Capítulo 44

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Elisa Holz

Acordei com uma baita dor no pescoço e gemi. Havia adormecido sentada ao lado de Thomas e essa não foi uma boa ideia. Senti minha mão esquerda adormecida e tive um pouco de pânico.

Só de imaginar e sentir outra parte do meu corpo basicamente morta, me dava uma grande aflição.

- Ai. - Thomas disse. Ele virou a cabeça rapidamente em minha direção e fez uma careta.

- Thomas meu braço está dormente. - digo tentando não soar desesperada.

- Calma está tudo bem. - ele diz tentando me acalmar - Qual braço está dormente?

- O esquerdo. - ele pega o meu braço e começa a aperta-lo e massageá-lo e então volto a senti-lo.

- Melhor? 

- Sim. - suspiro sentindo-me aliviada e vejo-o sorrir.

- Que bom. Sua expressão de pânico me preocupou. - esfregou a nuca e fez uma careta de dor mostrando o seu incômodo por também ter dormido naquela posição.

- Não foi uma boa ideia dormirmos sentados. - comentei.

- Não mesmo, mas valeu a pena acordar ao seu lado. - sorrio amorosamente para ele que me beija - Bom dia Olivia.

- Bom dia Fada.

Ele olha para janela notando que ainda estava escuro, então pego o meu celular na mesa de cabeceira. 

- Ainda são cinco horas.

- Por que estamos acordados tão cedo? - questiona de forma engraçada.

- Eu não faço a mínima ideia.

Estranho, essa hora estaria em outra dimensão, sonhando com unicórnios e nuvens. Mas não, estou acordada e estranhamente não sinto sono ou cansaço e aparentemente Thomas também não.

Com cuidado empurro meu corpo para frente e me deito. 

Thomas esfrega o pescoço e murmura algo sobre a cabeceira ser desconfortável e volta a me olhar. 

- Acho melhor eu ir para o meu quarto e tentar dormir. 

- Não, fique e me faça companhia. - seguro sua mão em pedido e ele assente.

- Tudo bem. - se deita ao meu lado e me encara - Não está com sono não é?

- Nem um pingo. Você? 

- Estranhamente não. Deveria aproveitar já que é o único momento que consigo relaxar. - comentou me fazendo ri. Thomas dizia cada coisa, era como se ele madrugasse e saísse hiper cedo para trabalhar e voltasse as sete da noite cansado.

- Você sabe que não faz nada, certo? - questiono a ele que franze o cenho como se tivesse ofendido com as minhas palavras.

- Quem disse que eu não faço nada?

- Thomas, você passa o dia inteiro em casa.

- Como acha que essa casa permanece limpa? As crianças dão trabalho e você também.

Ok, irritei o meu namorado que me parecia preste a ter um ataque de estéria.

- Me desculpa, não sabia que eu dava tanto trabalho ao ponto de te deixar exausto. - debocho e ele me dá as costa.

Acabo rindo de sua atitude e como não posso virar o meu, com a mão direita faço carinho em sua cabeça.

- Me desculpa Thomas, dessa vez eu não estou debochando.

Você Mudou a Minha Vida ✔ [Repostado]Onde histórias criam vida. Descubra agora