Capítulo 16

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                — você esta bem?pergunta salgueiro forte.

       Saio do meu atordoamento e a olho.

           — sim.respondo

            Salgueiro forte me olha como se estivesse visto um fantasma.

            — Você fala.diz ela—muito bem em nosso idioma!

                Concordo assentindo  com ela.

          — Estava a sua procura porque preciso falar com você,e não tenho mas ninguém que possa me escutar e entender minha situação.

            Me aproximo de salgueiro e tomo suas mãos na minha.

          — Vomos ate minha tenda!diz salgueiro forte.

              Caminhamos em total silêncio,mantendo a cabeça baixa por medo de encarra-lo nos olhos,a vergonha toma conta de mim e meu rosto esquenta com o rubor das lembranças,sonho com esse homem faz tempo,ele sempre invadiu meus sonhos desde quando eu ainda vivia no fort.
                Quando chegamos a tenda,meus olhos sem querer percorrem alguns guerreiros que riem e conversam do lado de fora de uma tenda,de dentro da mesma eu o vejo sair lindo em todo seu esplendor,me recrimino no momento pos minha mente me leva a imaginar coisas que nunca tive curiosidade de saber.ele me vê e olha diretamente em meus olhos e da um sorriso debochado que da a impressão de saber tudo o que eu penso,meu rosto esquenta com o rubor e seu sorriso aumenta mas.—Devo esta parecendo um pimentão.penso. e sou a primeira a romper o contato visual.
               Entro na tenda de salgueiro forte e ela esta me esperando com um olhar inquisidor,me sento e ela me oferece um tipo de ensopado,eu aceito e ela começa.

          — Seu rosto esta tao vermelho!o que a fez ficar assim?

          — Não foi nada,apenas o sol que me deixou assim.sinto meu rosto corar com a mentira.
     
                Se salgueiro forte não acreditou não deu sinal de suspeita.assim dei inicio a meu relato.

       — Eu vim ate você porque não posso mas ficar aqui,eu não só recuperei minha voz como também minha memoria,sei quem sou de onde vim.enfim tudo.—sou um suspiro cansada.sei que matei o filho de raposa pequena em defesa própria mas mesmo assim me sinto culpada,raposa pequena e muito bondosa ao me acolher em sua tenda depois de tudo que fiz!meu nome e Mirela custer e eu sou filha do homem que odeia seu povo.eu estava fugindo de um casamento indesejado quando alce negro me trouxe ate aqui.você salgueiro forte e a única pessoa aqui que me trata como uma igual.eu preciso ir embora e para casa não posso voltar.

         Salgueiro forte me olha com seus olhos negros aflitos,ela tem mais ou menos a minha idade e é uma excelente pessoa pos nunca me tratou mal.

        — Você poderia ficar conosco em minha tenda,minha amiga acha que essa e uma boa ideia?você passou no teste e provou que e forte ganhando assim seu lugar entre nos,eu não a obrigarei a ficar,e nem posso ajuda-la a fugir,mas mesmo assim não ha denunciaria.meu conselho para você e;pense bem a respeito do que vai fazer,grande espírito trouxe você ate aqui,você tem uma missão importante mas não tome o caminho errado,pos pode ser impossível voltar.—sei também que não só o peso do passado que ha impele a ir,existe muito mas dentro de voce do que possa imaginar,coisas que você ainda não descreveu mas que saberá em pouco tempo,se ir pelo caminho errado perdera a chance de viver o que o grande espírito tem de melhor pra você.

    — Como saberei se realmente terei um final feliz se ate agora o que sempre tive foi uma vida de sofrimento!digo pensando na vida sofrida que tive.

       — peça conselho a raposa pequena ela e curandeira da tribo,grande espírito a presenteou com grande sabedoria,ela lhe dira algo.

          — Seguirei seu conselho por enquanto,mas minha decisão já foi tomada,terei que ir e nada nem ninguém poderá mudar isso.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora