,e lembre-se de que não está somente se alimentando para você!existe mas alguem que também necessita de seus cuidados!

       Vou até a bandeja que contém a comida e como rapidamente o que ha nela,quando termino digo a Gertrudes que veja se o guarda que incumbido de vigiar-me ainda está a porta e que ela também vá a cosinha em busca de algo para que eu possa alimentar alce negro.enquanto isso retiro de entre as minhas roupas minha capa negra,Gertrudes volta minutos depois com uma pequena cesta nas mãos e com as notícias.

      — Não há ninguém há sua porta para dete-la,todos os soldados estão lá fora no velho galpão comemorando mas uma de suas vitórias se embebedando desda da manhã quando seu pai e general crook foram ate a cidade.eles chegarão somente ao sábado.

      — Perfeito!assim não terei problemas em passar!agora me ajude a por essa capa,pos tenho que me apressar.

      — Espere um pouquinho mas,pos eles estão quase caindo em seu sono!

        Espero alguns minutos a mas ate que finalmente calculamos que agora era a hora certa,segui pelo corredor escuro,desci as escadas lentamente tentando fazer o mínimo possível de barulho.quando finalmente chego a porta e a abro um sopro de vento gelado me da as boas vindas,olho para o céu e vejo que a noite esta mas escura e não ha estrelas,tudo indica que o inverno esta chegando e logo começará a nevar,sigo envolta pelas sombras ate finalmente avistar o poste onde alce negro esta preso,olho para todos os lados e não vejo ninguém,espero alguns minutos por precaução e vou ate ele.reprimo um soluço estrangulado quando me ajoelho ates a ele e vejo sua situação, esta com os braços atados para traz no poste seus pés também estão atados um ao outro,seu lindo cabelo esta solto e sua cabeça esta curvada para frente em um ângulo estranho.

        — Meu amor consegue me ouvir? — digo a ele enquanto tento erguer seu rosto para poder olha-lo,ele geme baixinho e não consigo segurar as lágrimas quando vejo a situação de seu rosto,seus cabelos estão grudados ao rosto e ao peito no que acho ser juntamente com suor e sangue.seus olhos dourados estão inchados e quase que totalmente fechados pelos horríveis hematomas espalhados por sua face,choro abraçada a ele murmurando palavras carinhosas ate que o tempo passa e nada mas existe para mim a não ser ele.

      — minha mitawin! — o ouço dizer baixinho!

        — sim meu amor estou aqui!— digo beijando gentilmente seus lábios rachados.eu amo tanto você,vou tira-lo daqui em breve por favor espere ate amanhã a noite,trouxe agua e algumas coisas para você comer.— digo chorando ao levar um pouco de agua ate seus lábios feridos.ele bebe tudo lentamente,o tento alimentar com um pouco de outras iguarias que Gertrudes separou mas ele não vai alem de um pão com queijo,não o forço a comer e logo contínuo dizendo:— amanhã virei busca-lo a essa mesma hora da noite,não deixarei que nada nem ninguém faça mal a você.passo a mão por sua testa e constato que esta frebriu.começo a chorar novamente quando o ouço dizer;

         — Não chore!tudo ficara bem,eu confio em você!agora vá,esperarei você amanhã!

         — irei meu amor!voltarei por nos,pos eu preciso de você e nosso filho também! — digo contando a verdade a ele.seus olhos quase fechados se abrem mas quando sua atenção se desvia de meu rosto para minha barriga.

        — se eu pudesse abraçar você agora eu a abraçaria!agora mas que nunca tenho motivos de sobra para lutar,por minha esposa e por meu filho!

      Com um ultimo abraço e um beijo eu a vejo partir rumo a sua casa.