Meus braços e costas doem.já perdi a conta de quantas voltas já dei para buscar água do rio para aldeia,limpo o suor que desce da minha testa com o braço,encho de agua a sacola de couro e tomo meu caminho de volta.a aldeia e um lugar ate agradável se não fosse pelos tapas que levo toda vez que não consigo fazer certo as tarefas das mulheres,ainda não consigo falar uma só palavra,mas já me comunico melhor com a linguagem de sinais que salgueiro forte me ensinou,ela e a única que não me bate,para agradece-la por suas aulas ajudo a tomar conta de seus três filhos.salgueiro forte e mulher de nuvem vermelha,melhor amigo do selvagem mas insuportável que conheço,durante essas poucas semanas que estou aqui ainda não sei seu nome,mas de uma coisa eu sei o odeio pelo seu jeito de debochado se sempre se achar superior.
Não lembro como cheguei aqui,salgueiro forte diz que eu estava muito machucada quando cheguei,quero saber mas,mas ela evita falar sobre o assunto,dizendo que minha recente perda de memória e somente temporária e que logo eu mesma terei respostas para minhas perguntas,—continuou nessa espera.penso!
Entro dentro da tenda onde raposa pequena me espera,ela e uma senhora gentil,e muito irritada as vezes.salgueiro forte diz que ela perdeu o único filho e por isso me acolheu em sua tenda.ela faz sinal para que eu coloque alguns pedaços de carne para secarem sobre a fumaça do fogo.— Que wakhan thanka ajude guerreiros a encontrar comida,povo quase sem alimento.diz raposa pequena.
Não consigo falar, mas essas semanas de total silêncio me dera chance de aprender bastante do idioma lakota,já consigo compreender bastante coisas.ajudo raposa pequena com os afazeres e me junto as outras mulheres para colher raízes,vou ate a tenda de salgueiro forte mas ela já se juntou as outras, começo caminhar sozinha chego silenciosamente ao local onde todas estão e la está ela;não sei porque ela me odeia tanto,flor do campo sempre faz questão de cuspir no chão toda vez que passo por ela,tento ficar longe do seu campo de visão mas ela me enxerga, cospe e diz em sua lingua nativa.
— Essa branca imunda não serve nem para alimentar os abutres!quem a convidou para se juntar a nos?
Ela não sabe que compreendo o que ela diz,faço que não ouço e começo a colher raízes,ainda não consigo distinguir qual a diferença entre raízes comestíveis e medicinais.e inicio meu trabalho.tiro as maiores e mas grossas raízes espero que não sejam as certas,levarei todas a tenda de raposa pequena la separará as comestíveis.quando todas estão terminando para ir para aldeia me levanto para pegar minha cesta e quando me abaixo para apanha-la,volto ao chão pos recebo uma bofetada forte no rosto,olho pra cima e vejo flor do campo,com um sorrizinho no rosto.
— E tao burra que não consegue nem separar as raízes,vá embora branca imunda seu cheiro me enoja! Todas riem!meus olhos enchem de lágrimas que não consigo conter.odeio ela minha vontade e de torcer o pescoço dela.
Menos salgueiro forte que se aproxima de mim e me ajuda a levantar.
— vomos,diz ela.essa ai não merece suas lágrimas!
Levanto do chão e pego minha cesta,quando estamos chegando a aldeia ouço gritos,me assusto mas no mesmo momento lembro que são os caçadores que chegaram.todos correm para ve-los.e somente eu fico para traz,salgueiro forte me chama mas nao a sigo,vejo os guerreiros chegando e lá esta ele todo majestoso em seu cavalo negro,nao consigo esquecer como me tratou tres dias atraz,do seu lado direito esta nuvem vermelha e do esquerdo lobo cinzento o irmão de salgueiro forte,ele e gentil forte e bonito com seus longos cabelos trançados,eu me aproximo da multidão sigo caminhando para a tenda de raposa pequena.ouço trote que se aproximam de mim,meu coração dispara e tento não olhar para traz,deve ser ele querendo me humilhar na frente de todos sigo andando mas rápido sem olhar para traz,o trote aumenta e a minha frente para lobo cinzento que sorri para mim de seu cavalo.
— tudo bem wiwasteka?diz lobo cinzento.—troxe um pequeno presente pra você.diz ele
Que desçe do cavalo e pega minha mão,retira de dentro de uma bolsa de couro um lindo colar tecido com minúsculas contas coloridas e no centro como pingente ha uma pequena concha quase em formato de coração branca com detalhes rosa,ele olha em meus olhos esperando uma confirmação,assinto aceitando o presente. Ele caminha em minha direção e se coloca atraz de mim com intenção de por o colar em meu pescoço,meu rosto esta pegando fogo de vergonha pos sei que alguns curiosos estao nos observando carrego o cabelo para cima e ele põe o colar.olho em seus gentis olhos negros e vejo que esta feliz.não penso duas vezes e lhe dou um abraço apertado agradecendo sem palavras o maravilhoso presente.não percebi o que era alguns curiosos nos observando se torna toda a aldeia boquiaberta com a minha atitude impensada,me afasto de lobo cinzento me viro para ir embora e dou de cara com o mas ferozes olhos felinos que já vi,ele me encara com o rosto cheio de odio e diz:
— Nunca permitirei que uma wasincun se una a lobo cinzento!
Como ele pode falar em união se o lobo cinzento me deu foi apenas um presente e não me pedir em casamento!
Raposa pequena se põe entre nós.—Hehaka sapa!Deixe a moça em paz!ela não e uma lakota e pode muito bem aceitar presentes de quem quiser.diz raposa pequena.
Ele se afasta pisando duro e eu acompanho raposa pequena de volta a tenda,ela começa a separar as raizes e eu a ajudo,sem querer meus pensamentos voltam para o acontecimento de minutos atraz,então esse e o nome dele,já aprendi bastante do idioma lakota para traduzir:
Hehaka sapa;que significa:Alce negro.
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Entre o amor e a vingança
Roman d'amoura inevitável paixão entre a filha de um general,e um índio lakota. -nunca pensei que o encontraria!mas ali estava ele. lindo e imponente em seu cavalo negro como em meus sonhos! -E o que se fazer quando em sua frente esta a criatura mas linda que s...