Thomas Miller
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Droga! O que eu fiz? Meu Deus! Meu Deus! Eu atropelei uma pessoa.
Tiro o cinto de segurança e desço rapidamente do carro. Vejo o corpo da pessoa que eu atropelei a alguns metros no asfalto.
Corro até a pessoa apressado e vejo a figura de uma mulher completamente imóvel. Não sabia se estava viva ou se estava morta, a única coisa que eu sabia é que tinha que ligar para emergência.
Volto correndo para o carro e procuro meu celular. Ao vê-lo caído no chão noto que a tela havia quebrado e celular havia desligado.
Fico desesperado e saio do carro e noto algumas pessoas paradas com celular na mão gravando o ocorrido.
Aquilo era revoltante, eles estavam gravando e não estavam chamando ajuda.
- Por favor, alguém chama a emergência! - peço com desespero e uma mulher que parecia estar em choque com a cena logo pega o telefone e parece pedir ajuda.
Corro de volta para a mulher atropelada e me ajoelho ao seu lado. Noto que ela estava pálida, havia sangue saindo de sua boca e o seu braço esquerdo tinha uma fratura exposta. Seguro sua mão direita e peço a Deus que ela esteja bem.
Ouço os sons de sirene a distância e fico ali segurando a sua mão.
Não notei que a ajuda havia chegado, só percebi quando os paramédicos pediram para que eu me afastasse do corpo para que pudessem atendê-la.
Observo atentamente os paramédicos prestarem os primeiros socorros e vejo um deles correndo rapidamente até a ambulância e pegar uma maca. Olho para o outro socorrista e pergunto aflito:
- Ela está bem?
- Ela está viva, mas temos que levá-la rapidamente para o hospital.
Observo-os colocarem-na cuidadosamente na maca e a levarem para a ambulância. Um dos socorrista volta e pede para me examinar.
- Estou bem, não há necessidade disso. Ela é mais importante no momento.
- Senhor é procedimento padrão e eu preciso examiná-lo. - insistiu colocando a mão no meu ombro.
- Eu posso acompanhá-la? - pergunto mudando de assunto.
O paramédico me observa atentamente procurando algum ferimento e então assente em confirmação.
- Sim o senhor pode, mas assim que chegarmos ao hospital será examinado para termos certeza que não está ferido e que não houve nenhuma concussão. - assinto em concordância e peço um segundo.
Volto até o meu carro, tiro a chave da ignição e travo meu carro com o paramédico vigiando os meus passos com medo de que algo acontecesse.
Caminhei até a ambulância e um dos paramédicos me ajudou a subir. Me sentei e fiquei observando eles cuidarem dela. Sem ter muita certeza do porque fiz aquilo peguei sua mão direita e esperei pacientemente até chegarmos ao hospital.
Assim que chegamos os paramédicos a levaram para a emergência. Uma enfermeira se aproximou de mim e me levou para ser examinado.
Depois de ser examinado, perguntei a enfermeira se ela podia me conseguir um telefone para que eu pudesse ligar para minha irmã. Ela voltou poucos minutos depois com um celular. A agradeci e ela sorriu antes de sair me dando privacidade.
Digitei o número da minha irmã que no primeiro toque atendeu.
- Alô! - ouço a voz embargada dela e me sinto mal.
- Hey Nora. - digo suavemente e a ouço chorar.
- Tom você está bem? Onde você está? Você está ferido? - perguntou desesperada aos prantos.
- Sim, eu estou bem não aconteceu nada comigo - lhe asseguro e ouço seu suspiro de alivio.
- Onde você está?
- Eu estou no hospital - respondo, mas logo me arrependo.
- Hospital? Por que? Você disse que estava bem. - fala elevando a voz em um tom de desespero.
- Nora acalme-se. - peço e escuto a voz da minha mãe ao fundo.
- Nora é o seu irmão? Me deixe falar com ele.
Minha irmã não teve tempo de respondê-la, pois logo ouço a voz embargada e aflita da minha mãe ao telefone:
- Thomas Eduard Miller onde o senhor está?
- Eu estou no hospital mãe, mas estou bem - asseguro-lhe tentando acalma-la.
- Se está bem por que então está em um hospital?
Suspiro nervosamente antes de lhe explicar.
- Mãe eu provoquei um acidente.
- Meu Deus Thomas! O que aconteceu? - perguntou aflita.
- Eu estava discutindo com o pai pelo celular enquanto eu dirigia. Estava em alta velocidade e um carro que eu não havia notada estava parado no sinal, então eu troquei a faixa para evitar a batida só que havia uma mulher atravessando e então eu...- suspiro sentindo o peso da culpa de ter sido tão imprudente me esmagar - Eu a atropelei.
- Meu Deus Thomas. E moça? Como ela está?
- Eu não sei mãe. Ela foi levada para a emergência assim que chegamos, mas o seu estado não era bom.
- Em qual hospital vocês estão?
- Mãe a senhora não...
- Diga-me Thomas - o tom mostrava que ela não estava com paciência e que precisava muito me ver. Sendo assim informo o nome do hospital e ela diz que já estar a caminho e assim encerra a ligação.
Ouço uma batida na porta e autorizo a entrada. Uma mulher acompanhada da enfermeira e de um homem entra no quarto.
- Thomas Miller? - pergunta a mulher e eu assinto. E só então percebo que foi ela quem ligou para a emergência - Eu sou Vivian Johnson promotora de justiça do tribunal de New York. - se apresenta e aponta para o homem - E esse é o policial Park ele veio ao meu pedido.
- Seu pedido? - pergunto confuso e me esquecê-lo de agradecê-la por ter ligado para o socorro.
- Sim. O policial Park irá acompanhá-lo até a delegacia para tomar o seu depoimento.
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Você Mudou a Minha Vida ✔ [Repostado]
RomanceEssa história está em Degustação. Elisa Holz é uma jovem sem casa e sem família a procura de um emprego. Sua vida muda drasticamente quando um carro a atropela a deixando paraplégica. Thomas Miller é dono de uma empresa de engenharia pai de gêmeos q...