Capítulo 4

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Thomas Miller
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Ir para a delegacia? Não eu não podia. Eu tinha que ficar para ter noticias da moça atropelada, e esperar a minha família chegar.

- Desculpe-me Promotora eu não acompanharei vocês.

A Promotora sorri de forma arrogante para minha resposta como se achasse engraçado o que eu havia dito;

- Senhor Miller o senhor não tem escolha. Acompanhará o policial Park até a delegacia e ponto final.

- Como eu não tenho escolha? - pergunto incrédulo - É claro que eu tenho.

- Não o senhor não tem. Deixe-me lembrá-lo que o senhor causou um grave acidente e a vitima está em estado grave.

- Resumindo o senhor me acompanhará. - fala o policial ao se aproximar de mim.

- Desculpe-me mas eu preciso ficar. - viro-me para a enfermeira que permaneceu calada no lugar - Ela está bem?- antes que ela me respondesse o policial Park a cortou.

- O senhor quer saber se não a matou? - perguntou em um tom irônico - Acho que a Promotora Johnson já lhe respondeu. - e aquela foi a gota d'água.

- Que tal eu denunciá-lo ao seu superior por má conduta e por abuso de autoridade? - pergunto furioso - Não esqueça que eu tenho testemunhas e uma delas é uma promotora. 

Sua expressão irônica mudou para envergonhada. E logo atrás dele a promotora abriu a baca para falar, porém o policial Park a interrompeu

- Perdoe-me pela ironia Sr. Miller. Eu não queria parecer frio ou sem coração, eu nem queria estar aqui. Se o senhor que saber eu queria está em casa agora com a minha esposa comemorando o nosso aniversaria de casamento, mas graça ao senhor eu não posso. Então por favor colabore conosco.

Respiro fundo tentando esfriar meus pensamentos e colocar as ideias no lugar. Eu sabia exatamente o que fazer e não havia porque evitar aquilo.

- Tudo bem eu irei. Mas eu gostaria de saber mais sobre o estado de saúde da moça que eu atropelei.

O policial assentiu e se virou para a enfermeira pendido para ela explicasse melhor o quadro medico da moça. 

- Esperem aqui por favor, eu irei me informar. - diz a enfermeira pronta para sair.

- Não a necessidade. - interrompeu  Promotora. - O nome dela é Elisa Holz, ela tem 30 anos e seu estado de saúde é grave. Ela chegou com uma hemorragia interna, mas já foi estabilizada. Os médicos ainda estão avaliando o caso dela e estão fazendo mais alguns exames.

Droga! Tudo isso é minha culpa.

Respiro fundo e então me levanto da cama e estendo os meus pulsos para o policial que me encara interrogativamente.

- Eu não vou algemá-lo. - diz e abaixa as minha mãos. - Apenas me acompanhe.

- Tudo bem.

Acompanho o policial e a promotora até a porta e então paro e me viro para a enfermeira.

- Desculpa se não for pedir muito eu gostaria que me fizesse um favor... - olho o seu cacha procurando o seu nome. - Joana.

-  Claro como posso ajudá-lo? - pergunta sorrindo.

- A minha família virá até aqui me procurar e eu gostaria que dissesse a eles que eu estou bem e que eu entrarei em contato com eles assim que possível. Ok?

- Ok senhor eu os avisarei.

Sorrio agradecido em resposta, me viro e caminho para fora.

A última coisa que eu precisava agora era alarmar mais a minha família. Eu estava sendo encaminhado para a delegacia e possivelmente eu irei ser indiciado.

Ao sair do hospital vejo a viatura do policial Park estacionada. O policial abre a porta da viatura me indicando que eu entrasse, faço isso e me sento no banco traseiro. O policial e a promotora entram em seguida e assim partimos rumo a delegacia.

Você Mudou a Minha Vida ✔ [Repostado]Onde histórias criam vida. Descubra agora