Capítulo 28

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Acordo com o barulho da madeira queimando,olho para o lado e o vejo sentado em frente ao fogo preparando algo para comermos,paro um pouco para analiza-lo,acho que poderia passar todos os dias olhando incansavelmente esse homem e nuca me cansar,ombros lagos e braços fortes e poderosos,abdômen definido. —Há!sera que tudo isso realmente pertence a mim?—penso enquanto dou um sorriso bobo,olho em seu lindo rosto e vejo que seus olhos dourados felinos estão fixos em mim de uma maneira penetrante,fico imediatamente com o rosto quente ao lembrar do que aconteceu na noite anterior,baixo os olhos temendo olha-lo nos olhos outra vez,sinto que ele se levanta e caminha em minha direção.parando em minha frente ele se senta ao meu lado e segura meu queixo fazendo-me encara-lo.

       — porque esta tao vermelha? — pergunta ele abrindo seu lindo sorriso repleto de dentes perfeitos e brancos em contraste com a pele morena.

         — somente calor!— menti descaradamente!

       — podemos resolver seu problema!a agua lá fora esta refrescante. — diz ele com um sorriso ainda maior,como se soubesse que eu tinha mentido.

          — Acho uma ótima ideia!— digo a ele com o coração acelerado pelo pensamento de vivermos tudo aquilo de novo.

     — Então vomos!— diz ele já se levantando e caminhando em direção a saída! — esperarei  você lá fora!

        Aproveito que estou sozinha e procuro algo pra vestir,derrepente lembro que meu único vestido deixei jogado na areia da praia.quando já estou prestes a sair para fora totalmente nua vejo alce negro entrar de volta na tenda.

         — E isso que tanto procura?— diz ele com meu vestido de franjas nas mãos.seu olhar percorre lentamente todo meu corpo deixando-me ainda mas vermelha.

         Caminho em sua direção o mas rápido possível,quase tropessando em meus próprios pés,pego o vestido da sua mao e o aperto contra o corpo,alce negro continua com seu sorriso travesso no rosto,me avalia por alguns instantes e sai tenda a fora.
             Visto o vestido rapidamente e saio para fora a passos apressados,ele se encontra me esperando a uma distância discreta da tenda,caminho silenciosamente ate ele que esta de costas para mim.se percebeu meus movimentos não se virou pos continua na mesma posição,paro atraz das suas costas e lentamente levo minhas mãos em direção aos músculos que definem a mesma,sinto-o soltar a respiração que prendia e seu corpo tenso relaxar visivelmente.sei pelo modo como seus músculos estavam tensos e pela sua postura distraída que ele estava envolto em lembranças desagradáveis.começo a massagear suas costas e beijar em cada local onde se podia notar a tensão,permanecemos assim por alguns minutos ate que ele se vira e beija minha testa dizendo:

      — Vomos!logo teremos que voltar para a aldeia.

