Capítulo 7

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Thomas Miller
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- Bom eu tenho que ir - falou Eliot cortando todo o ar pesado que havia se instalado entre nós.

- Ir aonde? - pergunto tentando fugir daquele momento chato e constrangedor.

- Pra casa tomar banho. Então vou trabalhar no seu caso e tentarei conseguir algumas informações sobre a senhorita Holz.

- Que tipo de informações?

- Onde mora, se é casada, se tem filhos, pais ou parentes vivos. Esse tipo de coisa. - explicou ao colocar as mãos nos bolsos.

- Ela não é casada - afirmo muito convicto das minhas palavras.

- Como você sabe disso? - perguntou minha mãe.

- Ela não tinha aliança em nenhuma das mãos. - aquilo chamou a atenção de Eliot e minha mãe que me olharam intrigados - Eu segurei a mão dela durante todo o tempo e não sai do seu lado. - explico e sem dizer nenhuma palavra minha mãe me puxou para um forte abraço o qual eu correspondo.

- Eu não quero quebrar o clima, mas eu já vou indo. - diz Eliot já se virando para sair.

- Mas uma vez muito obrigado.

- Que isso cara o prazer foi meu. Não é todo dia que eu livro você da cadeia. - diz de forma brincalhona me fazendo ri - Ok agora eu vou mesmo. - já saindo ele olha para mim e diz - Eu vou passar no hospital e ver se eu consigo mais informações sobre o estado de saúde dela. Qualquer novidade eu aviso. 

- Ok, me ligue. E mais uma vez obrigado amigo. - Eliot sorri e então parte.

A tensão se recai sobre a sala mais uma vez. Ao me vira vejo a troca de olhares entre os meus pais, percebo a conversa silenciosa entre os dois e noto que meu pai parece estar tenso. 

Meu pai quebra o contato visual com a minha mãe e olha para mim e pela primeira vez em muito tempo não vejo seu olhar duro ou decepcionado dirigidos a mim, vi apenas um olhar carinhoso e aliviado por eu estar ali. E particularmente achei aquilo bem estranho.

- Você deve estar com fome. - ele diz ao se aproximar de mim - Por que você não vai tomar café e depois nós dois conversamos. - sugeiu e ao meu ver aquilo foi muito estranho.

Geralmente meu pai não falava assim, pelo menos não comigo. Ele sempre falava de forma autoritária e mandona e minha opinião não valia de nada. E agora do nada ele passa a falar de forma mansa e branda como se fosse outra pessoa, aquilo não era normal, não para ele.

Meu raciocínio é interrompido quando escuto a correria dos meus filhos, abro um enorme sorriso ao vê-los correr em minha direção. Me abaixo e abro os braços. E como esperado eles se jogam em mim me fazendo cair de costas no chão.

Suas risadas me fazem ri, eu só havia passado uma noite sem eles e já morria de saudades e preocupação. 

Adam se levanta e puxa o meu braço em uma tentativa de me levantar. Ava decide fazer o mesmo, porém ela usa uma tática diferente, ela faz cocegas em mim me arrancando algumas risadas.

- Ok, ok eu me levanto, apenas parem por favor. - peço em meio as risadas. 

Os dois me soltam ainda rindo e as suas risadas tem um efeito instantâneo mim porque todos os meus problemas parecem ter sumido. 

Sorrio para ambos e abro os meus braços pedindo outro abraço. Eles me abraçam e depois se afastam e olham para mim.

- Onde você tava? - perguntou Ava toda curiosa. 

Você Mudou a Minha Vida ✔ [Repostado]Onde histórias criam vida. Descubra agora