Capítulo 12

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Thomas Miller
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Durante o trajeto até o abrigo eu e Eliot trocamos pouquíssimas palavras. Sabia que ele estava tentando me distrair, porém a imagem da Elisa chorando compulsivamente naquela cama não saía da minha cabeça, muito menos a sua pergunta do porque de ter feito aquilo com ela.

- Pare de pensar nisso. - pediu Eliot parecendo cansando do meu silêncio.

- Pensar em quê?

- Não se faça de idiota. Se bem que pedir isso é meio que impossível já que você é a idiotice em pessoa. 

- O sujo falando do mal lavado.

- Sabe esse provérbio é muito sem sentido, porque um está sujo e o outro mal lavado sendo que no final ambos estão sujos.

Olho para Eliot e tento não ri. A forma como ele tentava me tirar dessas situações eram as melhores.

- Eliot você é bem lerdo. - ele desvia a atenção da estrada e me olha ofendido - Um deles tomou banho e outro não. - explico a ele que ri.

- Sim você está certo.

- Obrigado por tentar me distrair, mas mesmo assim eu não consigo não pensar na situação. Eu me sinto culpado.

- Mas você é culpado, só que não precisa ficar se auto flagelando. O que aconteceu, aconteceu e não há mais volta. E agora temos que ajudá-la e te livrar da cadeia.

- Você acha que eu vou ser preso?

- Se depender da Promotora Johnson sim, mas se depender de mim você não irá.

Suspiro cansado e olho para o teto.

- Ela não devia ter contado aquilo daquela forma para a Elisa.

- Não ela não deveria. A senhorita Holz está muito fragilizada com tudo o que lhe aconteceu e se ela piorar podemos usar isso ao nosso favor. - olho-o perplexo e sinto raiva dele.

- Você pode parar de pensar no meu caso e passar a pensar no ser humano que está ferida física e mentalmente com sequelas irreversíveis na cama daquele hospital.

Minha voz saiu mais alta do que eu planejava, mas vendo a reação de Eliot percebo que ele recebeu a mensagem.

- Me perdoe. - sua voz sincera me fez baixar a guarda - Meu modo advogado ainda está ligado e eu só quero ajudar você. Não pense que eu não me importo, porque eu me importo, mas você é meu melhor amigo e acima de tudo é um irmão.

- Eu sei Eliot. E você também é um irmão para mim. E eu sei que você só está tentando me ajudar, mas é só que eu me sinto péssimo e estou com raiva do que eu fiz. Sinto que eu tirei tudo dela e eu só quero reparar tudo isso.

Eliot põe a mão no meu ombro me fazendo olhá-lo.

- Não se preocupe com isso, nós iremos ajuda-la eu prometo.

Sorrio e assinto em concordância e então seguimos o resto do trajeto em silêncio.

Chegando ao abrigo fomos recepcionados por uma senhora de meia idade que nos deu um sorriso simpático e educado.

- Boa tarde, posso ajudá-los?

- Boa tarde. Eu sou Eliot Rollins e esse é Thomas Miller, nós gostaríamos de saber se a Senhora conhece Elisa Holz.

A senhora nos olha confusa e eu começo a explicá-la.

- Ela é branca tem cabelos castanhos escuros e olhos pretos. - dou as características básicas de Elisa e ela assente.

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