Capítulo 13

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Thomas Miller
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Passaram-se quatro dias desde o acidente e à Elisa foi mantida sedada desde o desmaio, porque de acordo com o Dr Black seria mais sábio mantê-la assim já que era a única forma encontrada pelo médico de deixá-la calma.

Os médicos estavam esperando que seu músculo desinchasse para que pudessem fixar sua coluna.

Eu vou ao hospital todos os dias. E a minha mãe também vai e sempre me avisava que o meu pai ainda queria falar comigo, só que paciência e vontade de falar com ele eu não tinha. Eu tinha certeza de que ele iria me criticar pelo que aconteceu e sabia que eu iria acabar culpando-o pelo ocorrido já que a culpa era parcialmente dele, porém eu conheço o meu pai o suficiente e sei que ele irá me culpar por inteiro e dirá que fui irresponsável e que se eu não estivesse atrasado nada disso teria acontecido e isso não era uma mentira, mas eu não precisava ser lembrado disso.

A campainha toca e quando me levanto para abrir a porta a minha irmã vem correndo da cozinha dizendo que ela mesmo abriria.

- Bom dia Eliot. 

- Bom dia Nora, tudo bem?

- Sim e você? 

- Está tudo bem, eu sei que é cedo, mas eu preciso falar com o Tom. - sua voz soava um pouco ansiosa e isso me surpreendeu. Eliot não era era um homem ansioso.

- Eliot. - caminho até ele que parece aliviado em me ver.

- Tom que bom que você ainda está aqui. - diz aliviado e ao mesmo tempo tenso - Posso entrar?

- Claro! - diz minha irmã dando passagem para que ele entre.

- Obrigado. - responde fechando a porta.

- O que aconteceu? - questiono agora ansioso.

- Você foi intimado e deve comparecer ao Tribunal na terça-feira. - diz me entregando a intimação - A promotoria está te acusando de tentativa de homicídio.

- Eles não podem fazer isso com ele! - protesta minha irmã.

- Sim eles podem. Seu irmão estava ao telefone quando provocou o acidente e ainda tem o fato dele estar em alta velocidade e ter causado danos físicos e irreversíveis a vítima. Ele assumiu o risco e agora precisa pegá-lo. 

- Mas...

- Não tem mas Nora, eu irei comparecer e assumirei todas as responsabilidades. Me declararei culpado. - ao declarar isso vejo Eliot sorrir e Nora me encarar pasma - Não há nada que eu possa fazer a não ser me declarar culpado, porque eu sou culpado e eles sabem disso.

Eliot continua a sorrir e me abraça. Estranho a reação dele que me solta.

- Eu sabia que você faria isso. - arqueio a sobrancelha  de forma questionadora - Assumir toda a responsabilidade. Eu não sei porque a Nora ficou tão surpresa.

- Nem eu. - respondo dando uma rápido lida na ordem de intimação - Eu custumo surpreender a todos. 

- Você sempre me surpreende.

- Vocês dois as vezes são tão estranhos - comenta minha irmã com uma careta - Você vai querer ficar para o café da manhã? - pergunta ao meu amigo.

- Se não for incomodo. 

- Eliot você não incomoda, vamos! - diz dando as costa e indo para cozinha - Tom acorde as crianças!

Antes que eu vá para o quaro dos meus filhos a campainha soa outra vez e dessa vez sou eu quem vai abrir a porta e logo em arrependo do feito, pois dou de cara com o meu pai.

Você Mudou a Minha Vida ✔ [Repostado]Onde histórias criam vida. Descubra agora