Segurando em minha mão saímos caminhando pela praia rumo a um lugar mas confortável,caminhamos em silêncio por alguns minutos envoltos em pensamentos ate chegarmos ao mesmo lugar em que tudo começou na noite anterior.ainda e mas lindo durante o dia,as árvores com suas folhagens verdejantes alem da areia da praia em contraste com a água azul cristalina do rio,solto da mão de alce negro e vou caminhar molhando meus pés nas águas.a sensação e refrescante e só me faz ter a certeza que aqui certamente e meu lugar,as longas franjas de meu vestido molham quando resolvo ir a uma parte mas profunda,mas isso em si não me importa,a não ser o homem mas lindo que meus olhos já viram caminhando em minha direção,o sol da manhã brilhando em sua pele morena dando-lhe um lindo tom acobreado me fascinam de uma maneira que não consigo desviar os olhos dos seus dourados como o sol, que aquece a terra fria e úmida em uma manhã de inverno.
            Alce negro para a minha frente e toca meu rosto com suas mãos morenas e quentes,levanto os olhos para olha-lo e nos seus vejo algo que não estava lá antes,carinho,ternura e acima de tudo amor.ele beija meus lábios de forma terna,um beijo simples de aparência mas de grande significado,retribuo enlaçando seu pescoço com os braços enquanto alce negro me abraça apertado ao mesmo momento beijando-me como se essa fosse uma despedida e a única vez que pudéssemos nos tocar.derrepente uma onda de tristeza me assola e minha vontade e nunca mas sair dessa mesma posição e muito menos deixar de beijar esse homem.não sei quanto tempo ficamos nos beijando mas a magia do momento e quebrada por um grito ensurdecedor que se faz ecoar não só nos ouvidos mas sim na alma.alce negro interrompe o beijo e rapidamente olha em direção ao local do som,no céu ha fumaça como se uma fogueira gigante estivesse engolindo a floresta ao redor.corremos rapidamente pela praia,alce negro segura em minhas mãos enquanto saímos em disparada mata a dentro em direção a aldeia,não sei como ainda consigo correr as franjas longas do meu vestido se entrelaçam em minhas pernas fazendo-me tropeçar a cada passo que dou,o local onde estávamos não e tao distante da aldeia o que nos da alguns minutos para descobrirmos o motivo do grito e também da fumaça.agora já estamos perto e o som de muitos  cavalos em movimento se faz ouvir mas alto a cada passo.mas o que mas assusta acima de tudo e o inconfundível som de tiros sendo disparados,sei em meu íntimo sem precisar ver com meus olhos,eles me encontraram.chegamos a aldeia e ficamos escondidos atrás de um grande pinheiro,olho a frente e vejo a cena horrenda que se desenrola lá fora.
            Soldados de farda azul estão em toda a parte massacrando homens,mulheres e crianças.a cena me faz lembrar de um sonho estranho que um dia tive.atordoada pela cena horrível quase não ouço alce negro falar comigo.

      — você fica escondida aqui!eu vou mas voltarei para busca-la,não saia daqui!— com um ultimo e rápido beijo ele se vai.

        Dizendo isso o vejo se embrenhar em meio a confusão,sem arma alguma em mãos o vejo abater vários soldados que estão a pé.lágrimas descem pelo meu rosto e meu corpo inteiro esta com grandes tremores,um pouco mas a frente vejo um homem em seu cavalo a perseguir uma mulher que corre furiosamente com seu filho nos braços.reconheço imediatamente a mulher,salgueiro forte e seu filho.mas para meu terror também reconheço o cavaleiro.general custer o homem que se dizia meu pai,salgueiro forte cai ao chão e general custer  desmonta do cavalo e vem em direção a salgueiro forte que se arrasta pelo chão tentando fugir.sei bem o que ele pretende fazer,sem pensar duas vezes saio correndo de meu esconderijo,ajudo salgueiro forte se levantar e a mando ir embora,ela se recusa a ir mas volto a insistir ate finalmente ve-la se embrenhar mata a dentro.e agora ou nunca sei que tenho pouca chance mas tentarei mesmo assim,a vantagem que tenho e que ele não esta montado em seu cavalo.como a marte me dando boas vindas ouço sua inconfundível voz.

     — olá Mirela!ou devo chama-la de índia branca?

      Sua voz de deboche me da náuseas e sem dar atenção a sua debochada pergunta saio correndo em direção a qualquer lugar,somente quero por distância entre mim e esse homem.corro ate meus pulmões estarem em chamas,mas para o meu azar também ouço passos se aproximando de mim,corro um pouco mas rápido e sei que não irei muito longe pos já estou exausta,piso sem querer nas franjas do meu vestido e Caio no chão machucando o tornozelo.meu terror aumenta ao ve-lo se aproximar de mim com seu sorriso maléfico no rosto e o rifle nas mãos.sei que não para mim não terá mas saída.fecho os olhos esperando o tiro que tirará minha vida mas ele não vem.ao invez do tiro sinto uma pancada forte na cabeça enquanto a escuridão me envolve em seus braços lúgubres.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora